Após aprovar uma oferta de recompra de títulos globais por meio de sua subsidiária Petrobras Global Finance (PGF), a companhia informou ao mercado que chegou a um valor total de recompra de aproximadamente US$ 2,1 bilhões.
No comunicado, a empresa também reportou que o montante ofertado pelos investidores dos títulos excedeu o limite estabelecido em US$ 2,5 bilhões.
Assim, uma parcela oferecida pelos investidores acabou não sendo aceita. Há também há um montante de US$ 21,4 milhões pendente para ser validado pela Petrobras.
Vale destacar que os valores utilizados para a recompra dos títulos alvo da oferta, que contavam com vencimentos entre 2024 e 2050, referem-se ao volume de principal da dívida da companhia.
A medida faz parte da estratégia da empresa para reduzir o seu endividamento que, em termos brutos, seguiu uma tendência de redução e passou para um total de US$ 70,9 bilhões ao final do 1T21.
Assim, a Petrobras se aproxima ainda mais de sua meta de alcançar uma dívida bruta de US$ 60 bilhões. Segundo divulgado pela empresa anteriormente, isso deve destravar uma mudança na sua política de distribuição de proventos.
Atualmente, a companhia distribui 25% do seu lucro líquido e deseja alterar esse número para 60% do fluxo de caixa livre, o que tende a proporcionar uma distribuição de dividendos mais atrativa para os investidores no futuro.
No mesmo dia, a petroleira também obteve o aval do CADE para a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) ao Mubadala Investment Company, negócio que foi fechado pelo valor de R$ 1,65 bilhão. Além da redução no endividamento, o negócio contempla a parte da estratégia que visa aos desinvestimentos em ativos que não fazem parte da operação principal da empresa. Essa estratégia irá priorizar a exploração de petróleo nos ativos de águas profundas, que são mais rentáveis na comparação.
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