*Todas as comparações são entre o 1T19 e o 1T20
No 1T20, a companhia vinha apresentando uma tendência positiva no crescimento da receita até o Carnaval, mas então foi impactada pela pandemia.
Na primeira quinzena de março, houve desaceleração e uma drástica queda no fluxo no restante do mês.
Apesar da Alliar já possuir uma estrutura enxuta de despesas e custos, foram adotadas medidas adicionais de austeridade. A companhia está renegociando aluguéis, revendo contratos com diversos fornecedores, suspendeu temporariamente contratos de trabalho e reduziu jornadas, assim como reduziu horários de atendimento e fechou temporariamente unidades.
Também foram suspensos, em caráter temporário, os investimentos em crescimento orgânico que haviam sido planejados para o ano.
A companhia está operando o modelo do “projeto Drive-Thru”, que opera em diversos estados. Desta forma, o paciente com suspeita de infecção pode agendar a coleta do exame dentro do seu carro.
O alcance digital foi expandido, com a empresa ofertando o agendamento 100% online de exames. A geração de conteúdo digital, através das plataformas de mídias sociais, foi ampliada. A companhia lançou a plataforma de Telemedicina Alliar.
A receita bruta (ex-construção) do período foi de R$ 254,2 milhões (queda de 10,1%). O lucro bruto atingiu R$ 40,7 milhões (queda de 41,9%), com uma margem bruta de 17,3%.
O EBITDA do trimestre foi de R$ 28,4 milhões, contra 64,6 milhões no 1T19, uma queda de 56%. A margem EBITDA ajustada observada foi de 15,4%.
No 1T20, a Alliar teve um prejuízo líquido de R$ 21,7 milhões, contra um lucro líquido de 9,9 milhões no mesmo período do ano anterior.
A dívida líquida totalizou R$ 570,1 milhões (- 3,5%) e a dívida bruta R$ 829 milhões (+ 29%). A alavancagem financeira medida pela dívida líquida total / EBITDA ajustado alcançou 2,23 vezes ao final do trimestre.
O fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 21,4 milhões, uma queda de 12,3%.
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