A Paranapanema comunicou hoje, por meio de nota divulgada ao mercado, que seu conselho aprovou, no âmbito da oferta pública de distribuição primária anunciada no último dia 30, a fixação do preço por ação no valor de R$1,56.
De acordo com o comunicado, serão emitidas 225.871.018 milhões de novas ações ordinárias, o que elevará o capital social da empresa em aproximadamente pouco mais de R$ 352,3 milhões, passando, com isso, a ser avaliado em R$1,73 bilhão.
A companhia informou, contudo, que a operação está condicionada a subscrição de, no mínimo, R$360 milhões em debêntures conversíveis em ações por seus credores.
A produtora de cobre salientou que pretende utilizar os recursos líquidos provenientes da oferta para reforçar o seu caixa, e que a previsão para o início das negociações das ações na B3 é amanhã (15).
A realização da oferta restrita de ações foi aprovada e divulgada ao mercado pelo conselho da Paranapanema no fim de agosto.
A Paranapanema é uma empresa que se encontra em uma situação bastante desafiadora, mesmo ocupando a posição de maior produtora não integrada de cobre refinado no Brasil na forma de catodo, vergalhão e fios de cobre.
Reflexo dessa situação nada animadora são os seus últimos resultados trimestrais, que apresentaram prejuízo de R$ 73 milhões, decorrentes de um lucro operacional (Ebitda) – também negativo em R$ 27,5 milhões – resultados estes derivados de um elevado custo de produção.
Outro fator bastante preocupante em relação à companhia é o seu endividamento crescente, que no último trimestre ultrapassou a barreira dos R$ 2,2 bilhões.
Nesta situação em que se encontra, com dificuldades claras de geração de caixa através de sua operação habitual, é compreensível o posicionamento da companhia de buscar financiamento no mercado através da emissão de ações e debêntures a fim de amortizar parte de sua dívida, porém preferimos não nos associarmos com empresas altamente endividadas e que não têm histórico positivo de resultados.
Leia mais sobre Radar do Mercado