PGBL: saiba o que é esse plano de previdência privada
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é um tipo de previdência privada amplamente utilizado por quem deseja fazer um planejamento financeiro de longo prazo. Voltado especialmente para investidores que buscam complementar a aposentadoria e garantir segurança futura, o PGBL oferece vantagens fiscais significativas.
Uma das principais características do PGBL é a possibilidade de deduzir até 12% da renda bruta tributável na declaração completa do Imposto de Renda, o que o torna uma opção muito atrativa para aqueles que utilizam este modelo de declaração.
Com cada vez mais brasileiros buscando alternativas para garantir uma aposentadoria confortável, o PGBL se destaca como uma excelente solução para quem deseja aumentar a rentabilidade dos seus investimentos e se preparar para o futuro.
Neste artigo, você vai entender o que é o PGBL, como funciona, os benefícios fiscais que oferece, as principais diferenças entre PGBL e VGBL, quem deve investir e como ele pode ser útil para o planejamento financeiro de longo prazo. Vamos lá?
O que é PGBL?
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é um plano de previdência complementar que permite ao investidor acumular recursos ao longo do tempo, com o objetivo de garantir uma aposentadoria tranquila.
A principal vantagem do PGBL é oferecer incentivos fiscais durante o período de acumulação, já que os valores investidos podem ser deduzidos do Imposto de Renda (IR) em até 12% da renda bruta anual para quem utiliza o modelo completo da declaração.
Uma das diferenças mais importantes entre o PGBL e outros produtos financeiros, como o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), está na forma de tributação.
No PGBL, o Imposto de Renda incide sobre o valor total acumulado no momento do resgate (capital + rendimentos). Já no VGBL, a tributação ocorre apenas sobre os rendimentos obtidos ao longo do período de investimento.
Portanto, o PGBL é mais vantajoso para quem deseja aproveitar os benefícios fiscais e faz a declaração completa do IR, sendo uma excelente opção de previdência complementar para o planejamento financeiro de longo prazo.
Como funciona o PGBL?
O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) funciona como um plano de previdência complementar que permite ao investidor acumular recursos ao longo dos anos, com vantagens fiscais e tributação diferenciada.
A principal lógica do PGBL é simples: você realiza contribuições periódicas para o plano, aplicadas em investimentos selecionados conforme o seu perfil e objetivo financeiro. Assim, ao longo do tempo, o valor investido cresce e é acumulado para ser utilizado na aposentadoria ou em outros objetivos de longo prazo.
Durante a fase de acumulação, o PGBL oferece um grande atrativo: a possibilidade de deduzir até 12% da sua renda bruta anual tributável na declaração completa do Imposto de Renda.
Isso significa que o valor aplicado no plano reduz a base de cálculo do IR no curto prazo, resultando em economia fiscal. Essa característica é um diferencial importante para quem busca aumentar o potencial de investimento, reinvestindo o valor economizado para acumular ainda mais recursos ao longo dos anos.
No momento do resgate ou recebimento de renda, o Imposto de Renda incide sobre o montante total acumulado, ou seja, tanto sobre o capital investido quanto sobre os rendimentos obtidos no período.
O investidor pode optar entre dois regimes de tributação: a tabela progressiva, com alíquotas que variam conforme o valor resgatado, ou a tabela regressiva, que oferece alíquotas menores conforme o tempo de permanência no plano.
Essa flexibilidade permite alinhar o PGBL às necessidades e estratégias do investidor, tornando-o uma excelente opção de previdência privada.
Quais são as principais características gerais do PGBL?
Para quem deseja investir em um plano de previdência privada, em destaque, o PGBL, é fundamental conhecer as características do produto.
Logo, as principais características do PGBL, entre elas:
- Taxas e custos;
- Tributação;
- Resgate;
- Portabilidade de planos de previdência;
Taxas e custos
Os planos PGBL cobram duas taxas: a taxa de administração e a taxa de carregamento. A primeira, como o próprio nome sugere, é a cobrada para remunerar os custos da instituição que administra o plano.
Já a taxa de carregamento serve para remunerar o distribuidor ou corretor que vendeu o plano. Porém, nem sempre essa taxa é cobrada — sendo isenta em diversos planos.
Tributação
No PGBL os resgates podem ser tributados pela tabela regressiva quanto pela tabela progressiva. Fica a cargo do investidor escolher a melhor forma.
Portanto, a tributação do PGBL pode ser divida em:
Assim, o pagamento de Imposto de Renda ocorre sobre todo o valor que for resgatado, quando o plano passar a remunerar o investidor, e não apenas sobre os rendimentos.
Na prática, a tabela regressiva funciona assim: quanto maior for o tempo de resgate do plano de previdência menor será o valor da alíquota do imposto sobre o montante resgatado.
Por fim, os aportes anuais realizados ao plano possam ser deduzidos do Imposto de Renda, com um limite de até 12% da renda bruta do investidor.
