A JSL informou na sexta-feira (22) aos seus acionistas e ao mercado em geral, em face à notícia veiculada na mesma data na Coluna do Broadcast do Estadão, sob o título “Vamos, Locadora de Caminhões da JSL, retoma planos de IPO de R$1,3 BI”, que sua subsidiária – a Vamos Locação de Caminhões, Máquinas e Equipamentos S.A. – “avalia constantemente alternativas de captação de recursos para fortalecer sua estrutura de capital e financeira”.
Dentre outras alternativas disponíveis no mercado, a companhia confirmou a sua intenção de realizar uma oferta pública de distribuição de ações primária e secundária da Vamos “tão logo possível”.
“Para tanto, a companhia se mantem em contato com instituições financeiras para assessorá-la nessa análise e na determinação dos termos para eventual oferta”, complementou.
Ainda no que tange o comunicado acima, cabe adicionar, também segundo a JSL, que a efetiva realização da oferta está sujeita, entre outros fatores, às condições dos mercados de capitais nacional e internacional e à obtenção das aprovações societárias competentes, e uma vez realizada, será conduzida em conformidade com a legislação e regulamentação aplicáveis.
Adicionalmente, no organograma abaixo é possível visualizar o controle por parte da JSL de 100% da Vamos, que detém, por sua vez, outras 4 empresas.
Vale adicionar, ainda no que tange o comunicado acima, que a Sociedades Borgato adquirida pela Vamos no final de 2017, sendo este um grupo paulista que atua na locação e comercialização de caminhões e máquinas e equipamentos pesados voltados ao setor agrícola, e que possui 18 concessionárias de caminhões e máquinas localizadas nos Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.
É importante mencionar que, atuando no segmento de logística, a JSL atua na prestação de serviços dessa natureza que cobrem desde as etapas iniciais do processo de produção de seus clientes, como a gestão do fluxo de insumos, por exemplo, até a ponta do consumo, chegando à logística reversa.
Dessa forma, a JSL se destaca por ser uma das líderes neste segmento de mercado, e destaca-se pela integração à cadeia de suprimentos e de distribuição dos clientes, oferecendo oportunidades de cross-selling e entrada de novos clientes e setores, e apresenta, ainda, um sólido histórico de renovação de seus contratos de prestação de serviços.
Há de se destacar, também, que desde abril de 2010, as ações da empresa estão listadas no Novo Mercado da BM&-F Bovespa, segmento com o mais alto nível de governança corporativa da bolsa brasileira, o que, de certa maneira, contribui para transmitir aos acionistas, principalmente os minoritários, uma sensação de transparência satisfatória para com o mercado, de uma maneira geral, isto por que as regras de listagem deste segmento de mercado atestam um padrão diferenciado, pois ampliam os direitos dos acionistas, melhoram a qualidade das informações prestadas e promovem agilidade na resolução de conflitos.
No entanto, é importante aqui destacar que a companhia vem enfrentando muitos desafios operacionais nos últimos trimestres, que resultaram num aumento expressivo de suas responsabilidades financeiras.
Sempre destacamos que preferimos evitar a associação com empresas endividadas, e essa é a desconfortável situação em que se encontra a JSL nesse momento.
Preferimos nos associar a companhias com históricos de sólidos resultados e visíveis potenciais de crescimento no médio/longo prazo, e não é esse o caso em que a JSL se encontra.
Por conta disso, achamos mais racional continuar de fora da companhia por tempo indeterminado.
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