Grande parte das pessoas que já realizaram transferências eletrônicas, como um TED ou um DOC, já se perguntaram o porquê de tantas restrições para realizá-las. Pensando nisso, o Banco Central anunciou em 2020 a criação do Pix, método de pagamento que promete revolucionar o jeito que o brasileiro movimenta seu dinheiro.
Isso porque o Pix moderniza – e muito – o modo como as transferências acontecem na economia. Afinal, o novo sistema rompe diversas restrições que antes existiam e que atrasaram as transferências em relação à realidade dinâmica do século 21.
Neste guia atualizado, abordaremos como o Pix funciona, suas principais funcionalidades e as novas regras implementadas em 2025, incluindo limites para transações e notificações para valores altos. Confira!
O que é o Pix?
O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central do Brasil e lançado em 2020, com o objetivo de modernizar e simplificar as transações financeiras no país, permitindo que transferências e liquidações de contas aconteçam em tempo real. Além disso, o sistema também permite que as transações sejam efetuadas a qualquer hora do dia, durante todos os dias da semana, inclusive aos finais de semana e feriados.
Por conta disso, uma das maiores vantagens do Pix é que o pagador e o beneficiário do sistema Pix não precisam se limitar aos horários comerciais das transações tradicionais. Em outras palavras, não é necessário adequar-se à famosa regra “de segunda a sexta, das 7h às 17h” para que haja uma compensação bancária.
Além disso, o novo sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Bacen em fevereiro de 2020 também traz novas tecnologias importantes. Este é o caso, por exemplo, da possibilidade de pagamento por aproximação e por QR Code, tornando o sistema ainda mais prático e acessível para todos.
Essa nova possibilidade de pagamento, inclusive, pode possibilitar um ganho tanto para empresas, especialmente do comércio, como para clientes. Visto que o pagamento direto, a tendência é que haja uma queda nos custos de transação e potencialmente nos preços. Mesmo para quem nem sabe ainda o significado de Pix, esse sistema já se tornou muito atrativo para o comércio.
O lançamento do Pix pelo Banco Central é um marco no sistema financeiro brasileiro — pois, na prática, ele irá reduzir de forma drástica os custos de transação que os clientes bancários possuíam no Brasil. Além disso, a facilidade para realizar operações como transferências interbancárias facilita o acesso a uma boa parte da população.
A adesão ao Pix foi incentivada pelo Banco Central, que determinou que todas as instituições financeiras com carteira de clientes superior a 500 mil correntistas deveriam oferecer obrigatoriamente o serviço. Dessa forma, isso garantiu que bancos tradicionais, fintechs e plataformas digitais incorporassem o Pix em suas operações, aumentando sua abrangência e consolidando sua popularidade entre os brasileiros. Hoje, milhões de pessoas e empresas utilizam o Pix diariamente, tornando-o indispensável no cotidiano financeiro do país.
O que muda com o Pix?
Uma das principais mudanças trazidas pelo Pix é a possibilidade de realizar transações financeiras em tempo real, sem a necessidade de intermediários como bancos e cartões de crédito. Isso permite uma maior agilidade nas operações financeiras, reduzindo o tempo de espera e os custos envolvidos nas transações.
Além disso, o Pix torna possível realizar pagamentos e transferências a qualquer hora e em qualquer lugar, facilitando a vida dos consumidores e empresas que precisam efetuar pagamentos fora do horário bancário ou em locais remotos. Essa praticidade também pode incentivar a utilização do dinheiro digital e reduzir o uso de dinheiro em espécie.
Outra mudança trazida pelo Pix é a possibilidade de realizar pagamentos utilizando apenas o celular, através de aplicativos de bancos e carteiras digitais. Isso significa que os usuários não precisam mais ter em mãos cartões ou dinheiro em espécie para realizar pagamentos, tornando o processo ainda mais rápido e prático.
O Pix também traz benefícios para as empresas, que podem receber pagamentos de forma mais rápida e eficiente, reduzindo os custos e aumentando a produtividade. Além disso, o Pix permite a realização de pagamentos em massa, facilitando o pagamento de salários e outras despesas.
Como funciona o Pix?
Depois de saber o que é o novo sistema de pagamento lançado pelo Bacen, muitos também ficam com curiosidade em saber como o Pix funciona. Afinal, ele promete funcionalidades que antes não eram disponíveis no universo de pagamentos do brasileiro.
Sendo comparado até mesmo com um chat do WhatsApp, o Pix será um novo método de pagamento que deve ser disponibilizado pelas instituições financeiras em seus apps. E a ideia é que o sistema seja extremamente prático, rápido e popular entre as pessoas.
Ao realizar um pagamento ou uma transferência para alguém pelo Pix, o dinheiro entrará na conta do favorecido instantaneamente, independente das pessoas terem conta na mesma instituição financeira. Além disso, a efetivação da transferência poderá ser feita por QR Code e autenticada por biometria ou até reconhecimento facial.
Vale destacar, ainda, que o Pix foi inspirado no RTP (Real-time Payment), um sistema de pagamentos em tempo real lançado nos Estados Unidos em 2017. Desde então, diversas instituições financeiras, incluindo os grandes bancos, oferecem o sistema para os norte-americanos.
