Todas as pessoas envolvidas na economia lidam diariamente com a moeda corrente nacional. Apesar disso, muitos não sabem de fato qual é o significado desse termo e quando ele pode ser utilizado.
Os pagamentos realizados em moeda corrente podem acontecer ou não na forma de dinheiro em espécie. Isso varia conforme o acordo feito entre as partes envolvidas em um acordo ou contrato.
Mas afinal, qual é o significado de moeda corrente?
O que é moeda corrente?
A moeda corrente é simplesmente a moeda vigente em um país. No Brasil, portanto, esta moeda é o real.
Assim, a definição de moeda corrente está associada ao dinheiro que pode ser usado em determinado território.
Cada país adota uma moeda corrente. Alguns exemplos são:
- Estados Unidos – Dólar
- Reino Unido – Libra Esterlina
- Alemanha – Euro
- Japão – Iene
Vale ressaltar, no entanto, que mais de um país pode adotar a mesma moeda corrente. Assim, vários países membros da União Europeia adotam o Euro.
Além disso, um país pode ter mais de uma moeda em circulação. No entanto, este é um caso raro, pois isto pode causar alguma confusão no comércio.
A moeda corrente nacional: o Real
O real, como todos sabem, é a moeda corrente brasileira. O que nem todos têm conhecimento, porém, é que o real é uma moeda bastante recente. Ela só foi implementada em 1994.
Antes do real, o Brasil teve como tentativa de utilizar uma série de outras moedas. Todas as outras moedas acabaram por fracassar devido, principalmente, ao problema da hiperinflação.
A hiperinflação ocorre quando a inflação sai do controle e passa a se retroalimentar de maneira muito intensa. Isto causa muitos malefícios à economia, tais como:
- Redistribuição aleatória de riqueza
- Custo de reajuste de preços
- Perda do poder de compra, em alguns casos (quando os salários não são reajustados).
O real surgiu justamente com a intenção de conter de uma vez por todas o fantasma da hiperinflação. Pode-se dizer, em retrospectiva, que este objetivo foi muito bem sucedido.
Para se ter uma ideia, em 1993, último ano antes do plano real, a inflação finalizou o ano medida pelo IPCA em 2.477,15%. Este é um patamar absurdamente alto.
Para se ter uma base de comparação, a inflação atualmente flutua ao redor de apenas 6,47% ao ano.
Além de entender o conceito de moeda corrente no Brasil, é importante compreender a história do plano real, a atual moeda vigente no país.
A história do plano real
Como dito anteriormente, o Brasil teve inúmeras moedas antes do plano real. Foram elas: Réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo e cruzeiro real. Todas elas fracassaram.
Assim, o plano real era recebido pela população com grande desconfiança. Além disso, instituições respeitadas também alertaram para o risco de o plano fracassar.
Ele foi implementado sob a presidência de Itamar Franco. Grande parte do mérito do plano é atribuído ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi o ministro da fazenda na época e coordenou o planejamento do plano real.
Além dele, outros grandes economistas célebres da história do Brasil participaram da elaboração do plano. O plano foi dividido em algumas etapas.
A primeira delas consistia em implementar apenas a URV, que era a unidade real de valor.
Esta unidade buscava dar uma referência às pessoas de preços, e seria, posteriormente, substituída pelo real.
A URV era muito mais estável do que a moeda vigente à época, e isto permitiu conter a inflação.
A segunda etapa do plano consistia em começar a circular o real na economia. Portanto, o real substituiu o URV e passou a ser de fato a moeda corrente.
De início, a paridade da moeda seria de 1 dólar para cada real. Ainda, o real deveria flutuar entre limites fixados pelo Bacen (Banco Central), o que reduziu a volatilidade da moeda.
A última etapa consistiu em permitir o livre câmbio da moeda corrente brasileira, que vigora até os dias atuais. Embora com algumas intervenções pontuais do Banco Central.
Após esse breve contexto, alguns conceitos associados a moeda corrente precisam ser definidos, já que podem causar certa confusão entre grande parte das pessoas. Dois deles são pagamento em moeda nacional e pagamento em espécie.
O que é pagamento em moeda corrente nacional?
O pagamento em moeda corrente nacional é justamente o uso da moeda permitida em um país. Quando se utiliza esse tipo de pagamento em um contrato comercial, o acordo exclui a aceitação da utilização de ouro, animais, colheita ou imóveis, por exemplo.
No Brasil, o pagamento em moeda corrente se refere ao uso do real, que é controlado pelo governo brasileiro. Por sua vez, o Estado tem a permissão de controlar e até mesmo fixar o valor da moeda.
O pagamento em moeda corrente no Brasil se refere ao uso do real, nos EUA, o dólar, e na União Europeia, o Euro. Ou seja, varia conforme o país em que está se realizando o pagamento.
O que é pagamento em espécie?
O pagamento em espécie é uma das formas de utilização da moeda corrente de um país. Nesse caso, se refere ao uso de notas e moedas físicas.
Assim, o significado de pagamento em espécie configura a utilização de cédulas, dinheiro físico ou também do conhecido papel-moeda.
Apesar de o pagamento em espécie ser autorizado no Brasil, quando ele envolve altos volumes financeiros pode levantar suspeitas de crimes ou práticas ilegais.
Isso porque o uso desse método é mais difícil de ser rastreado do que as operações bancárias, como TED, DOC, PIX e cheques. Assim, a fiscalização de crimes financeiros com pagamentos em espécie se torna mais dificultosa.
Foi possível entender o que é moeda corrente? Deixe nos comentários suas dúvidas e sugestões.
O que é moeda corrente?
A moeda corrente é simplesmente a moeda vigente em um país. No Brasil, portanto, esta moeda é o real. Assim, sua definição está associada ao dinheiro que pode ser usado em determinado território. Cada país adota uma moeda, embora mais de uma nação pode aderir a mesma, como a União Europeia.
O que é pagamento em moeda corrente nacional?
O pagamento em moeda corrente nacional é justamente o uso da moeda permitida em um país. Quando se utiliza esse tipo de pagamento em um contrato comercial, o acordo exclui a aceitação da utilização de ouro, animais, colheita ou imóveis, por exemplo.