Resgate
O resgate do PGBL pode ser vitalício (pagos periodicamente sob a forma de aposentadoria), por um período determinado ou realizados todos de uma vez, em um pagamento único.
Portabilidade de planos|
O titular pode mudar seu plano de uma instituição para outra, mas desde que sejam da mesma categoria. Ou seja, quem tem um PGBL só pode migrar apenas para outro Plano Garantidor de Benefício Livre.
Em linhas gerais, a portabilidade da previdência privada é a migração do plano da previdência. Dessa forma, quem estiver insatisfeito com o atual plano de previdência privada pode migrar para outro plano através da portabilidade de previdência.
Benefícios fiscais do PGBL
Um dos principais benefícios fiscais do PGBL é a possibilidade de deduzir até 12% da renda bruta anual tributável na declaração completa do Imposto de Renda (IR).
Isso significa que os valores investidos no plano ao longo do ano são abatidos da base de cálculo do IR, reduzindo o valor total a ser pago ao Fisco ou aumentando a restituição do imposto, caso você tenha direito.
Essa dedução fiscal funciona como um incentivo para quem deseja planejar a aposentadoria enquanto otimiza sua situação tributária no curto prazo.
Ao investir em um plano PGBL, o valor que seria destinado ao pagamento de impostos pode ser convertido em aportes adicionais para o seu plano de previdência. Isso cria um efeito positivo, permitindo que você acumule mais recursos ao longo do tempo e melhores seus rendimentos.
No entanto, é importante lembrar que o benefício fiscal do PGBL é válido apenas para quem opta pelo modelo completo de declaração do IR.
Quem utiliza a declaração simplificada não pode usufruir dessa vantagem. Por isso, o PGBL é especialmente indicado para profissionais com rendas mais altas ou que possuem deduções significativas no IR, como dependentes ou despesas com saúde e educação.
Tributação do PGBL: Progressiva ou Regressiva?
Uma das decisões mais importantes ao investir no PGBL está relacionada à escolha do regime de tributação do PGBL, pois ele define como o Imposto de Renda será cobrado no momento do resgate ou do recebimento da renda.
Essa escolha impacta diretamente no resultado final do investimento e deve ser feita considerando o perfil do investidor e o horizonte de aplicação.
No PGBL, existem duas opções de tributação: a tabela progressiva, que possui alíquotas variáveis de acordo com o valor resgatado, e a tabela regressiva, com alíquotas decrescentes ao longo do tempo, mais vantajosa para o longo prazo.
Além disso, com a nova regra que entra em vigor em 2024, haverá mais flexibilidade para o investidor, que poderá escolher o regime no momento do primeiro resgate. Abaixo, explicamos as características de cada uma dessas tabelas:
Tabela Progressiva: Ideal para rendas menores
A tabela progressiva da tributação do PGBL é semelhante à usada em salários e rendas tributáveis. Suas alíquotas variam entre 0% e 27,5%, dependendo do valor resgatado ou recebido como renda.
Essa opção é mais vantajosa para investidores que, no momento do resgate, possuem renda tributável baixa, pois a tributação pode ser reduzida ou até mesmo zerada, caso o valor esteja na faixa de isenção.
Por exemplo, se o montante resgatado for baixo, a alíquota aplicada pode ser mínima, reduzindo o impacto do Imposto de Renda.
Tabela Regressiva: Melhor para o longo prazo
A tabela regressiva da tributação do PGBL é pensada para investidores de longo prazo, pois as alíquotas diminuem conforme o tempo de aplicação. Ela começa em 35% para resgates feitos em até 2 anos e chega a 10% após 10 anos ou mais.
Isso significa que, quanto maior o tempo de permanência no plano, menor será a alíquota do imposto, maximizando os ganhos líquidos.Por essa razão, a tabela regressiva é a mais indicada para quem tem foco no planejamento financeiro de longo prazo e deseja reduzir o impacto da tributação no resgate final.
Qual a diferença entre PGBL e VGBL?
O PGBL e VGBL são as duas principais maneiras de investimento em aposentadoria privada existente no Brasil.
Para decidir por qual dessas aplicações optar é fundamental considerar a maneira como a pessoa declara o Imposto de Renda.
Embora tenham nomes parecidos, existe uma grande diferença entre os dois. A principal delas está na forma como o Imposto de Renda incide sobre cada plano.
No VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), o imposto incide apenas sobre os rendimentos. Por outro lado, no PGBL, a tributação é feita sobre o valor total de resgate, o que pode representar ganhos maiores no final do período investido.
Logo, essa questão acaba dando finalidades para ambos os planos. O PGBL vai funcionar melhor como uma previdência complementar, enquanto o VGBL se aproxima mais seguro de vida.
Sendo assim, é fundamental entender que existem casos onde cada um será melhor para uma função. Ou seja, escolher entre PGBL ou VGBL é uma questão que não depende apenas da rentabilidade, mas sim do objetivo final.
PGBL ou VGBL: Qual é o melhor para você?