Um ponto importante sobre o funcionamento do Pix é que para realizar transferências é necessário que ambas as partes da transação possuam a chave do Pix cadastrada. Ou seja, caso uma pessoa possua Pix e outra não, essas duas pessoas não podem realizar transferências entre si.
Essa mesma lógica vale para estabelecimentos comerciais. Portanto, uma loja ou restaurante pode criar uma chave e, portanto, receber os pagamentos dos seus clientes que também possuem o cadastro a partir dessa meio de transação financeira.
Até mesmo entidades governamentais poderão realizar o cadastro da chave e receber seus impostos a partir de pagamento com Pix. Nesse caso, prefeituras, governos estaduais e a Receita Federal poderão receber pagamentos de impostos como IPTU, IPVA, Imposto de Renda, dentre outros, por meio dessa chave de pagamentos.
Quais são as características do Pix?
O Pix se destaca por ser um sistema de pagamento rápido, acessível e disponível em qualquer momento. Ele permite que transferências e pagamentos sejam realizados de forma instantânea e, na maioria dos casos, sem custo para pessoas físicas. Ou seja, dentre os principais benefícios desse sistema de transações bancárias são os seguintes:
- Rapidez;
- Facilidade;
- Custo baixo.
Essas vantagens tornam o Pix uma solução eficiente e amplamente adotada pelos brasileiros. Abaixo, confira as principais características do sistema.
Principais características
- Transferências instantâneas: o Pix permite que pagamentos e transferências sejam concluídos em questão de segundos. Isso o torna a forma mais rápida de realizar operações financeiras no Brasil, eliminando o atraso presente em sistemas como DOC e TED.
- Disponibilidade 24/7: o sistema opera ininterruptamente, funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, incluindo feriados. Essa disponibilidade oferece uma conveniência sem precedentes para usuários que desejam realizar transações a qualquer momento.
- Gratuidade para pessoas físicas: a maioria das transações feitas por pessoas físicas é gratuita, democratizando o acesso a transferências e pagamentos instantâneos sem a necessidade de arcar com tarifas bancárias.
Como apresentado, as transações via Pix são realizadas de forma imediata e, portanto, se tornam a formam mais rápida de realizar um pagamento ou fazer uma transferência interbancária.
Nesse mesmo sentido, o fato das chaves Pix (como CPF, e-mail ou telefone) terem uma sequência de números ou caracteres específicos facilita para que a realização de transferência. Diferente de um DOC ou TED, nos quais era necessário informar uma quantidade maior de dados pessoas para efetivação da transação.
Além disso, a isenção de tarifas para transferências interbancárias não era algo disponível em todas as instituições financeiras e em muitos casos era restrita a uma classe de clientes.
Uma característica marcante do Pix é o custo baixo, ou seja, as pessoas e empresas que realizam esse tipo de transferência e mesmo pagamentos terão custos de transação substancialmente menores.
Além dessas características principais, a disponibilidade do Pix também se diferencia dos demais tipos de transações financeiras. Esse sistema funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. O sistema funciona ainda durante finais de semana e feriados, o que facilita a efetivação de transferência e inclusive de pagamentos em estabelecimentos comerciais.
Além disso, o fato de poder ter seu cadastro realizado por diferentes tipos de instituições e pessoas favorece esse sistema. Como tanto pessoas física, pessoas jurídica e até mesmo órgãos públicos podem realizar e receber esse tipo de transação a tendência é que esse seja em pouco tempo o mecanismo de transação financeira mais utilizado no mercado.
De certa forma, as instituições financeiras passaram a investir bastante na digitalização dos seus serviços. Esse movimento facilitou a adaptação das instituições financeiras a esse novo modelo de transações e dada a atratividade do Pix, mais usuários tendem a migrar para os serviços bancários de forma digital.
Por fim, o Pix oferece funcionalidades exclusivas que ampliam ainda mais sua utilidade, como o Pix Saque e o Pix Troco, que trazem novas possibilidades para os usuários.
Funcionalidades adicionais
O Banco Central implementou recursos inovadores que tornam o Pix mais do que um simples sistema de pagamento. Essas funcionalidades atendem a diversas necessidades e agregam praticidade ao dia a dia de consumidores e empresas:
- Pix Saque: permite que usuários realizem saques em estabelecimentos comerciais cadastrados, como supermercados e farmácias, utilizando o saldo da conta vinculada ao Pix.
- Pix Troco: facilita o saque de dinheiro ao realizar uma compra, permitindo que o troco seja retirado em espécie diretamente no local.
Essas opções oferecem conveniência em regiões onde o acesso a caixas eletrônicos pode ser limitado, promovendo a inclusão financeira.
Quais são as diferenças entre TED, DOC e Pix?
Antes do lançamento do Pix, as principais formas de realizar transferências bancárias eram por meio de TED ou DOC. A primeira grande diferença entre o Pix e o TED ou DOC é referente aos custos que cada operação possui. Enquanto, na maior parte dos casos o custo do Pix é zero ou reduzido, a tarifa para realização de uma transferência por TED ou DOC podia chegar a R$ 20.
Além disso, os prazos para efetivação de uma transferência por intermédio de DOC ou TED poderia variar muito. No caso do DOC esse, em geral, costumava cair na conta do destinatário apenas no fim do expediente. Já no caso da TED, o prazo para efetivação da transferência poderia variar entre 15 minutos e 2 horas para ser de fato efetivada.
