Ambev publicou, na última sexta-feira (25), antes da abertura do mercado, seus resultados trimestrais.
A companhia apresentou um crescimento de receita líquida de 5,9%, comparado ao mesmo período de 2018.
O lucro bruto foi de R$ 6,697 bilhões, para R$ 6,727 bilhões, aumento de 0,4%. Já o lucro líquido teve queda de 12%, ficando em R$ 2,49 bilhões. Segundo a empresa, o lucro foi pressionado por maiores despesas com imposto de renda. É importante não ressaltar que houve um não recorrente positivo de R$ 170 milhões.
Os custos também aumentaram, o CPV da Ambev cresceu 21,8%. A hiperinflação na Argentina, alto preço das commodities e o Dólar bastante apreciado atrapalharam a operação da companhia. As despesas com vendas, gerais e administrativas cresceram 7,2%
O ambiente competitivo no Brasil tem mudado, e se intensificado nos últimos anos. As concorrentes têm segurado os preços e sacrificado margens, mas roubado market share que outrora pertencia à Ambev. O volume de cervejas no país caiu 2,8%.
Na América Latina Sul (LAS), a receita líquida orgânica aumentou 22% e a ROL/hl cresceu 15,3%. O EBITDA na região cresceu 7,9%. Destaque para o segmento premium no Chile, e Argentina, que apresentou crescimento de 2 dígitos. O bom desempenho da região não foi suficiente para compensar as perdas no mercado brasileiro.
O volume consolidado tem se mantido razoavelmente estável, como podemos ver abaixo:
O Caribe os resultados também foram positivos. O EBITDA apresentou crescimento de 20,1% graças à operação na República Dominicana. No Canadá, a receita líquida teve leve queda de 3,2% e o EBITDA diminiu 14,9%, com ganho de market share da marca Bud Light e a Michelob Ultra tem sido a marca de cerveja com maior ritmo de crescimento do país.
A companhia permanece caixa líquido, ou seja, com mais caixa do que dívidas, com R$ 10,9 bilhões em caixa a mais que sua dívida bruta, ante a R$ 7,37 bilhões no final do ano de 2018.
No pregão do mesmo dia, as ações sofreram desvalorização de 8,29%, fechando em R$ 17,60 por ação.
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