Na última sexta-feira (09), a B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão apresentou, ao mercado e aos seus acionistas, os resultados referentes ao segundo trimestre de 2019.
Na apresentação, a empresa destacou um Average Daily Trading Volume (ADTV), ou volume médio diário de negociação, no valor de R$ 14,7 bilhões no mercado à vista de ações e um Average Daily Volume (ADV) de R$ 3,9 milhões no mercado de derivativos listados.
Outro destaque apresentado pela B3 foi o aumento de 14% na receita total no segundo trimestre de 2019 em comparação ao 2T18. Além disso, houve aumento de 2,9% no EBITDA recorrente, apesar disso, houve queda de 735 pontos-base na Margem EBITDA, que atingiu 70,3%.
A B3 informou, no documento, o aumento da relevância do mercado de capitais local no financiamento das empresas brasileiras.
Isso se deveu sobretudo à queda da taxa de juros no Brasil, à busca dos investidores por maior diversificação dos seus portfólios, à redução do volume de desembolsos feitos pelo BNDES e outros bancos públicos, além de sinais de maior disposição dos grupos empresariais em revisitar suas estruturas acionárias.
Por outro lado, a bolsa apresentou um desempenho positivo de 25,6% no segmento de ações e instrumentos de renda variável, que representa 40,3% de sua receita total.
Esta variação é resultado de um crescimento de 22,1% no volume médio diário de negociação (ADTV).
Acompanhando os crescimentos da B3, a sua linha de infraestrutura para financiamentos, que compõe 10,3% da receita total, apresentou um crescimento de 35,8%, influenciado, principalmente, pela alta no número de veículos financiados e pela aquisição da empresa Portal de Documentos.
Por outro lado, a despesa ajustada da B3 sofreu variação positiva de 5,3%, impactada, principalmente, pela elevação de gastos com serviços de terceiros, em função de gastos relacionados a projetos.
As despesas de pessoal e de processamento de dados, quando somadas, totalizam R$ 198,6 milhões, equivalentes a cerca de 83% do total de despesas.
Com relação aos destaques financeiros, a B3 apresentou um caixa próprio de R$ 7,57 bilhões ao final do 2T19, uma variação positiva de 33,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A alavancagem financeira da empresa está no patamar de 1,5x, de modo que sua dívida bruta alcançou o total de R$ 5,49 bilhões no 2T19, com um EBITDA recorrente dos últimos 12 meses de R$ 3,65 bilhões.
Por último, o lucro líquido atribuído aos acionistas da companhia terminou o segundo trimestre de 2019 no total de R$ 654,8 milhões, configurando uma variação negativa de 9,6% em relação ao 2T18.
A B3 – Brasil, Bolsa, Balcão é uma das maiores empresas provedoras de infraestrutura para o mercado financeiro do mundo, em valor de mercado. Criada em março de 2017, a partir da combinação de atividades da BM&F BOVESPA, bolsa de valores, mercadorias e futuros, com a CETIP, empresa prestadora de serviços financeiros no mercado de balcão organizado.
Atualmente, oferece serviços de negociação (bolsa), pós-negociação (clearing), registro de operações de balcão e de financiamento de veículos e imóveis.
Dentre os produtos listados em bolsa, a B3 desenvolve, implanta e provê sistemas e serviços de negociação e pós-negociação, além de prezar pela excelência operacional, tecnológica e de gestão de risco, exercendo o papel de fomentar os mercados em que atua.
A B3 é uma sociedade de capital aberto e seu capital social é tal como mostrado abaixo.
Por fim, acreditamos que os resultados apresentados pela B3 continuam mostrando a sua capacidade de geração de valor no longo prazo.
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