Muitas pessoas que investem em ações possuem em mente o conceito de preço médio.
Porém, do que se trata o termo preço médio?
O que é preço médio?
O preço médio é a média ponderada do preço de aquisição de determinado ativo, representando preço médio de aquisição, usado para calcular o lucro de uma operação, quando um ativo é negociado por mais de uma vez, com preços diferentes em cada operação.
Ainda, o conceito de preço médio é importante para realizar a declaração de imposto de renda das ações.
Como funciona a estratégia do preço médio?
O conceito de preço médio também pode se referir à “estratégia do preço médio”.
A estratégia do preço médio diz respeito a seguir comprando uma ação que o investidor já possui conforme ela for reduzindo o seu preço.
Esta é uma estratégia que, quando utilizada adequadamente, pode ser bastante inteligente.
Partindo do pressuposto que o investidor fez uma boa análise no momento da primeira compra. Ou seja, que ela adquiriu uma boa empresa por um preço, comprar mais conformes as ações caem faz bastante sentindo.
No entanto, não é isto que a maioria dos investidores fazem.
Ao ver o valor de suas ações caírem, muitos se desesperam e vendem justamente quando os preços estão mais convidativos.
Muitas vezes, as ações perdem valor sem nenhum motivo razoável.
Pode ser por um pessimismo momentâneo com a ação, ou com a economia como um todo. Fato é que as ações não andam em linha reta.
Porém, os investidores que possuem a capacidade de aproveitar estes momentos para realizar boas compras são aqueles da maior sucesso no longo prazo.
Exemplo bem sucedido desta estratégia
Um exemplo bem sucedido desta estratégia pode ser observado ao analisar as ações da Itaúsa.
A Itaúsa é a holding controladora do banco Itaú. Portanto, uma empresa que apresenta sólido histórico de criação de valor aos seus acionistas.
As ações da Itaúsa, em 2015, já negociavam a um valuation que podia ser considerado atrativo. Por cerca de R$ 6, com valores ajustados por proventos.
No entanto, mesmo assim, as ações chegaram a negociar por cerca de R$ 4 no início de 2016.
Portanto, o investidor que aproveitou este período para adquirir mais ações, obteve um custo médio menor, e um lucro maior.
Em 2018 as ações da Itaúsa negociavam acima de R$ 10.
Exemplo mal sucedido desta estratégia
Obviamente, não basta seguir comprando uma ação conforme o preço cai.
É extremamente necessário que o investidor se certifique que os fundamentos da empresa se mantém intactos.
Caso isso não ocorra, seguir comprando conforme o valor cai não é uma boa ideia.
Para ilustrar isto, um bom exemplo é o caso da Eternit.
Esta foi uma empresa que, durante muito tempo, se manteve sólida e foi uma das grande pagadoras de dividendos da bolsa.
No entanto, por decisões questionáveis por parte da gestão, a empresa foi se tornando um case cada vez mais complicado.
As ações da Eternit, que valiam quase R$ 4 em 2014, seguiram em derrocada desde então.
Atualmente, as ações da companhia valem centavos.
O investidor que durante este período comprou mais ações para diminuir o seu custo médio certamente não fez um bom negócio.
Em 2018, inclusive, a Eternit protocolou o seu pedido de recuperação judicial.
Este caso ilustra muito bem a importância de checar se a queda no valor das ações possuem motivos razoáveis para ocorrer.
Conclusão sobre o preço médio
O conceito de custo médio de aquisição de ações está presente no cotidiano de muitos investidores.
Principalmente dos investidores de valor, que se especializam em comprar ativos nos momentos de pessimismo do mercado.
Por isso, é muito importante conhecer o conceito de preço médio de aquisição de ações.
Ainda, o investidor pode utilizar este conceito para aplicar a estratégia do preço médio de ações. A qual é bastante válida quando a empresa em questão mantém os seus fundamentos sólidos.
Leia mais sobre Ações