No caso do Pix essa transferência cai automaticamente na conta do destinatário. Além disso, o funcionamento do Pix é de 24 horas por dia durante 7 dias na semana. Portanto, não existem restrições para horários de transferência como é o caso dos demais tipos de transferência interbancária, isso é um facilitador para realização de pagamentos ao longo do dia.
Apesar das facilidades do Pix em relação à TED e DOC, é importante ressaltar que cada chave só pode ser cadastrada em uma única instituição bancária. Dessa forma, mesmo que uma pessoa possua uma série de contas corrente em diferentes bancos comerciais, ele terá que cadastrar cada chave disponível em cada uma das suas contas bancárias.
Portanto, é importante estar atento no momento de informar a chave que deseja receber uma transferência ou pagamento. Em alguns casos, o usuário pode pensar que está enviando a chave para receber em determinado banco e a quantia esperada chegar em outra instituição financeira diferente. Apesar dessa questão, o Pix ainda se apresenta como uma forma mais simples de realizar esse tipo de transferência.
Contudo, em 29 de fevereiro de 2024, o Documento de Ordem de Crédito (DOC) foi oficialmente descontinuado pelas instituições financeiras brasileiras, conforme anunciado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Essa decisão foi motivada pela significativa redução no uso do DOC, especialmente após a introdução do Pix, que oferece transferências instantâneas e gratuitas para pessoas físicas.
Atualmente, as principais modalidades de transferência disponíveis são a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Pix. A tabela a seguir compara essas duas opções em termos de tempo para a transação ser concluída, custos envolvidos e disponibilidade:
Aspecto | TED | Pix |
Tempo | Até 30 minutos (em dias úteis, horário comercial). | Instantâneo (em até 10 segundos). |
Custo | De R$ 10 a R$ 20 por operação (varia por banco). | Gratuito para PF; custo variável para PJ. |
Disponibilidade | Dias úteis, das 6h30 às 17h. | 24/7, incluindo feriados. |
Portanto, principal vantagem do Pix é sua agilidade e disponibilidade contínua, enquanto a TED atende situações específicas em horário bancário.
Quem pode fazer um Pix?
Para quem ainda não conhece o Pi xno mercado bancário, uma das perguntas que podem surgir é quem pode fazer um Pix?
Essa resposta é bem ampla e, ao mesmo tempo, simples. Na prática, qualquer pessoa física ou pessoa jurídica podem fazer um Pix. Além disso, estabelecimentos comerciais, empresas públicas e até mesmo a Receita Federal poderão fazer parte desse sistema.
Dessa forma, no caso das pessoas física e jurídica, para fazer um Pix é necessário possuir uma conta-corrente em uma instituição financeira que disponibiliza esse sistema de pagamentos. A maioria parte das instituições não cobra taxas das pessoas físicas para utilização desse sistema, no caso das pessoas jurídicas essas cobranças podem ocorrer de acordo com a política do banco.
Os estabelecimentos comerciais também podem fazer e principalmente receber um Pix. No caso de lojas, restaurantes e comércio em geral, esses podem receber seus pagamentos via Pix em tempo real. A criação do Pix, inclusive, deve favorecer esse setor da economia, visto que possibilitará diminuir os custos dos lojistas com taxas de maquininhas de cartão de débito e crédito.
O setor público também fará parte do sistema integrado do Pix. Nesse sentido, será possível também fazer um Pix para pagar impostos e até mesmo taxas, como a taxa de emissão de passaporte, por exemplo. No caso de impostos municipais e estaduais, o pagamento desses por Pix vai depender do cadastro das prefeituras e governos estaduais das chaves para receber esses pagamentos.
Além dessas despesas, as contas de consumo, como luz, água, telefone e gás também poderão ser pagas via Pix. Esse sistema, portanto, tende a facilitar o processo como um todo nesses casos, visto que o pagamento do boleto sem o Pix pode demorar a cair na conta do destinatário e alguns clientes desses serviços podem sofrer com esses transtornos.
Nova regra do Pix: limites e notificações
A partir de 1º de novembro de 2024, o Banco Central implementou novas medidas de segurança para o Pix, visando aumentar a proteção dos usuários e prevenir fraudes. Uma das principais mudanças diz respeito aos limites de transações em dispositivos não cadastrados.
Transferências superiores a R$ 200 só podem ser realizadas a partir de dispositivos previamente registrados pelo cliente junto à sua instituição financeira. Para dispositivos não cadastrados, o limite diário é de R$ 1.000. Essas medidas garantem que apenas aparelhos reconhecidos possam efetuar operações de maior valor, reforçando a segurança das transações.
Além disso, desde 1º de janeiro de 2025, a Receita Federal intensificou o monitoramento de transações financeiras, incluindo aquelas realizadas via Pix. Agora, transações mensais que totalizem R$ 5.000 ou mais para pessoas físicas, e R$ 15.000 ou mais para pessoas jurídicas, devem ser informadas ao Fisco. Essa medida visa combater a evasão fiscal e promover maior transparência nas operações financeiras. É importante destacar que não se trata da criação de novos impostos sobre essas transações, mas sim de um esforço para aprimorar a fiscalização e assegurar a conformidade tributária.
