A reestruturação da Oi prevê a segregação de suas áreas em unidades de negócio para posterior alienação. No fim do processo, a Oi será uma empresa de infraestrutura, prestando serviços para companhias de telecomunicações. Seu maior ativo será, então, a rede de fibra ótica.
Apesar das divergências – que se prolongaram durante aproximadamente 12 horas com os bancos –, a companhia conseguiu angariar o apoio necessário para iniciar uma reestruturação ampla de seus negócios. A partir dela, a empresa deixará o setor de telefonia e internet móveis, passando a atuar como uma empresa de infraestrutura de fibra ótica.
Com a mudança do plano, que estava vigente desde 2017, a empresa viabiliza a venda de ativos, como redes móveis, torres, data centers e parte da rede de fibra ótica, levantando mais de R$ 22 bilhões.
O dinheiro será usado para fazer o pagamento antecipado de dívidas, com cortes dos valores na faixa de 50% a 55%, além de sustentar os investimentos futuros.
O principal ativo são as redes móveis, que já receberam proposta de R$ 16,5 bilhões do consórcio formado pelas companhias Vivo, Claro e Tim. Elas pretendem dividir entre si as redes e os clientes da Oi.
Caso a venda se concretize, a Oi pretende reduzir endividamentos e encerrar sua recuperação judicial em maio de 2022.
A Oi pretende se tornar uma empresa focada em fibra ótica, prestando serviços de banda larga ao público em geral e oferecendo suas redes de forma neutra às demais operadoras de 4G e 5G.
A Oi tem a maior rede de fibra do Brasil e uma das maiores do mundo, com 388 mil quilômetros de cobertura, e deseja levar a rede para 32 milhões de clientes até 2024.
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