O Bradesco divulgou hoje (01) os seus resultados operacionais frente ao quarto trimestre e também à totalidade do ano de 2017 e, de acordo com seus números, o Lucro Líquido Recorrente do exercício de 2017 foi de R$ 19,024 bilhões (aumento de 11,1% em relação ao Lucro Líquido Recorrente de R$ 17,121 bilhões do exercício de 2016), correspondendo a R$ 3,13 por ação e rentabilidade de 18,1% sobre o Patrimônio Líquido Médio Ajustado.
No trimestre, o Lucro Líquido Recorrente totalizou R$ 4.862 milhões, o que representou um acréscimo de 1,1%, ou R$ 52 milhões, em relação ao trimestre anterior, decorrente principalmente do maior resultado com margem financeira, resultado com as operações de seguros, previdência e capitalização e receita de prestação de serviços; e sendo impactado por maiores despesas com a provisão para devedores duvidosos e despesas administrativas.
O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Recorrente (ROAE), registrou 18,1% em dezembro de 2017, ao passo que o retorno sobre os Ativos Médios (ROAA) registrou 1,5% e os Ativos Totais registraram R$ 1,298 trilhão, em dezembro de 2017, apresentando evolução de 0,4% em relação a dezembro de 2016.
Adicionalmente, o Índice de Eficiência Operacional (IEO) acumulado nos doze meses, desconsiderando o efeito do impairment de ativos financeiros, registrou 40,8%, permanecendo praticamente estável em relação ao trimestre anterior.
Já o IEO trimestral atingiu 41,3% no quarto trimestre de 2017, registrando redução de 0,2 pontos percentuais em comparação ao trimestre anterior, ocasionado, principalmente, pela melhora da margem financeira do resultado com as operações de seguros, previdência e capitalização, e das receitas com prestação de serviços.
Estes resultados puderam ser percebidos, em grande parte, devido a uma atividade econômica brasileira que seguiu apresentando, último trimestre de 2017, um crescimento gradual, mas disseminado entre os setores.
Os dados correntes e a divulgação do PIB efetivo do terceiro trimestre, por exemplo, reforçaram o diagnóstico de recuperação da economia.
Apesar de fatores pontuais, como a queda acentuada da inflação de alimentos e a liberação das contas inativas do FGTS, não estarem presentes para estimular a atividade econômica em 2018, a melhora do mercado de trabalho (ainda que seja extremamente gradual) e o efeito defasado da redução da taxa de juros, deverão continuar fomentando a expansão da economia como um todo.
Obviamente que é impossível se prever o futuro, mas de acordo com as tendências e com essa referida prospecção, é possível que a consolidação da retomada econômica brasileira apresente um cenário construtivo para 2018, com avanços no mercado de trabalho (renda e emprego) e inflação e juros baixos.
Esses fatores, juntamente com esse resultado mais uma vez bilionário do Bradesco no quarto trimestre e no ano de 2017 com um todo, reforçam nosso posicionamento de avaliarmos essa companhia, e também o segmento bancário no Brasil como um todo, como uma conjuntura que apresenta um dos ambientes mais rentáveis do planeta, e muitos fatores indicam que esse cenário extremamente abundante tende a se ampliar nos próximos trimestres.
De fato, tais condições corroboram a visão prospectiva benigna do Bradesco em relação aos segmentos que atua.
O que não gostamos neste momento, contudo, é do atual preço de cotação de BBDC4, o que nos coloca numa posição de espera até que boas oportunidades de entrada no ativo possam ser observadas.
Seguimos com nosso posicionamento racional e paciente em relação às empresas que se destacam no mercado de capitais brasileiro, mas que se encontram com seus preços acima daquilo que gostaríamos de pagar e, neste sentido, seguimos aguardando que uma conjuntura diferente da atual faça com que os preços das ações do Bradesco se enquadrem em uma situação que proporcione uma boa margem de segurança a nossos assinantes.
Até lá, seguimos de fora aguardando por um momento dessa natureza, ao passo que recomendamos o mesmo àqueles que nos seguem.
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