Para os usuários que desejam utilizar novos dispositivos para realizar transações acima dos limites estabelecidos, é necessário efetuar o cadastro desses aparelhos junto à instituição financeira correspondente. O processo geralmente envolve acessar o aplicativo ou site do banco e seguir as instruções para registrar o dispositivo, garantindo, assim, a segurança e a conformidade com as novas regras.
Pix acima de R$ 5 mil: o que você precisa saber?
A partir de 1º de janeiro de 2025, a Receita Federal implementou novas regras para monitorar transações financeiras, incluindo aquelas realizadas via Pix. Agora, instituições financeiras e operadoras de cartões de crédito são obrigadas a reportar semestralmente dados sobre movimentações que excedam determinados valores mensais.
Em 15 de janeiro de 2025, o governo federal revogou regra de fiscalização do Pix após polêmica dentro e fora das redes sociais. No início de 2025, a Receita Federal ampliou o monitoramento de transações financeiras, incluindo operações realizadas via Pix e cartões de crédito.
Com a medida, as pessoas físicas que realizassem transações mensais iguais ou superiores a R$ 5 mil teriam suas informações reportadas ao Fisco. Para empresas, o limite é de R$ 15 mil. No entanto, o anúncio repercutiu de maneira negativa, com informações distorcidas que apontavam para uma suposta taxação do Pix.
Como funcionam as notificações para grandes transações?
Conforme a Instrução Normativa RFB 2219/2024, as instituições financeiras devem informar à Receita Federal as seguintes movimentações mensais:
- Pessoas físicas: transações que, somadas, ultrapassem R$ 5 mil.
- Pessoas jurídicas: transações que, somadas, ultrapassem R$ 15 mil.
Essas informações são enviadas por meio do sistema eletrônico da Receita, o e-Financeira, parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Os dados referentes ao primeiro semestre devem ser apresentados até o último dia útil de agosto, e os do segundo semestre até o último dia útil de fevereiro do ano seguinte.
Impacto das novas regras
O principal objetivo dessas medidas é aumentar a transparência e a segurança no sistema financeiro brasileiro. Ao monitorar transações de alto valor, a Receita Federal busca:
- Combater a evasão fiscal: identificando possíveis omissões de renda e garantindo que os contribuintes estejam em conformidade com suas obrigações tributárias.
- Oferecer melhores serviços: permitindo que as informações fiscalizadas sejam incorporadas na declaração pré-preenchida do Imposto de Renda, reduzindo divergências e erros que podem levar o contribuinte à malha fina.
É importante destacar que essas medidas não implicam na criação de novos impostos sobre as transações via Pix. A Receita Federal esclareceu que não há tributação específica sobre o Pix e que as novas regras visam apenas aprimorar o monitoramento das movimentações financeiras.
Medidas de segurança adicionais
Além do monitoramento das transações, foram implementadas medidas para reforçar a segurança do sistema Pix:
- Limites para dispositivos não cadastrados: transferências acima de R$ 200 só podem ser realizadas a partir de dispositivos previamente cadastrados pelo usuário na instituição financeira. Para dispositivos não cadastrados, há um limite diário de R$ 1 mil.
- Autenticação reforçada: as instituições financeiras devem adotar soluções de gerenciamento de fraude capazes de identificar transações atípicas ou incompatíveis com o perfil do cliente, aumentando a proteção contra atividades suspeitas.
As novas regras para transações via Pix acima de R$ 5 mil visam fortalecer a transparência e a segurança do sistema financeiro brasileiro. Embora impliquem em maior fiscalização, não representam a criação de novos impostos. É fundamental que os usuários estejam atentos às mudanças e adotem práticas seguras ao realizar transações financeiras.
Segurança do Pix: atualizações recentes
A segurança do Pix é uma prioridade para o Banco Central e as instituições financeiras, que têm implementado diversas medidas para proteger os usuários e prevenir fraudes. As atualizações mais recentes reforçam os mecanismos de autenticação, introduzem limites para dispositivos não cadastrados e aprimoram o monitoramento de transações. Confira os principais pontos:
Limites para dispositivos não cadastrados
Desde novembro de 2024, dispositivos que nunca foram utilizados para realizar transações via Pix possuem limites específicos:
- Por transação: R$ 200.
- Limite diário: R$ 1.000.
Esses valores são aplicados automaticamente e visam proteger os usuários contra acessos indevidos em aparelhos não reconhecidos. Para superar esses limites, o cliente deve registrar o dispositivo junto à instituição financeira, um processo que geralmente é realizado por meio do aplicativo do banco.
Autenticação reforçada
A autenticação reforçada é outra medida que traz mais segurança às operações do Pix. Agora, as instituições adotam mecanismos adicionais, como:
- Dupla verificação: envio de códigos via SMS ou e-mail para confirmar a transação. Já na solicitação de validação em outro dispositivo previamente registrado.
- Biometria: reconhecimento facial, digital ou de voz para autenticar transações, minimizando riscos em caso de perda de senhas ou roubo de dados.
- Reconhecimento de comportamento: bancos utilizam inteligência artificial para identificar padrões de uso. Transações fora do padrão usual, como valores elevados ou localizações inesperadas, podem ser bloqueadas temporariamente para verificação.
- Gerenciamento de dispositivos: apenas dispositivos previamente cadastrados pelo cliente podem realizar transações sem restrições. Para novos aparelhos, é necessário concluir um processo de validação, que pode incluir confirmações por vídeo ou autenticação em outro dispositivo.
