Radar do Mercado: Itaú (ITUB4) – sinais de maiores dividendos no futuro
O Itaú Unibanco comunicou ontem (26) aos seus acionistas e ao mercado em geral que pretende manter a prática de pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio mínimo de 35% do lucro líquido consolidado recorrente e retirar o limite máximo atualmente fixado em 45%.
Segundo o banco, o valor total a ser distribuído a cada ano será fixado pelo seu conselho e irá considerar o nível de capitalização da companhia, conforme regras definidas pelo Banco Central, o nível mínimo estabelecido pela empresa, que agora é de 13,5%, a lucratividade no ano, as perspectivas de utilização de capital em função do crescimento esperado nos negócios, programas de recompra de ações, fusões ou aquisições e alterações regulatórias que possam alterar a exigência de capital, mudanças fiscais e variações significativas nos ativos ponderados pelo risco.
“Assim sendo, o percentual a ser distribuído poderá flutuar ano a ano em função da lucratividade e demandas de capital da companhia, sempre considerando o mínimo previsto no Estatuto Social” destacou o Itaú em trecho do comunicado.
Cada vez mais enxergamos o Itaú como uma instituição extremamente focada na criação de valor a longo prazo para seus acionistas, e o fato elucidado acima reforça bem essa opinião.
Cabe ressaltar que o Itaú apresenta um histórico crescente de pagamentos de dividendos e, de acordo com o noticiado, pretende continuar com esse processo ascendente de remuneração a seus acionistas no longo prazo.
Isso é realmente bastante positivo para quem enxerga o mercado de capitais como uma ferramenta de criação de valor no longo prazo.
Por conta de se mostrar extremamente eficiente e responsável perante seus investidores, gostamos muito do seu perfil de governança e principalmente dos seus resultados, prova disso está no fato da instituição carregar consigo o mérito de ser, agregadamente a outras empresas do mesmo setor no Brasil, um dos bancos mais rentáveis do mundo, muito por conta das altas taxas de juros tradicionalmente praticadas no Brasil.
O que não gostamos no momento, entretanto, é do preço de suas ações, cotadas, no fechamento do último pregão, a R$ 43,18 (ITUB4).
Em casos como esses, o que fazemos é esperar por uma turbulência no mercado, que faça suas ações caírem e possibilitem nossa entrada no negócio.
Outra alternativa que sugerimos aos investidores que tenham interesse em se associar a este banco extremamente rentável é que busquem fazê-lo através da Itaúsa, ativo o qual, inclusive, faz parte de nossas carteiras Suno Dividendos e Suno Valor.
Pedimos, contudo, que nossos assinantes respeitem o preço teto sugerido em nossas carteiras de modo a aumentar a margem de segurança no ativo.