PDD: entenda o que é a Provisão para Devedores Duvidosos

Todo planejamento financeiro de uma empresa é baseado no quanto há a receber e o quanto é preciso pagar. Desse cenário, surge a necessidade de se realizar a chamada Provisão para Devedores Duvidosos.

Medidas como a Provisão para Devedores Duvidosos é fundamental para a empresa não entrar em uma dívida por falta de precaução.

O que é PDD?

PDD é a sigla para Provisão para Devedores Duvidosos e se refere a uma reserva de dinheiro feita pela empresa com foco em casos de inadimplência.

Dessa forma, quanto maior for o risco de o cliente não pagar o que deve, maior deve ser o montante guardado pela empresa através da PDD.

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Esta prática também é conhecida como Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD), termo muito utilizado na Contabilidade.

Este é o nome utilizado no balanço patrimonial do negócio para demonstrar os valores utilizados para cobrir perdas.

Como funciona a Provisão para Devedores Duvidosos?

O termo “provisão” se refere a uma eventual necessidade de cobrir prejuízos. Vale lembrar que estas perdas não são algo certo no momento da criação da provisão, são apenas possibilidades.

Trazendo para um cenário de economia doméstica, é como guardar um determinado valor para o caso de o cano da pia, que está em bom estado, estourar.

Não há certeza de que o cano vá se romper. Mas, caso isso ocorra, haverá um montante guardado para este fim.

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É importante perceber que não se trata de uma despesa que com certeza ocorrerá, ainda que no longo prazo.

Logo, não é certo que o cliente deixará de fazer um pagamento. Porém, há a possibilidade de isso ocorrer. Assim, a Provisão para Devedores Duvidosos é vista como uma medida de prudência.

No entanto, quando o tema é balanço patrimonial e Contabilidade, só será computado o gasto que realmente ocorreu.

Aqui não é mais um princípio de prudência, mas sim o desembolso realmente feito após casos de inadimplência ao longo do período.

De onde vem as contas registradas na PDD?

Nem sempre a inadimplência é fruto de más intenções de um gestor ou negócio. Há quem tenha sofrido perdas irreversíveis e não consiga, de fato, quitar seus débitos.

Esses são os chamados devedores insolváveis. Ou seja, não há esperança para o credor em receber aqueles valores.

Neste caso, a PDD será a forma utilizada pela empresa para cumprir seus compromissos financeiros.

Isso sem ser demasiadamente afetada pela inadimplência do seu cliente.

Como calcular a Provisão para Devedores Duvidosos?

Provisão para devedores duvidosos

Uma das tarefas de quem faz a gestão financeira de um empreendimento é trabalhar também com análise de risco.Desta forma, é possível identificar quais clientes estão mais propícios ao não pagamento dos valores devidos.

Quanto maior o risco de calote, maior deve ser a provisão.

Uma das formas de calcular a PDD é pegar credor por credor e analisar o seu histórico de compras e de faturamento.

Por ser algo bastante trabalhoso e minimalista. o ideal é que essa forma de cálculo da PDD seja feita apenas nos empreendimentos com poucos clientes.

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Outra forma comum é a aplicação de uma percentagem sobre o saldo a receber. Normalmente, este percentual é decidido pelo administrador do negócio, que pode se basear na média praticada pelo mercado ou não.

A terceira opção é fazer uma média ponderada em cima das perdas dos anos anteriores. Esta é a prática mais recomendada, ainda que não seja a mais utilizada.

Para entender melhor determinados aspectos da Contabilidade, sugerimos que os interessados confiram o minicurso sobre Contabilidade para investidores.

O material, desenvolvido pela Suno Research, mostra os principais aspectos contábeis que afetam a vida dos investidores.

Assim, é possível compreender melhor a importância da Provisão para Devedores Duvidosos em um negócio.

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Tiago Reis
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4 comentários

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  • Eduardo Patricio 18 de setembro de 2019
    Entendo que devedor duvidoso seja parte do Ativo, diminuindo Duplicatas a Receber, logo por ser uma conta de Ativo, não deveria ser uma conta DEVEDORA? Não estou entendendo porque é considerada uma conta credora. Você consegue me explicar?Responder
    • Rafael 25 de outubro de 2019
      porque é uma conta redutora do ativo.Responder
    • Kathleen 25 de abril de 2020
      Eduardo, por ser uma conta Redutora do Ativo sua natureza é contrária ao Ativo. Sendo assim, ela aumenta pelo crédito e diminui pelo débito.Responder
  • Leandro 29 de julho de 2020
    Boa tarde, tudo bem? No caso de uma pandemia o cálculo da PECLD fica bastante complicado. Temos visto alguns bancos com provisões de mais de 90% em relação ao trimestre anterior. Como esse cálculo pode ser realizado em cenários como este que estamos vivendo?Responder