Notificações para transações acima de R$ 5 mil
Desde janeiro de 2025, a Receita Federal intensificou o monitoramento de grandes transações realizadas via Pix. Movimentações mensais iguais ou superiores a R$ 5.000 para pessoas físicas e R$ 15.000 para empresas são automaticamente informadas à Receita Federal. Essa medida tem o objetivo de combater práticas como a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro, promovendo maior transparência no uso do sistema.
Essas mudanças não apenas reforçam a segurança, mas também promovem maior confiança no uso do Pix, garantindo que o sistema continue a atender às crescentes demandas por rapidez e proteção no ambiente financeiro digital.
Quais instituições aceitam o Pix?
A quantidade de instituições que aceitam o Pix é bastante extensa. No caso das grandes instituições financeiras, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú e Bradesco, a disponibilidade é obrigatória. Todavia, estima-se que além das instituições maiores, há ainda mais de 700 bancos e fintechs que já ofertam o Pix para seus clientes.
As instituições financeiras que possuem mais de 500 mil clientes em sua carteira foram obrigadas pelo Banco Central a ofertar esse tipo de serviço. Na prática, essa obrigação visa fazer com que a oferta chegue ao maior número de clientes possíveis dentro do mercado bancário, visto que esses bancos respondem pela maior parte dos correntistas no Brasil.
As demais instituições podem optar entre oferecer ou não. Todavia, com o grande sucesso que esse sistema de pagamentos do Banco Central teve nos primeiros meses, a maior parte dos bancos decidiram por ofertar esse serviço, dado que a não oferta levaria provavelmente a uma redução no tamanho da carteira de clientes e no volume de negociação.
Além das instituições financeiras convencionais, alguns estabelecimentos que ofertam serviços de crédito e fidelidade também cadastraram esses braços financeiros do Pix. PicPay, Ame Digital e RecargaPay são empresas que já aceitam Pix nos seus pagamentos.
Dessa forma, quem possui Pix e utiliza esses sistemas de pagamentos ou programas de fidelidade como a Ame Digital já pode utilizá-los a partir do Pix.
Contudo, a lista de quais instituições aceitam o Pix é ainda mais extensa. Ela já conta com cooperativas de crédito de diferentes localidades do país, bem como outras empresas financeiras. Além disso, cada vez mais será possível ver o aumento da aceitação de pagamentos por intermédio do Pix.
Há ainda uma série de outras empresas que estão passando pelo processo de aprovação para aceitarem o Pix. Dessa forma, a tendência desse mercado é de expansão para todas as empresas financeiras.
Como se cadastrar no Pix?
Para se cadastrar no Pix o primeiro pré-requisito é possuir uma conta-corrente em uma das instituições financeiras autorizadas a executar esse sistema. A partir disso, o cliente deverá acessar os canais de atendimento do seu banco e cadastrar a sua chave conforme as instruções do banco em questão.
A maioria dos bancos permite que esse cadastro seja realizado através dos seus canais digitais de atendimento. Dessa forma, o modo mais simples de realizar o cadastro da chave é acessar o aplicativo ou o site do banco em que possui a conta-corrente e seguir os passos indicados.
Na realização do cadastro no Pix, serão geradas uma ou mais chaves para os clientes que se cadastrar no sistema. Essa chave poderá ser tanto com número de dados pessoais como CPF, telefone e e-mail. Além dessas chaves é possível também cadastrar uma chave com um número aleatório, essa é inclusive a opção mais indicada para quem recebe muitas transações.
Vale lembrar que no caso das chaves cadastradas, as que contam com e-mail e telefone necessitarão de uma confirmação que deve ser enviada para o número ou e-mail cadastrado. Além disso, o BACEN ressalta que essas confirmações são realizadas com o envio de um código por SMS ou por e-mail, ou seja, não há possibilidade de receber uma ligação para confirmar.
Essa informação do Banco Central é justamente para prevenir fraudes, visto que esse ainda é um sistema novo é comum as pessoas não terem todas as informações sobre o processo. Dessa forma, no momento de realizar o cadastro é importante estar atento às formas corretas de comunicação para confirmar o cadastro junto à instituição financeira.
Em geral, o cadastro é realizado de forma simples pelos clientes e costuma demorar apenas poucos minutos. Nos casos em que o cliente tenha dificuldades, é recomendável entrar em contato diretamente com o banco e esclarecer as dúvidas necessárias.
O que é chave Pix?
As chaves são a identificação de cada usuário para se cadastrar no sistema . Esse cadastro pode ser realizado através de alguns tipos de chaves, sendo que as principais estão ligadas a dados pessoais. São os casos das chaves com o número do CPF, telefone ou e-mail.
Essas chaves são o código para os usuários receberem pagamentos e transferências. Dessa forma, caso o usuário precise receber alguma quantia, basta informar uma das chaves Pix cadastradas e a outra pessoa poderá realizar um Pix para esse usuário utilizando apenas o código da chave informada.
No lançamento do Pix pelo BACEN, a chave foi tratada como sendo um apelido dos usuários do sistema. Todavia, vale a pena ressaltar que a chave Pix é única, portanto, cada chave só pode pertencer a uma conta.
