Nem sempre os países têm recursos suficientes para financiar projetos de desenvolvimento e infraestrutura em seu território. O Novo Banco de Desenvolvimento foi criado justamente para tentar atender esta demanda.
O Novo Banco de Desenvolvimento busca maior cooperação financeira entre os países relevantes para a macroeconomia.
O que é Novo Banco de Desenvolvimento?
O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) é uma instituição financeira focada no desenvolvimento dos países que compõem o Brics, grupo formado por países de economias emergentes. O intuito é que a instituição ajude a financiar obras que contribuam para o crescimento destes países.
Este foi o primeiro banco deste tipo, de âmbito global, criado por economias emergentes. E o objetivo é que a instituição tivesse maior agilidade em sua estrutura.
Além disso, o banco de desenvolvimento tem o objetivo de remanejar recursos obtidos no mercado de capitais para os projetos apresentados pelos países integrantes do acordo.
Quando surgiu o Novo Banco de Desenvolvimento?
O Novo Banco de Desenvolvimento foi criado em 2014, durante a sexta cúpula do Brics, realizada em Fortaleza, capital do Ceará. Porém, suas operações tiveram início em 2015.
Na ocasião, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul assinaram o documento responsável pela criação do banco.
A formalização contou com a assinatura dos representantes dos países na época: Dilma Rousseff, do Brasil; Narendra Modi, da Índia; Vladimir Putin, da Rússia; Xi Jinping, da China; e Jacob Zuma, da África do Sul.
Para que serve o Novo Banco de Desenvolvimento?
O Banco de Desenvolvimento do BRICS foi pensado para ajudar no financiamento de ações de desenvolvimento e infraestrutura dos países emergentes.
Logo, ele funciona como uma alternativa – talvez mais interessante, do ponto de vista dos juros – ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Além disso, a instituição busca aumentar a cooperação financeira e de desenvolvimento entre os países signatários do acordo.
Como funciona o Novo Banco de Desenvolvimento?
Sua estrutura acionária é estabelecida com a divisão de partes iguais entre os seus criadores, tendo cada país 20% da sua totalidade.
Ao todo, a instituição já tem mais de USD 100 bilhões em capital autorizado, sendo seu capital subscrito de USD 50 bilhões.
Apesar da prioridade de participação ser para os países do Brics, o NBD não é restrito, aceitando então países-membros da ONU. Porém, é preciso respeitar alguns limites, como:
- Os membros fundadores precisam representar 55% do banco,
- Membros que não tomarem empréstimo precisam estar abaixo dos 20%, e
- Os países membros, mas não fundadores devem representar menos de 7% da instituição.
Investimentos do Novo Banco de Desenvolvimento
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), criado pelo BRICS, tem realizado investimentos significativos nos países membros. Entre 2016 e 2018, foram aprovados cerca de 30 projetos, totalizando um montante de aproximadamente US$ 8,1 bilhões.
A maioria dos investimentos foram direcionados para o setor de transportes, mas também houve um foco de 26% nos projetos de desenvolvimento de energias alternativas.
Com a inauguração de uma representação regional do NDB em São Paulo, durante a XI Cúpula do BRICS realizada em novembro de 2019 em Brasília, a expectativa é que novos projetos sejam prospectados e elaborados para o financiamento do NDB no Brasil e na região.
Qual é a importância do Novo Banco de Desenvolvimento?
O Novo Banco de Desenvolvimento tem credibilidade no mercado e já representa conquistas para os seus participantes.
Sua nota de risco de crédito é AAA segundo duas agências de risco chinesas e AA+ para a Fitch e a S&P.
Dezenas de projetos já foram aprovados em todos os países-membros, com mais de USD 10 bilhões disponibilizados.
Além disso, o banco já tem parceria com instituições como: ADB, AIIB, CAF, EBRD, EDB, EIB, IIB, WBG.
Em 2023, o Banco BRICS passa a ser comandado por Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil.
Se você tem alguma dúvida sobre o Novo Banco de Desenvolvimento, deixe nos comentários!