Radar do Mercado: Bradesco (BBDC4) – Proposta de pagamento de JCP é anunciada pela diretoria da companhia
O Banco Bradesco comunicou na sexta-feira (07) aos seus acionistas e ao mercado em geral que sua Diretoria, em reunião realizada na mesma data, decidiu propor ao Conselho de Administração, que deliberará em reunião que será realizada no próximo dia 21 de dezembro, o pagamento de juros sobre o capital próprio complementares aos acionistas da sociedade, no valor total de R$ 4.665.000.000,00, sendo R$0,663820730 por ação ordinária e R$0,730202804 por ação preferencial.
Segundo o informado, se aprovada a proposta, serão beneficiados os acionistas que estiverem inscritos nos registros da companhia em 21 de dezembro (data da declaração), passando as ações a ser negociadas “ex-direito” aos juros complementares a partir de 26 do mesmo mês.
Adicionalmente, foi informado ainda que o pagamento ocorrerá em 8 de março de 2019 pelo valor líquido de R$0,564247621 por ação ordinária e R$0,620672383 por ação preferencial, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%, exceto para os acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da referida tributação, que receberão pelo valor declarado.
A título meramente ilustrativo, segue abaixo demonstrativo dos valores pagos e a pagar relativos a 2018:
Adicionalmente, o Bradesco destacou que poderá, com base no resultado a ser apurado no encerramento do exercício social de 2018, distribuir novos juros e/ou dividendos aos acionistas.
Por fim, vale salientar que, se aprovados, os juros complementares representarão, aproximadamente, 39 vezes os juros mensalmente pagos, líquidos de imposto de renda na fonte, e serão computados no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previstos no estatuto social.
No mais, essa pode ser interpretada como uma notícia positiva e relevante para os acionistas do Bradesco, banco este que é uma das quatro maiores instituições bancárias do Brasil e um dos mais rentáveis do planeta em seu segmento de atuação.
Ainda, esse fator, juntamente com o resultado mais uma vez bilionário do Bradesco apresentado no terceiro quarto do ano, reforçam nosso posicionamento de avaliarmos essa companhia, e também o segmento bancário no Brasil como um todo, como uma conjuntura que apresenta um dos ambientes mais rentáveis do mundo, e muitos fatores indicam que esse cenário extremamente abundante tende a se ampliar nos próximos trimestres.
De fato, tais condições corroboram a visão prospectiva benigna do Bradesco em relação aos segmentos que atua.
O que não gostamos neste momento, contudo, é do atual preço de cotação de BBDC4, o que nos coloca numa posição de espera até que boas oportunidades de entrada no ativo possam ser observadas.
Seguimos com nosso posicionamento racional e paciente em relação às empresas que se destacam no mercado de capitais brasileiro, mas que se encontram com seus preços acima daquilo que gostaríamos de pagar e, neste sentido, seguimos aguardando que uma conjuntura diferente da atual faça com que os preços das ações do Bradesco se enquadrem em uma situação que proporcione uma boa margem de segurança a nossos assinantes.
Até lá, seguimos de fora aguardando por um momento dessa natureza, ao passo que recomendamos o mesmo àqueles que nos seguem. O mercado brasileiro é um mercado de oportunidades, e em uma conjuntura de volatilidade como a qual nos encontramos agora, é possível que tal cenário se torne factível em algum momento dentro dos próximos meses.
Neste sentido, recomendamos também a leitura do nosso relatório Suno Dividendos, o qual enviamos para nossa base de assinantes no último dia 14 de junho, no qual destacamos as principais nuances que envolvem o banco Bradesco e, inclusive, destacamos qual seria o preço teto de entrada ideal (segundo nossa avaliação) que proporcionaria uma margem de segurança satisfatória no âmbito de um investimento de longo prazo na instituição bancária.