Chave aleatória
Uma das chaves disponíveis para cadastro é a chave aleatória. Nessa chave o sistema irá gerar uma sequência de números e letras, e essa chave poderá ser informada para receber transferências e pagamentos via Pix.
A chave aleatória é inclusive a chave recomendada a ser cadastrada para a maioria dos casos. Visto que essa é a única chave que não está diretamente ligada a um dado pessoal, visto que caso a chave Pix seja o CPF, o usuário dessa chave terá que informar o número de um documento pessoal para um terceiro.
Portabilidade da chave Pix
Cada chave Pix pode ser cadastrada em apenas uma instituição financeira. Todavia, caso o cliente deseje trocar a sua chave Pix de uma instituição financeira para outra, basta ele realizar a portabilidade da chave.
Essa portabilidade funciona de forma similar à portabilidade de salário de um banco para outro. Para efetuar a portabilidade, basta acessar os canais de atendimento da instituição financeira para a qual a pessoa deseja transferir o Pix e realizar os procedimentos indicados para essa portabilidade. O processo é bastante similar ao cadastro da chave.
Quantas chaves é permitido registrar no Pix?
A quantidade de chaves que cada usuário pode cadastrar também é fruto de muitas dúvidas entre os usuários do sistema. Além disso, as pessoas têm dúvidas sobre poder cadastrar chaves em diferentes bancos e que informações é necessário informar para receber um Pix.
Com relação à quantidade de chaves, para pessoas físicas o limite de chaves disponíveis é de cinco chaves. Já no caso das pessoas jurídicas é possível cadastrar um número de até 20 chaves. Esse fator ocorre porque as pessoas jurídicas muitas vezes possuem contas em diferentes bancos.
Nesse sentido, vale ressaltar que cada chave só pode ser cadastrada em um banco. Dessa forma, uma pessoa física que possua cinco contas-correntes, terá que cadastrar cada uma das suas chaves Pix disponíveis em cada banco. Dessa forma, é importante organizar bem qual chave está cadastrada em cada banco para não incorrer em enganos.
Entre essas chaves possuem algumas possibilidades, além da chave aleatória é possível cadastrar o CPF, CNPJ, telefone e e-mail. A forma de confirmação de cada uma das chaves disponíveis pode variar.
No caso do CPF a confirmação dessa chave costuma ser feita a partir da leitura de um QR Code pelo próprio sistema da instituição financeira. Visto que o CPF é um documento previamente cadastrado.
Já nos casos das chaves com número de telefone e e-mail, o procedimento padrão é o envio de um código de confirmação para os canais de comunicação cadastrados pelo cliente. A partir desse código o usuário poderá então ativar o cadastro da chave Pix em questão.
Independente da chave informada, quando alguém digitar a chave Pix para realizar uma transferência para outra pessoa, aparecerão alguns dados. Entre esses dados estão: nome completo, seis dígitos do meio do seu CPF e a instituição financeira na qual aquela chave foi registrada.
Como usar o Pix?
Entender como fazer um Pix é simples. As formas de utilização são variadas: é possível utilizar desde operações simples como uma transferência para um amigo até o pagamento de boletos de cobrança, contas de consumo, impostos entre outros.
O Banco Central estima que no futuro será possível realizar até mesmo transferências internacionais a partir do PIX.
Pagamento
Uma das formas que tendem a ser mais usadas pelo Pix é na realização de pagamento pelo Pix situações do dia-a-dia. É possível pagar contas em restaurante, compras em lojas entre outras coisas a partir do Pix. Mas ainda há uma série de dúvidas pelos usuários sobre como fazer pagamento pelo Pix.
Para aprender como pagar pelo Pix existem duas formas. A primeira é o comerciante informar a chave Pix do estabelecimento e a segunda é ele gerar um QR Code e a partir da leitura desse QR COde o cliente realizar o pagamento.
A seguir, saiba fazer um pagamento via Pix:
- Usar a chave Pix do estabelecimento:
- No aplicativo do banco, selecione a opção Pix.
- Insira a chave Pix do comerciante (e-mail, CPF, CNPJ ou chave aleatória).
- Verifique os dados, insira o valor e confirme a transação.
- Gerar e escanear um QR Code:
- O comerciante pode gerar um QR Code.
- No aplicativo, selecione “Pagar com Pix” e escaneie o código.
- Confirme o pagamento no app.
Esses métodos tornam o processo rápido e prático, eliminando a necessidade de dinheiro em espécie ou cartões físicos.
Transferência
A transferência é a função mais utilizada pelos usuários do Pix no início da operação desse sistema, portanto, é interessante aprender como transferir com Pix. A transferência com Pix é realizada a partir das chaves, ou seja, uma pessoa ou empresa informa para outra a sua chave para receber a transferência.
Assim, realizar transferências é simples e eficiente:
- Insira a chave Pix do destinatário (CPF, telefone, e-mail ou chave aleatória).
- Verifique os dados do beneficiário, insira o valor e conclua a operação.
Vale lembrar que a transferência via Pix do Banco Central difere bastante das transferências que são realizadas via TED ou DOC. Nesse caso, as transferências podem ser realizadas todos os dias em qualquer horário. Além disso, elas não possuem tarifas bancárias.
