Quer ser sócio do Google?
É importante investir nos Estados Unidos, a maior economia do mundo?
O ambiente em que vivemos está mudando rapidamente.
O volume de inovações tecnológicas vem aumentando exponencialmente, e o impacto que elas têm na vida dos seres humanos é cada vez mais relevante.
Há 10 anos atrás seria surreal imaginar a quantidade de funções que o celular iria exercer na vida dos indivíduos.
Pensando na humanidade daqui 10 anos, não há dúvida de que estaremos imersos em inovações surpreendentes. Inovações que irão impactar a sociedade como um todo.
As maiores empresas do mundo, que gastam bilhões de dólares com pesquisa e desenvolvimento, são as mais bem posicionadas para introduzir inovações, como inteligência artificial e aprendizado de máquina.
As tendências de consumo das pessoas mudam e é um desafio para as empresas conseguir se adaptar às transformações de um mundo em constante desenvolvimento.
Para ter sucesso no mundo dos investimentos, deve-se investir pensando no longo prazo.
Para isso, busque empresas duradouras, e que através de vantagens competitivas conseguem ter um retorno elevado sobre o capital empregado em suas operações consistentemente ao longo dos anos.
Seria o Google uma empresa capaz de fazer isso?
O Google foca seus esforços no desenvolvimento de ferramentas e plataformas com potencial de facilitar e melhorar vida de bilhões de pessoas. Ele gera receita majoritariamente através de publicidade de desempenho e publicidade de marca.
Em virtude das inovações introduzidas pelo Google ao longo dos anos, seus serviços se tornaram amplamente utilizados, e sua marca uma das mais reconhecidas no mundo.
Informação é o novo petróleo. Possuir dados sobre como os seres humanos se comportam é possivelmente o ativo mais importante para os anos que estão por vir.
Se você sabe o que os consumidores fazem e querem, é possível personalizar ofertas e dar visibilidade à qualquer empresa que tenha acesso às plataformas do Google.
Dentre os principais produtos e plataformas do Google estão Android, Chrome, Gmail, Google Maps, Google Play, Google Search e YouTube, com mais de um bilhão de usuários ativos mensais.
O Google não divulga com exatidão os números de usuários ativos em suas inúmeras plataformas, mas sabemos de algumas métricas.
Por exemplo, em 2017, Sundar Pichai, o CEO do Google, divulgou que o Android possuía mais de 2 bilhões de usuários ativos por mês.
O Google Search registrou em 2018 quase 2 trilhões de pesquisas processadas em sua ferramenta de busca até o momento, totalizando uma média de 6,1 bilhões de buscas por dia, segundo a Internet Live Stats.
O Youtube em 2018, segundo o Statista, possui 1,58 bilhões de usuários, e segundo o Business Insider possui 1,8 bilhão de usuários por mês, contando contas cadastradas.
O Google possui uma barreira competitiva gigantesca, possivelmente a maior do mundo, que é resultado de anos de coleta de informações comportamentais de bilhões de pessoas, de investimentos bilionários em pesquisa e desenvolvimento, marca forte e reconhecida, e algoritmos refinados em suas plataformas.
Portanto, o Google possui vantagens sustentáveis, derivadas dos ativos intangíveis da empresa, e dos efeitos da rede.
Esses ativos intangíveis estão relacionados à expertise tecnológica geral em algoritmos de busca e aprendizado de máquina, que se baseiam nos dados armazenados, que são extremamente úteis para os anúncios de propaganda.
Logo, para uma empresa ser páreo ao Google ela não precisa apenas de investimentos multibilionários, mas de uma enormidade de dados que não podem ser obtidos em pouco tempo.
A marca Google se tornou o sinônimo de pesquisa online, seu mecanismo de pesquisa da empresa é considerado o mais avançado do setor, e possui 86% da participação de mercado mundial.
Basicamente o Alphabet (holding detentora do Google) coleta informações de usuários em diversas atividades de suas vidas, sejam elas ligadas à opções de entretenimento (YouTube), de busca (Google Search), de localização (Waze, Maps), ou sociais (Gmail, Android).
A adesão dos serviços de propaganda tende a crescer cada vez mais, pois praticamente todos os empreendimentos no mundo tem potencial de se beneficiar do acesso às informações do Google, personalizando ofertas e melhorando a conversão de bilhões de possíveis clientes.
Uma empresa tão bem posicionada para o futuro, e que vem crescendo 20% ao ano, deve ser negociada em bolsa a múltiplos otimistas, não?
Se olharmos para os resultados do Google, e retirarmos os efeitos não recorrentes em seu lucro, levando em conta que a empresa carrega mais de US$100 bilhões em caixa, vemos que as ações são negociadas a aproximadamente 20 vezes o lucro (P/L).
Para efeito comparativo, a Ambev é negociada atualmente a 23 vezes o lucro, sendo que ela é uma empresa extremamente enxuta, com margens apertadas, e com perspectivas de crescimento muito menores do que o Google.
Como diria Warren Buffett, ninguém compra uma fazenda pensando se vai chover ano que vem, compram pois pensam que é um bom investimento para os próximos 10 ou 20 anos.
Para ações, que são partes de empresas, vale a mesma coisa. Se você não pensa em segurar suas ações por 10 anos, você não deve segurá-las nem por 10 minutos.
Google é um dos nomes mais bem alinhados para sobreviver à próxima década.