A companhia divulgou os resultados de 2019 e do último trimestre do ano, com destaque para os seguintes indicadores: Ebitda, resultado líquido, investimento operacional, geração livre de caixa, alavancagem corporativa e taxa de frequência de acidentes.
Para 2019, o Ebitda recorrente foi 46% inferior ao de 2018, atingindo R$ 5,93 bilhões. A redução se explica pelos menores spreads no mercado internacional, resultado do menor crescimento global e da entrada de capacidades nos Estados Unidos, além de novas refinarias na Ásia, que em parte foram compensados pelo maior volume de vendas na América do Norte.
O resultado líquido da companhia foi um prejuízo de aproximadamente R$ 2,8 bilhões em função da provisão contábil referente a implementações feitas combinado a depreciação do real frente ao dólar. Tais implementações se referem ao Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, ao programa de fechamento de determinados poços de sal e ao Programa para Recuperação de Negócios e Promoção de Atividades Educacionais.
Em 2019, a Braskem fez investimentos operacionais e em projetos estratégicos que totalizaram R$ 700 milhões. O valor ficou abaixo do estimado e ultrapassou a meta de redução estabelecida.
A geração livre de caixa também foi menor do que em 2018 em 56%, anotando R$ 3,1 bilhões. O resultado veio em linha com a queda do Ebitda em função do pagamento de juros atrelados à liquidação de alguns bônus da companhia. Entretanto, os valores foram compensados parcialmente pela queda no contas a receber, pelos menores estoques de matérias-primas e produtos acabados, maior compra de nafta com prazo de pagamento alongado, monetização do saldo de PIS/Cofins, adiantamento de cliente e menor pagamento de IR/CSLL.
Por fim, a alavancagem corporativa, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda em dólares, foi de 4,71x. Em relação à taxa de frequência de acidentes com e sem afastamentos, considerando integrantes e terceiros, a companhia apresentou 58% abaixo da média do setor.
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