Ao escolher entre PGBL ou VGBL, é importante entender as diferenças fundamentais entre essas duas modalidades de previdência privada, pois cada uma atende a perfis de investidores e objetivos financeiros distintos.
O PGBL se destaca pelo benefício fiscal no período de acumulação, permitindo deduzir até 12% da renda bruta anual tributável no modelo completo da declaração do Imposto de Renda. Em contrapartida, a tributação no resgate incide sobre o valor total investido (capital + rendimentos).
Já o VGBL não oferece dedução fiscal durante o período de acumulação, mas sua grande vantagem está na tributação no momento do resgate, que ocorre apenas sobre os rendimentos do investimento. Assim, se torna ideal para quem faz a declaração simplificada do IR ou já atingiu o limite de dedução com outras aplicações.
Confira abaixo uma tabela comparativa para facilitar a decisão entre PGBL ou VGBL:
Característica | PGBL | VGBL |
Dedução no IR | Até 12% da renda bruta (modelo completo) | Não possui dedução fiscal |
Tributação no resgate | Sobre o valor total | Apenas sobre os rendimentos |
Perfil ideal | Quem faz declaração completa do IR | Quem faz declaração simplificada |
Objetivo principal | Complementar a aposentadoria com incentivo fiscal | Acumular recursos com tributação mais leve |
Quando escolher PGBL ou VGBL?
A decisão entre PGBL ou VGBL deve considerar o seu perfil tributário e objetivo financeiro. Quem busca reduzir o valor do Imposto de Renda hoje e investe no longo prazo costuma se beneficiar mais do PGBL, enquanto o VGBL é uma opção interessante para quem deseja simplicidade e tributação focada apenas nos rendimentos.
Portabilidade e flexibilidade do PGBL
Uma das grandes vantagens do PGBL é a possibilidade de portabilidade, ou seja, transferir o plano de previdência de uma instituição financeira para outra sem incidência de Imposto de Renda.
Esse recurso oferece flexibilidade ao investidor, permitindo que ele migre seus recursos para um plano que ofereça melhores condições, como taxas mais atrativas ou uma performance superior dos fundos de investimento.
Vale lembrar que a portabilidade só é permitida entre planos da mesma categoria, ou seja, um PGBL só pode ser transferido para outro PGBL.
No entanto, antes de realizar a portabilidade do PGBL, avalie cuidadosamente alguns pontos importantes. A taxa de administração é um dos principais fatores a ser considerado, pois ela impacta diretamente a rentabilidade ao longo do tempo.
Além disso, é importante analisar o desempenho dos fundos de previdência oferecidos pela nova instituição. Comparar a performance histórica e as perspectivas de retorno ajudará a garantir que a portabilidade seja realmente vantajosa e contribua para o crescimento do patrimônio acumulado no plano.
Vale a pena investir no PGBL?
Outra grande vantagem do PGBL é o benefício fiscal. Por permitir a dedução dos aportes e tributar apenas no resgate, o investidor consegue incrementar suas aplicações, obtendo maior rentabilidade.
Mas para aproveitar esses benefícios é recomendado apenas para quem declara seu Imposto de Renda no modelo completo. Além disso, o investidor precisa ficar atento para que os seus aportes não o limite de 12% da sua renda bruta.
Por outro lado, no momento de utilizar as reservas do PGBL, a tributação incidirá sobre todo o valor que for resgatado – e não só sobre os rendimentos, como acontece no VGBL.
Sendo assim, é preciso saber para qual objetivo será o plano de previdência, sem desconsiderar outras possibilidades de aposentadoria, como a seleção de ativos para montar uma carteira previdenciária, por exemplo.
Dessa forma, é possível não depender exclusivamente da aposentadoria via INSS através da escolha desse tipo de plano de previdência privada.
Dessa forma, o PGBL é uma forma de garantir uma renda mais alta para si mesmo quando decidir se aposentar.
Perguntas frequentes sobre o PGBL
O PGBL é garantido pelo FGC?
Não. O PGBL não é coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Ele está sujeito ao desempenho dos investimentos escolhidos no plano.
Qual a diferença entre PGBL e fundos de investimento?
No PGBL, há benefícios fiscais e a tributação acontece no resgate. Nos fundos, a tributação ocorre periodicamente e não há dedução fiscal.
Posso resgatar o PGBL antes do prazo planejado?
Sim, mas o resgate antecipado pode ter tributação mais alta, especialmente no regime regressivo.
Conclusão
O PGBL é uma excelente opção para quem busca planejamento financeiro de longo prazo com benefícios fiscais. Sua principal vantagem é a dedução de até 12% da renda bruta anual no Imposto de Renda.
No entanto, é essencial avaliar seu perfil de investidor, qual regime de tributação (progressiva ou regressiva) se encaixa melhor nos seus objetivos e fazer a comparação com o VGBL para tomar a melhor decisão.Planeje sua aposentadoria de forma inteligente e aproveite ao máximo os benefícios do PGBL
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