É possível observar diversas correntes econômicas que divergem sobre a necessidade da intervenção do Estado na economia. Uma corrente importante é o Keynesianismo que serviu de base para o Plano Marshall.
Em uma Europa destruída após a Segunda Guerra Mundial, o Plano Marshall foi utilizado com o intuito de controlar a inflação nos países devastados e também fazê-los crescer nos anos seguintes.
O que foi o Plano Marshall?
Plano Marshall foi o nome dado a um programa de ajuda oferecido pelos Estados Unidos aos países europeus devastados pela Segunda Guerra Mundial.
Ele foi implementado por meio de assistência técnica e financeira com objetivo de ajudar os países da Europa a se reerguer após a guerra.
Alguns autores evidenciam, que um dos objetivos do plano era evitar que certos países europeus sucumbissem à influência do socialismo soviético na época.
Desse modo, essa foi uma maneira de tentar estabilizar o capitalismo na Europa ocidental e também garantir a integração dos países europeus.
O nome dado ao programa faz referência ao general George Catlett Marshall (1880-1959) que era secretário de Estado dos EUA durante o governo Henry Truman. Marshall recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1953.
Resumo do Plano Marshall
Devastada após a Segunda Guerra Mundial, a Europa não teria sido reconstruída sem um auxílio econômico internacional.
Por conta disso, no mês de julho de 1947, houve uma reunião para definir o Programa de Recuperação Europeia que foi inspirado no plano proposto pelo economista John Maynard Keynes no ano de 1944.
O Plano Marshall que também ficou conhecido como Marshall Plan, deu base para um novo modelo social que viria a ser conhecido como “Estado de Bem-Estar Social” nas décadas posteriores.
Dentro do plano, os serviços necessários à população como saúde, educação, seguro-desemprego, previdência social, deveriam ser oferecidos pelo Estado.
No ano de 1948, para efetuar a coordenação da distribuição dos fundos do Plano Marshall foi criada, portanto, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Os recursos foram então, distribuídos à 16 países incluindo a França, Holanda, Alemanha Ocidental, Reino Unido, dentre outros.
Não se sabe ao certo qual foi o valor total concedido durante todo o plano, mas estima-se porém que o valor aproximado foi de US$ 13 a 18 bilhões. Trazido para os dias atuais, esse valor chega próximo dos US$ 120 bilhões.
Qual o objetivo do Plano Marshall?
O principal objetivo do Plano Marshall foi traçar uma estratégia para combater o avanço do comunismo soviético no início da Guerra Fria.
Por conta disso, o plano está inserido em um conjunto de medidas de combate ao avanço do comunismo que defendia a Doutrina Truman.
Sendo assim, alguns países que viviam sob o controle soviético também foram convidados para participar do plano.
Desse modo, se os EUA não tivessem interferido na Europa Ocidental, a sua própria economia teria sido afetada negativamente.
Pois, com o fim da Segunda Guerra Mundial era imprescindível manter a capacidade da Europa pagar suas dívidas e manter as suas importações.
Principais características do Plano Marshall
Concessão de empréstimos a juros baixos foi, portanto, a principal característica deste programa de ajuda dos EUA aos países europeus que aceitassem as condições impostas pelos norte-americanos.
Dentre as condições impostas no Plano Marshall, a principal era que os países que recebessem a ajuda deveriam comprar prioritariamente dos EUA, fazer uma política de estabilização monetária e anti-inflacionária e promover uma política de integração e cooperação.
Este plano acabou, desse modo, colocando um fim no isolamento dos Estados Unidos, levando para a Europa a influência americana, o que garantiu um maior acesso aos EUA nos mercados europeus.
Houve então uma abertura econômica na Europa para receber investimentos norte-americanos. Como consequência os países europeus reformaram seus sistemas financeiros, recuperaram sua produção bem como o nível de consumo.
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