Na sexta-feira (28), a companhia divulgou que o seu conselho de administração aprovou a assinatura dos documentos que refletem os principais termos relacionados à incorporação da XPart pela XP.
Essa operação estará sujeita a algumas condições, como a aprovação pelas assembleias gerais da XPart e da XP, que serão oportunamente convocadas por volta da metade do segundo semestre de 2021.
De acordo com o documento, a XPart é a nova holding resultante da reorganização societária da linha de negócio do Itaú Unibanco referente à participação no capital da XP.
Essa cisão de ativos está condicionada à manifestação favorável do Federal Reserve Board (Fed), bem como à homologação pelo Banco Central do Brasil. Uma vez implementada, a cisão fará com que os acionistas do Itaú Unibanco tenham direito à participação acionária na XPart na mesma quantidade e proporção das ações por eles detidas no Itaú Unibanco.
Dessa forma, as ações de emissão do Itaú Unibanco e suas respectivas American Depositary Receipts (ADRs) continuarão a ser negociadas com direito ao recebimento dos valores mobiliários de emissão da XPart até a data de corte, que será informada ao mercado assim que for determinada.
O Itaú comprou uma participação de 49,9% da XP em maio de 2017 por R$ 6,3 bilhões, a qual foi reduzida para 46,05% após a abertura de capital da XP na Nasdaq. Em dezembro de 2020, houve uma nova redução da participação do Itaú na XP, quando o Itaú vendeu mais 5% de sua participação.
A cisão, anunciada na sexta-feira (28), ocorrerá com a parcela cindida representativa de 41,05% do capital da XP para a nova companhia XPart.
Caso a incorporação da XPart pela XP seja aprovada nas respectivas assembleias gerais das duas empresas, os acionistas do Itaú Unibanco receberão:
a) No caso dos acionistas controladores do Itaú Unibanco e dos titulares de ADRs, ações Classe A de emissão da XP;
b) No caso dos demais acionistas, Brazilian Depositary Receipts (BDRs) Patrocinados Nível 1, em substituição aos valores mobiliários da XPart, que não se tornara uma empresa listada em bolsa, pois será extinta com a incorporação pela XP. Estima-se que a operação de cisão ocorrerá até o final do terceiro trimestre de 2021.
Leia mais sobre Radar do Mercado