Como sabem, o Fiikipedia é um ambiente colaborativo. Nesta semana, convidei o Rafael para falar mais sobre o Suno30, após eu ter assistido a um vídeo dele (https://youtu.be/GUvaBuLR6OA). Vale destacar que nestes últimos dias, tenho feito Lives com o Tiago Reis sobre este índice que, em minha visão, representa um novo marco na indústria de FIIs no Brasil. Vejam mais detalhes nos links:
- Professor Baroni – https://www.youtube.com/watch?v=VOuZ_lcktTU&t
- FundsExplorer: https://www.youtube.com/watch?v=zNp6GdsIRHs&t
- FIIs: https://www.youtube.com/watch?v=9pTn7cTzpOU&t
Abaixo, a contribuição do nosso amigo Rafael:
Fala pessoal, tudo bom? Me chamo Rafael Amantini e a convite do professor Baroni vim mostrar a vocês minha visão sobre o novo índice SUNO30. Estou me formando em engenharia e invisto desde março de 2019. Gosto de deixar bem claro que estou aprendendo com vocês, já que a melhor maneira de aprender é ensinar.
Além de publicar vídeos toda semana no YouTube, no canal que leva meu nome (Rafael Amantini), posto conteúdo todos os dias em meu Instagram (@rafaamantini). De forma resumida, estes conteúdos são voltados tanto para investimentos, quanto para empreendedorismo e mindset. Acredito que com esses três pilares é possível prosperar financeiramente.
Mas chega de enrolação e vamos para o que interessa.
“A Suno Research lançou um novo índice de fundos de investimentos imobiliários, o SUNO30”
Quando publiquei essa notícia em meus Stories, muita gente não entendeu e pediu para que eu explicasse melhor, se era um ETF (Exchange-Traded Fund) ou se era um fundo imobiliário próprio da Suno.
Resolvi então destrinchar tudo sobre o índice e explicar de forma detalhada e simples para que todos pudessem entender de vez.
Foi dessa maneira que o Tiago Reis e o professor Baroni me encontraram, por meio de um vídeo postado em meu canal sobre o SUNO30, que compartilhei no Instagram marcando eles (não sou bobo né?!).
Link do vídeo:
Antes de mais nada é preciso entender o que é um índice. Ele nada mais é do que uma carteira teórica que representa o desempenho médio de um mercado em específico. O principal exemplo de um índice é o Ibovespa, que representa como as principais ações da nossa bolsa (B3) se comportam com o tempo. Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) também possuem um índice, o IFIX.
Mas então por que a Suno criou outro índice para os FIIs? O que tinha de errado com o já existente IFIX?
Como falado, um índice representa uma carteira teórica. Tanto o IBOV quanto o IFIX são compostos por empresas com pesos maiores que outras, por exemplo, Vale e Petrobrás representam sozinhas mais de 20% da composição do Ibovespa (IBOV).
Essa diferença de peso dificulta o entendimento, principalmente de quem está começando e que acredita estar perdido nesse “novo mundo”, cheio de letrinhas e detalhes confusos.
A facilidade de entender o novo índice criado pela Suno se deve pelo fato de todos os fundos que o compõe terem o mesmo peso, o que cria um senso de justiça. É o desempenho do fundo que é avaliado, não seu volume ou sua base de captação.
Isso torna o índice puramente meritocrático, ratificando sua gestão excelente, sem dar margem a grandes fundos que apresentarem péssimos resultados.
Para isso foi decidido algumas regras, ou melhor, filtros que selecionariam apenas os mais capacitados.
Dentre essas regras podemos citar:
- Fazer parte do IFIX, já que para participar dele também é necessário passar pelos filtros e regras que o índice exige;
- Não ser um Fundo de Fundos (FoF). Os fundos de fundos podem ser resumidos como um fundo de investimento que investe em outros fundos imobiliários. A diferença de um FoF para o índice é que enquanto no índice a carteira é teórica, os FoFs são negociáveis. Colocar um FoF dentro de um índice é a mesma coisa que colocar pequenas carteiras dentro da carteira principal, não fazendo sentido;
- Possuir mais que um ativo. Fundos monoativos não representam o futuro dos FIIs. A diversificação faz parte do esqueleto moderno dessa classe de ativos;
- Pelo menos um pagamento de proventos ao longo dos últimos doze meses (Dividend Yield maior que zero nos últimos 12 meses).
Se o fundo passar por todos esses filtros, ele se torna elegível a participar da composição do SUNO30. Assim, fará parte então, da “Champions League” dos fundos imobiliários.
Vale falar que não é porque um fundo não está hoje no índice que ele não possa entrar no futuro. O (re)balanceamento das posições para o ajuste dos pesos será trimestral.
A tabela abaixo mostra todos os 30 fundos que compõe o índice, lembrando que todos possuem o mesmo peso (referente a jun-20).
A tabela foi retirada da apresentação do SUNO30, disponível no link:
https://www.suno.com.br/wp-content/uploads/2020/06/SUNO30-FIIs_Apresentac%CC%A7a%CC%83o.pdf
Por curiosidade, preparei uma informação extra: o dividendo médio que o índice teria. Para isso usei a seguinte metodologia (Fonte – Fundsexplorer):
- Busquei o dividendo do último mês de cada fundo, usando a plataforma do FundsExplorer;
- Tirei a média aritmética desses dividendos, já que todos os fundos possuíam o mesmo peso;
- O resultado foi de um Yield mensal de 0,473%.
Alguns fundos não pagaram nada no último mês, principalmente os fundos de shoppings, consequência da pandemia que estamos vivendo. Com a recuperação destes, a tendência é que o Yield médio mensal aumente.
O resultado é um bom indicativo para se ter noção e serve de parâmetro para compararmos com nossas carteiras.
A função de um índice é ser uma base e servir como média para o mercado que representa. Acredito que o SUNO30 só fará com que o mercado cresça já que, puxando essa média para cima, os gestores terão que mostrar resultados cada vez melhores, o que favorece a nós, investidores.
A sacada da Suno de ser a pioneira nesse “mercado de índices” foi genial, e não é à toa que ela é a maior casa de análise do país.
O não comodismo e a preocupação com o investidor são os diferenciais da empresa.
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