Após proposta não vinculante de junção entre negócios, ofertada pela Arezzo em 07/04/2021 e posta a público – ao mesmo tempo que foi negada – pela Hering na quarta-feira (14), a Arezzo veio ao mercado para fornecer mais clareza sobre a operação.
Na tentativa de negócio, a companhia propôs um total de R$ 3,3 bilhões pela incorporação da Hering – os acionistas desta receberiam um valor de R$ 1,29 em dinheiro e ficariam com 21,2% da empresa resultante da operação.
Dessa maneira, a gigante calçadista ofertou 0,1686 novas ações ARZZ3 em uma troca com cada ação ordinária da Hering – o equivalente a um prêmio aproximado de 20% sobre o preço médio das ações HGTX3 nos 90 dias anteriores à proposta.
O racional estratégico da fusão se baseava na captura do know-how industrial da Hering por parte da Arezzo, que atualmente conta com os produtos da marca Reserva em sua linha de malharia.
Entre outros pontos importantes, a Arezzo destacou o possível incremento de escala que as operações gerariam em conjunto. O argumento é de que esse fator permitiria vantagens na compra de matéria-prima, bem como nas negociações com fornecedores e com as operadoras de shopping centers.
A companhia ainda salientou os ganhos em digitalização que ela poderia agregar à Hering, além dos compartilhamentos de ganhos que o acordo proporcionaria pela integração de serviços e outras sinergias, assim como o potencial ágio resultante da fusão.
Por fim, a Arezzo ressaltou que a combinação de negócios teria o potencial de unir duas companhias com histórias e valores semelhantes – empresas familiares que, juntas, estariam prontas para se tornar a maior powerhouse de moda do Brasil.
Mesmo com a recusa, vale destacar que nada impede que as negociações continuem, de modo que novos contornos sobre o caso podem surgir no futuro.
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