A Metalúrgica Gerdau S.A.(GOAU4) e a Gerdau S.A.(GGBR3), vieram a público ontem (24) que seu Conselho de Administração escolheu Gustavo Werneck da Cunha, atual Diretor Executivo da Operação Brasil, como novo Diretor-Presidente (CEO) das Companhias.
Entendemos ser este um movimento importante na administração estratégica das companhias, que curiosamente passarão o comando, pela primeira vez nos seus 116 anos de história, para um membro de fora da família Gerdau Johannpeter.
Apesar do cenário externo favorável, com o crescimento consistente da economia global, a conjuntura que o novo CEO tem pela frente, ao nosso entender, é bastante desafiadora, muito por conta das dívidas que as empresas apresentam e precisarão honrar nos próximos anos.
Em relação à Gerdau, a mesma apresenta uma variação geração de caixa bastante indefinida nos últimos trimestres, o que transmite uma sensação de incerteza frente ao seu desempenho no curto/médio prazo.
Aliado a esse fator, a sua dívida bruta de R$ 20 bilhões também preocupa, muito por conta de representar pouco menos de 4 vezes o seu caixa, além da dívida líquida valer 3,6 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses da companhia.
O quadro da Metalúrgica Gerdau não é muito diferente, visto que a mesma apresenta uma situação de dívida líquida também alta, encontrando-se, no final do segundo trimestre, no valor de pouco mais de R$ 15 bilhões para honrar de compromissos.
Quando comparado com o Ebitda ajustado acumulado dos últimos 12 meses, este valor da dívida líquida representou, no último trimestre, 3,8 vezes o valor do indicador.
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