A Companhia Paranaense de Energia (Copel), empresa estatal que gera, transmite, distribui e comercializa energia, comunicou o desempenho de seu mercado de energia no 4T20.
De início, o mercado fio da Copel Distribuição, composto de mercado cativo, de suprimento a concessionárias e permissionárias dentro do Paraná e de consumidores livres de sua área de concessão, apresentou um crescimento de 3,3% no consumo em relação ao 4T19.
O crescimento de 3,3% resultou majoritariamente de um crescimento de 11,1% no consumo no mercado livre. O mercado livre é representado por quem compra a energia direto dos geradores ou comercializadores.
Assim, esse aumento foi grandemente movido por uma melhoria na atividade industrial do Paraná, que avançou 4,8% em outubro e 14% em novembro de 2020.
Os setores da indústria que mais colaboraram para um aumento no consumo elétrico foram os de fabricação alimentícia e fabricação de borracha e de material plástico.
Esse aumento de 11,1% no mercado livre foi compensado, em partes, por uma queda de 0,7% no mercado de consumo cativo.
Seu mercado cativo é representado por aqueles que compram energia das concessionárias de distribuição – e não diretamente dos geradores ou comercializadores de energia.
A redução de 0,7% nesse mercado pode ser justificada por uma grande queda nas classes comerciais e industriais em razão do isolamento social e do home office promovidos pela pandemia, além de uma migração por parte da classe industrial do mercado cativo para o mercado livre.
A classe industrial teve uma queda de 9,7% entre o 4T19 e o 4T20, ao passo que a classe comercial teve uma redução de 9,2% no quarto trimestre de 2020, se comparado com o mesmo período de 2019.
Compensando parcialmente a grande queda nessas duas classes, o setor residencial teve um crescimento de 9,8% entre o 4T19 e o 4T20. Este crescimento também é justificado pela pandemia, que levou as pessoas a ficar mais tempo dentro de suas casas, portanto gastando mais energia. No quarto trimestre de 2020, a classe residencial representou 42,3% do consumo do mercado cativo, totalizando 3.944.556 consumidores no final de dezembro de 2020.
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