O Brasil, no decorrer da sua história apresentou, desse modo, diversos planos econômicos que não obtiveram bons resultados. Dentre os planos está a Nova Matriz Econômica.
Criado no governo Dilma Rousseff, a Nova Matriz Econômica foi um projeto que colaborou para a queda do PIB e também para o aumento da Taxa Selic.
O que é a Nova Matriz Econômica?
A Nova Matriz Econômica (NME), ou nova matriz macroeconômica, foi uma série de medidas heterodoxas adotadas no Brasil no início de 2011, pendurando até o final de 2014. Dentre as principais características deste modelo estão a intervenção do governo na economia assim como o aumento dos gastos públicos em investimentos.
Esse modelo econômico foi criado pelo governo da presidente Dilma Rousseff, sendo ele de caráter desenvolvimentista. Para a sua aplicação foi abandonado, dessa forma, o tripé macroeconômico adotado no ano de 1999.
Um dos principais objetivos da Nova Matriz Econômica era, portanto, estimular a economia por meio dos gastos públicos, o que na prática não acabou surtindo os efeitos desejados.
A Nova Matriz Econômica na prática
Na prática, por conta de uma maior intervenção do Estado e também pelo aumento dos gastos públicos houve, contudo, uma pressão inflacionária na economia. No entanto, para evitar que a inflação saísse de controle, o governo adotou a prática de controle de preços dos combustíveis e derivados.
Por conta desse controle, a Petrobrás (PETR4) foi, desse modo, requisitada a vender em muitas ocasiões o produto no mercado interno com preços inferiores aos que foram pagos no mercado externo. O resultado foi, portanto, uma queda acentuada nos lucros da estatal.
O controle de preços também se estendeu para o setor elétrico, onde houve uma redução dos preços nas tarifas de energia, elevando o consumo. Durante os períodos de escassez, as distribuidoras acabaram enfrentando dificuldades entre 2012 e 2013, sendo necessário subsídios governamentais.
Ao ser abandonada a Nova Matriz Econômica em 2015, observou-se uma alta de preços acelerada nas tarifas de energia e no preço dos combustíveis, elevando a inflação à casa dos dois dígitos, sendo ela chamada de inflação corretiva.
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O aumento da relação PIB e Dívida
Como o Estado aumentou os gastos para subsidiar o controle de preços e também investimentos por todo país, houve um aumento da dívida pública no período.
Além disso, o PIB não cresceu o esperado no ano de 2014, o que fez a relação PIB/Dívida subir. Isso gerou instabilidade e aumento do risco país, diminuindo investimentos privados e levando o Brasil a sua mais profunda recessão.
Por conta do aumento do risco, houve um aumento na taxa de juros para financiar a dívida pública brasileira. Isso fez com que os anos de 2015 e 2016 apresentassem uma queda brusca no PIB.
As consequências da Nova Matriz Econômica
Como consequência houve um aumento do desemprego no período e também um aumento da inadimplência das famílias brasileiras. A inflação no ano de 2015 atingiu a marca de 10,6% levando a uma fuga de capitais o que também elevou o câmbio.
Esses problemas macroeconômicos só foram controlados no ano de 2017 após a criação da PEC 241/55, conhecida como Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos.
Essa emenda limita o crescimento das despesas e dos investimentos do governo brasileiro ao ano anterior corrigidos apenas pela inflação. Além do mais, ela alcança os três poderes além do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União.
Com isso, a inflação passou a apresentar quedas graduais, possibilitando cortes da Taxa Selic, aumentando a confiança dos investidores e também diminuindo os juros da dívida interna brasileira.
Dessa forma, a Nova Matriz Econômica, além de não atingir os seus objetivos ainda colocou o Brasil em uma situação bastante delicada na ocasião.
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