Na terça-feira (17/11), a Cielo publicou sua pesquisa sobre a atividade do varejo em outubro.
A Cielo acompanha a atividade e o desempenho do varejo no Brasil por meio de seu índice setorial, chamado ICVA (Índice Cielo de Varejo Ampliado). Esse índice foi desenvolvido em 2014 pelo setor de inteligência da companhia com o intuito de medir as vendas de varejo, facilitando assim suas análises setoriais.
Em sua pesquisa mais recente, o índice registrou uma queda de 7,7% nas vendas do varejo brasileiro em outubro de 2020, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Já em termos nominais, essa redução nas vendas foi de 1,6%, segundo o ICVA.
Apesar da queda comparada a outubro de 2019, o varejo apresenta seu sétimo mês seguido de recuperação. Com destaque para a aceleração de setores como alimentação (bares e restaurantes) e veterinárias/pet shops. Por outro lado, houve uma desaceleração dos setores de materiais de construção e automotivo.
Vale ressaltar, ainda, que a recuperação do varejo em outubro teve uma desaceleração se comparada a setembro. Segundo Gabriel Mariotto, superintendente-executivo de inteligência da Cielo: “O ritmo de recuperação do varejo diminuiu em outubro, apesar dos segmentos mais afetados no começo da pandemia, como Bares e Restaurantes, e Turismo e Transporte, continuarem mostrando redução nas quedas”.
Quando se trata de macrossetores do varejo, o bloco que apresentou maior aceleração foi o de bens duráveis e semiduráveis, com destaque para o vestuário. Logo em seguida, o segundo bloco foi o de serviços, com uma aceleração do setor de alimentação.
Vale ressaltar que o varejo apresentou quedas nas vendas em relação a outubro de 2019 para todas as regiões do país. Porém, a retração não foi uniforme geograficamente. As regiões Sudeste e Nordeste foram as que apresentaram maior retração em outubro de 2020: -9,2%. Já a região que apresentou menor retração foi a Norte, com um recuo de 2,9%.
Por fim, a inflação representada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 0,86% em outubro, maior resultado para o índice desde 2002. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação foi de 3,92%.
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