Além do tradicional mercado financeiro americano, toda pessoa interessada em investir no exterior deve prestar atenção nas demais bolsas ao redor do mundo. Isso inclui até mesmo Portugal – que mesmo sendo um país menor que seus vizinhos europeus, possui uma bolsa de valores bastante representativa, identificada principalmente pelo índice PSI-20.
Devido principalmente a integração econômica que o bloco europeu proporciona, a Europa se destaca como um dos maiores e mais volumosos mercados financeiros atualmente. Essa relação se estende também para as bolsas europeias, já que praticamente todas são interligadas e administradas pela mesma instituição. Por isso, acompanhar o PSI-20 significa observar não só o desempenho do mercado português, mas sim de uma parte de todo o mercado financeiro europeu.
O que é o PSI-20?
O PSI-20 (sigla para Portuguese Stock Index) é o índice que reúne as ações mais negociadas na Euronext Lisboa – a principal bolsa de valores portuguesa. Ou seja, assim como o índice Ibovespa funciona para o mercado brasileiro, o PSI-20 é o principal índice de ações de referência para todo o mercado financeiro de Portugal.
Como o seu próprio nome sugere, o PSI-20 é composto pelas ações das 20 maiores empresas negociadas na Euronext Lisboa. Dessa forma, o índice reune os papéis com maior volume, liquidez e importância dentro do mercado de capitais português.
Qual é a função do PSI-20?
Dentre as principais atribuições do PSI-20, estão:
- Indicar a evolução do mercado de ações português;
- Dar suporte para a negociação de contratos de futuros e opções;
- Servir como referencial, seja como indexador ou benchmark, para outros produtos financeiros de renda fixa ou renda variável;
Como funciona o PSI-20?
Da mesma forma que os índices de ações de outras bolsas de valores ao redor do mundo, o PSI-20 funciona pelo sistema de pontos. O índice foi iniciado em 31 de dezembro de 1992, a partir de um valor base de 3000 pontos.
Já a composição do índice, bem como a distribuição proporcional das ações que fazem parte dele, são revisadas periodicamente duas vezes por ano, em janeiro e julho e ajustadas pelo free-float da bolsa.
Dessa forma, quem decide qual ação terá um peso maior dentro do PSI-20 é a própria média de volume de cada ação. Logo, quanto maior for o número de operações fechadas com um papel durante determinado período, maior será a participação dessa ação dentro do PSI.
Porém, a regra geral do PSI-20 limita a participação de cada ação a um máximo de 20% da composição total do índice.
Composição do PSI-20
Atualmente, fazem parte do PSI-20 as seguintes empresas:
- Altri;
- Banco Comercial Português;
- Corticeira Amorim;
- CTT Correios de Portugal;
- EDP Renováveis;
- Energias de Portugal;
- Galp Energia;
- Ibersol;
- Jerónimo Martins;
- Mota-Engil;
- NOS;
- Novabase;
- Pharol;
- Redes Energéticas Nacionais;
- Semapa;
- Sonae;
- Sonae Capital;
- The Navigator Company;
Como funciona a Bolsa de Lisboa?
Mesmo não sendo o único, o PSI-20 é o principal índice de ações da Bolsa de Lisboa, a Euronext Lisboa. Anteriormente conhecida como BVLP (Bolsa de Valores de Lisboa e Porto), a Bolsa de Lisboa fez parte da criação da primeiro mercado de ações pan-europeu – a Euronext.
Formada em 2002 a partir da união das Bolsas de Paris, Bruxelas, Amesterdã e Lisboa, a criação do conglomerado Euronext permitiu que a Bolsa de Lisboa se integrasse completamente ao dia a dia das demais bolsas internacionais, aumentando a liquidez e exposição dos seus ativos. Por isso, o índice PSI-20, que antes era restrito apenas ao mercado interno português, se tornou um indicador relevante em todo o continente.