Cobrança
O pagamento de cobranças também é uma forma de utilização do Pix. Os usuários poderão pagar contas de consumo (água, luz, telefone, gás), boletos, impostos a partir da sua chave. Nessa modalidade as empresas prestadoras de serviços precisam realizar o cadastro também.
Todavia, já estão disponíveis o pagamento de algumas taxas públicas, como a taxa para emissão de passaporte, por exemplo. As empresa de luz, água e telefonia tendem a possibilitar esse tipo de pagamento ao longo do tempo.
Para utilizar o Pix nesses casos, o usuário pode informar a chave Pix do credor ou escanear o QR Code gerado na cobrança. Essa funcionalidade reduz atrasos no pagamento e facilita a compensação automática para o destinatário.
QR Code
O pagamento via QR Code é mais utilizado por estabelecimentos comerciais, visto que facilita o pagamento dos clientes. Um usuário pessoa física caso deseje também pode gerar um QR Code para receber uma transferência, por exemplo.
Existem dois tipos de QR Codes disponíveis para utilização: o QR Code estático e o QR Code dinâmico. O primeiro possui informações fixas e é mais indicado para venda de produtos específicos com valores fixos, como em lojas físicas ou quiosques, já o segundo pode ter o valor e outras informações alteradas.
NFC (Near Field Communication)
Apesar de ainda não estar disponível no Pix, o Banco Central trabalha para permitir que os usuários realizem pagamentos a partir do Near Field Communication: esse seria o pagamento por Pix por aproximação. Essa medida facilitaria os pagamentos realizados no comércio.
Vale lembrar que essa solução já é utilizada no Brasil por alguns bancos, especialmente para pagamentos em valores pequenos. Em geral, por questões de segurança, esse tipo de pagamento costuma ser restrito a um limite baixo.
Quais as vantagens do Pix?
Como esse é um novo método de pagamento, é preciso saber quais as vantagens do Pix. Afinal, o sistema chega ao mercado justamente prometendo ser melhor que as formas tradicionais de pagamento e de transferências.
As principais vantagens do Pix são:
- Menores restrições
- Maior velocidade nas transações
- Mais segurança
- Custo menor
- Mais praticidade
- Redução de prazos
1. Menores restrições
A primeira e principal vantagem que tem sido atribuída é o fato de as transferências e pagamentos realizados por ele não terem restrições de horários. Isso significa que será possível fazer uma transferência fora do horário comercial, bancário ou horário da bolsa, o que antes não era possível.
Em outras palavras, a população poderá transacionar 24 horas por dia, 7 dias por semana, mesmo em um domingo de manhã ou de madrugada. Sem dúvida essa novidade modernizar e adapta o sistema de pagamentos à realidade dinâmica dos dias de hoje.
2. Maior velocidade nas transações
Outra grande vantagem do Pix é a velocidade com a qual ele vai concluir as transações. Nesse sentido, a promessa e o número que o Bacen tem divulgado é de apenas 10 segundos para a efetivação dos pagamentos e transferências.
Para se ter uma ideia, hoje um TED possui um tempo máximo de efetivação de uma hora e meia. Isto, sem dúvida, já deve ter prejudicado muitas pessoas que precisavam realizar uma transação de maneira imediata.
3. Mais segurança
Em terceiro lugar, outro ponto que tem sido divulgado a respeito do Pix é a maior segurança que ele vai trazer para o universo de transações bancárias. Afinal, permitirá que pagamentos sejam feitos, por exemplo, por meio de QR Code.
O Bacen tem divulgado, inclusive, que o sistema terá suporte para pagamentos por aproximação, e com a autenticação biométrica ou de reconhecimento facial. Isto, sem dúvida, tende a reduzir a quantidade de erros e fraudes.
4. Custo menor
Outro aspecto que vem sendo reforçado é o menor custo que ele terá. Nesse sentido, apesar de as tarifas serem definidas pelas instituições financeiras com seus clientes, o Bacen reforça que o custo de uma operação com o novo sistema será mais econômico.
Resta, portanto, esperar que a competição entre as instituições permita um repasse de parte dessa economia aos clientes. Além disso, é preciso observar como será o tratamento dos bancos digitais em relação ao Pix. Afinal, muitos deles prometem tarifa zero para todos os serviços.
5. Mais praticidade
Mais uma vantagem do Pix que vem sendo divulgada pelo Banco Central é a praticidade que o sistema terá. O Bacen completa, dizendo que a intenção é que a facilidade e a rapidez dos pagamentos o popularize entre a população. Visto que o pagamento é instantâneo, PIX feito significa Pix garantido.
Por isso, o presidente do Banco Central disse que espera que as pessoas comecem a dizer frases como: “Me faz um Pix?”, “Me paga com Pix.” e “Aceita Pix?”.
6. Redução de prazos
Por último, outra questão que foi levantada por Roberto Campos Neto, presidente do Bacen, é a possibilidade do Pix reduzir os prazos de compra e venda de mercadorias, por exemplo no mercado de e-commerce.
Afinal, a confirmação de um pagamento do Pix acontecerá instantaneamente por meio do sistema. Ou seja, o prazo de uma compensação bancária de 1 ou 2 dias que existe entre o pedido da mercadoria e sua efetiva entrega será eliminado.
