Mercado de câmbio: Investindo e negociando com moedas estrangeiras
Aplicar em ativos ligados ao exterior pode ser uma boa forma de rentabilizar e proteger o capital investido. Nesse sentido, uma das principais formas de se fazer isso é através do mercado de câmbio.
Com o mercado de câmbio, é possível desvincular um investimento de uma moeda fraca para uma moeda forte. Dessa forma, o investidor blinda seus recursos e garante que eventos econômicos de um país não irão afetar seu dinheiro.
O que é o mercado de câmbio?
O mercado cambial é um sistema global que permite negociações envolvendo a troca de moedas de um país para o outro. A taxa de câmbio, por sua vez, diz respeito ao valor de uma moeda em relação à outra, como reais por dólares, dólares por euros, entre outros.
Como são definidas as taxas de câmbio?
A taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em moeda nacional. Na maioria das vezes, ela não é fixada pelos governos – mas sim definida livremente pelo mercado. Chamado de câmbio flutuante, nesse sistema quem estabelece o preço do cambio é a própria negociação entre os compradores e vendedores.
No Brasil, o Banco Central (BACEN) é responsável por monitorar e informar a taxa de câmbio média praticada mercado interbancário – conhecida como “Ptax”. Porém, essa taxa não é “oficial”, servindo apenas como uma referência para o mercado aberto.
Como funciona o investimento no mercado de câmbio?
Boa parte das operações do mercado de câmbio acontecem no ambiente real, envolvendo os agentes autorizados pelo Banco Central (bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e empresas de hospedagem) e seus clientes. Porém, além da compra e venda de moeda em espécie, também é possível utilizar o mercado de câmbio para investir.
Existem várias formas de aplicações cambiais e investimentos com moedas estrangeiras. Mas no Brasil, os três principais são: os fundos cambiais, os mini contratos de câmbio e as operações forex.
Fundos cambiais
Fundos cambiais são uma modalidade de fundo de investimento que aplica em moedas estrangeiras. O investimento em fundos cambiais são recomendados, principalmente, para proteção do capital do investidor.
Ou seja, através de um fundo cambial, é possível manter o poder de compra da quantia investida em moeda internacional, ou até mesmo realizar uma operação de hedge. Isso acontecerá quando o investidor acreditar que moeda local vai se desvalorizar em comparação à estrangeira.
Minicontratos de câmbio
Outra opção de investimento cambial são os minicontratos de câmbio. Eles são um tipo de derivativo, negociados no mercado pela B3, que representam acordos de compra ou venda da moeda para um período futuro. Ou seja, os minicontratos são basicamente uma aposta, onde o investidor tenta acertar quanto a moeda valerá em uma determinada data.
Como são contratos, eles são compostos essencialmente por duas partes – uma vendedora e a outra compradora. Logo, no final do contrato, invariavelmente uma ganhará e a outra perderá, de acordo com a taxa de câmbio do momento.
Operações Forex
O Foreign Exchange Market, também conhecido como FOREX ou FX, é um mercado altamente especulativo e descentralizado, onde investidores do mundo inteiro compram e vendem as mais diversas moedas de forma eletrônica . Operando praticamente sem interrupções, o Forex é um dos mercados com o maior volume de negociação do mundo. Dentro dele, são transacionados entre 1 e 3 trilhões de dólares por dia.
As corretoras que oferecem investimentos em FOREX são registradas em países como Estados Unidos e Reino Unido. Porém, no Brasil ainda não há instituições autorizadas para operar nesse mercado.
Mas mesmo sem uma regulação, todo brasileiro pode manter investimentos no exterior e negociar nessa modalidade de mercado de câmbio. Para isso, é necessário seguir todos os trâmites legais – principalmente quanto ao pagamento dos devidos impostos quando o investimento for repatriado.