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Radar do Mercado: MMX (MMXM3), mineradora de Eike Batista, responde a questionamentos da CVM

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A mineradora MMX, em recuperação judicial, publicou em 30/09/2020 um fato relevante que requisitava à Justiça a retomada da mina Emma para o patrimônio da companhia. Tal mina havia sido arrendada para a empresa Vetorial em 2014.

Segundo a empresa, se o processo de retomada tiver sucesso, a mina potencializaria a capacidade operacional da MMX para produção e venda de minério de ferro.  Além disso, a MMX afirmou que, com o sucesso na retomada, seria possível viabilizar de forma ainda mais consistente a recuperação judicial.

Após a publicação desse fato relevante, houve grande valorização nas ações da empresa, que passaram de R$2 a R$36 entre os dias 6 e 13 de outubro. No entanto, essas ações anotaram uma queda para R$13 após um questionamento da CVM acerca das afirmações do fato relevante, exigindo fatos mais objetivos que justificassem tais afirmações e as recentes oscilações nos preços.

Na sexta-feira (16/10), a empresa publicou a resposta aos questionamentos da CVM, trazendo dados mais concretos sobre os possíveis impactos da mina Emma no resultado da companhia.

Na resposta, a MMX afirmou que o potencial de produção de minérios da mina Emma alcança 2,1 MTPA (milhões de toneladas por ano). Atualmente, a mineradora Vetorial, a empresa que opera na mina, produz 1,7 MTPA. Tal volume poderia gerar, segundo estimativas, um caixa de aproximadamente R$350 milhões anuais.

Essa geração de caixa, segundo a MMX, seria suficiente para cumprir com suas obrigações legais e ainda honrar suas dívidas, o que seria um grande passo na recuperação judicial.

A Vetorial ainda publicou uma nota afirmando que detém legalmente a posse direta e exclusiva de toda a lavra dessa mina. Ela defende que não havia razões para a solicitação feita pela MMX.

Por fim, deve-se perceber que, apesar das oscilações que a solicitação de retomada da mina gerou nas ações da MMX, a empresa está em recuperação judicial desde 2016 e não se encontra em operação.

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