Futuras funcionalidades do Pix
O Banco Central do Brasil continua a expandir as funcionalidades do Pix, visando aprimorar a experiência dos usuários e atender às demandas do mercado financeiro. Entre as inovações previstas para 2025, destacam-se:
Pix automático
Previsto para ser lançado em junho de 2025, o Pix Automático permitirá que os usuários programem pagamentos recorrentes de forma semelhante ao débito automático.
Essa funcionalidade será especialmente útil para o pagamento de contas como água, luz, telefone, mensalidades escolares e serviços de streaming. Com uma única autorização prévia, os débitos serão realizados periodicamente sem a necessidade de autenticação em cada transação, proporcionando maior comodidade e reduzindo a inadimplência.
Cashback e integrações com novos serviços financeiros
Além do Pix Automático, o Banco Central planeja implementar sistemas de cashback, incentivando o uso do Pix em diversas transações. Essa funcionalidade permitirá que os usuários recebam de volta uma porcentagem do valor gasto em determinadas compras, estimulando a economia digital. Adicionalmente, estão previstas integrações com novos serviços financeiros, ampliando as possibilidades de uso do Pix no cotidiano dos brasileiros.
Essas inovações reforçam o compromisso do Banco Central em modernizar o sistema de pagamentos brasileiro, tornando-o mais eficiente, seguro e alinhado às necessidades dos usuários.
Vale a pena usar o Pix?
Com todas as vantagens apresentadas e prometidas pelo Banco Central em relação ao Pix, não há como dizer que o sistema não irá valer a pena. Afinal, ele foi lançado justamente para acabar com todos os inconvenientes dos meios de pagamentos tradicionais. A possibilidade de reduzir os custos com taxas bancárias, inclusive é um dos principais atrativos, visto que não há uma taxa de Pix para pessoas física.
No caso das transferências, por exemplo, os TEDs e DOCs não podem ser realizados a qualquer hora, podendo o cliente apenas agendar uma transferência ou pagamento. Depois de agendar, a transação apenas é efetuada no início do horário comercial do banco. Já com o Pix, essa transferência por ser executada a qualquer momento e com custos menores.
A praticidade é outro bom exemplo sobre valer ou não a pena utilizar o Pix. Visto que o novo sistema tem sido comparado com um chat, como do WhatsApp. Isto é, simples, instantâneo, prático e popular. Isto, inclusive, deve contribuir para uma redução ainda mais expressiva do uso do papel moeda.
O que resta para a população, portanto, para ter certeza de que vale a pena usar o Pix é acompanhar como será, na prática, o funcionamento do novo sistema. Além disso, é preciso também avaliar qual será o custo da nova modalidade para os clientes e usuários. Contudo, novas funções devem surgir ainda, como o saque do Pix.
Além disso, cada cliente tem que avaliar como está a adaptação a esse novo sistema. Apesar de ser mais fácil de utilizar que outros sistemas, ele é um pouco diferente e pode não ser tão útil para uma parte da população. Especialmente no interior do país, a aplicação do Pix em estabelecimentos comerciais pode ser mais difícil devido à necessidade de rede por parte dos clientes também, por exemplo.
Conclusão
O Pix transformou a maneira como os brasileiros realizam pagamentos e transferências, oferecendo agilidade, segurança e acessibilidade. As novas regras de 2025, como notificações para transações acima de R$ 5 mil, reforçam o compromisso com a transparência e proteção dos usuários.
Para aprofundar seu conhecimento em finanças e tecnologia, entenda como funciona a inteligência artificial no mercado financeiro e saiba o que são finanças descentralizadas (DeFi).
E então, o que você achou do lançamento do Pix pelo Banco Central? Deixe abaixo seus comentários e dúvidas sobre o novo sistema de pagamentos.
Como funciona o Pix?
O Pix é um sistema de pagamentos que permite que transferências e liquidações de contas aconteçam instantaneamente, em tempo real. Além disso, o sistema também permite que as transações sejam efetuadas a qualquer hora do dia, durante todos os dias da semana.
Para que serve o Pix?
O Pix é um sistema para transferências monetárias que serve para realizar transferências, pagamentos de boletos, contas de consumo, impostos e até mesmo despesas em estabelecimentos comerciais.
O que significa a palavra Pix?
O nome Pix não é uma sigla e sim uma referência ao mundo digital, ou seja, uma abreviação da palavra pixel. Esse nome foi escolhido pelo Banco Central com a finalidade de popularizar o novo sistema.
Quanto vai custar o Pix?
Para usuários pessoa física, o Pix é gratuito. Todavia, para pessoas jurídicas os bancos estão autorizados a cobrar taxas. Os preços que serão praticados no mercado ainda não estão certos e podem variar de banco para banco.
O que é a chave Pix?
As chaves Pix são a identificação de cada usuário para se cadastrar no sistema Pix. Esse cadastro pode ser realizado através de alguns tipos de chaves, sendo que as principais estão ligadas à dados pessoais. São os casos das chaves com o número do CPF, telefone ou e-mail.
Por que o Pix é de graça?
O Pix é de graça para pessoas físicas porque o Banco Central do Brasil decidiu não permitir que as instituições financeiras cobrem tarifas pela operação. A ideia é incentivar a adesão ao sistema e reduzir os custos de transação para os usuários. Para pessoas jurídicas, os bancos podem cobrar tarifas, mas elas são limitadas a valores bem menores do que as cobradas em outras formas de transferência, como o TED e o DOC.