Meios de pagamento: entenda como funciona o sistema monetário do Brasil

Em um sistema de economia de mercado, produz-se e distribui-se a produção, comercializando fatores de produção e mercadorias. Nesse contexto, toda circulação de riquezas e  meios de pagamento.

Portanto, os meios de pagamento fazem parte da política monetária de um país. Eles levam em conta os processos envolvidos nos meios de troca de excedente do que foi produzido, e ainda a liquidez, a qual define os agregados monetários.

O que são meios de pagamento?

Meios de pagamento são a quantidade de moeda que o poder público tem. Abarcam também os depósitos à vista realizados em bancos que são comerciais. Estão ligados aos agregados monetários.

Os agregados monetários, por sua vezes, dependem da liquidez, que é quanto tempo e com que facilidade um ativo se converte em valor.

Assim, estes agregados envolvem diferentes meios de pagamento:

  1. Meios de Pagamento Restritos: chamados de M1. Os Meios de Pagamento Restritos representam os depósitos à vista e o papel-moeda que está em poder público;
  2. Meios de Pagamento Ampliados: representados por M2 e M3. Os Meios de Pagamento Ampliados M2 são os M1 acrescidos de depósitos especiais remunerados, títulos que instituições depositárias emitem e depósitos da poupança. Por sua vez, os Meios de Pagamento Ampliados M3 equivalem aos M2 acrescidos de cotas de fundos de renda fixa e operações compromissadas que tenham registro no Selic;
  3. Poupança Financeira: a Poupança Financeira é representada por M4. M4 é M3 acrescido de títulos públicos com liquidez alta.

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Sistemas emissores de meios de pagamento

Dentro do sistema de pagamentos brasileiro, os agentes emissores são os seguintes:

  • M1: consolidado monetário. O consolidado monetário se trata de passivo monetário do Banco Central (BACEN) e passivo monetário advindo de fundos de renda fixa de instituições depositárias;
  • M2: são os fundos de renda fixa descontados do consolidado bancário. Abarcam o passivo monetário do BACEN e o passivo monetário que instituições depositárias emitiram;
  • M3: significa consolidado bancário. Nesse caso, o passivo monetário do BACEN, os bancos que criam moeda escritural, o passivo monetário de instituições depositárias, o passivo monetário das instituições depositárias e os fundos de renda fixa;
  • M4: é o consolidado bancário, somado aos governos. O consolidado bancário, com o governo, corresponde ao passivo monetário ampliado do BACEN, aos tesouros municipais, estaduais e nacionais e fundos de renda fixa, e às instituições depositárias.

Porém, a lógica de todo esse sistema pode mudar, seja quantitativamente ou qualitativamente, através de uma decisão do Banco Central. Para saber mais sobre esse assunto e ficar por dentro das novidades na economia, assine a nossa lista gratuita de Whatsapp e receba, diretamente no seu celular, as principais notícias de economia e finanças do dia.

Quem são os agentes monetários da economia?

meios de pagamento

No Brasil, temos os seguintes agentes dentro do sistema monetário:

  • Casa da Moeda: cria dois tipos de moeda: papel-moeda e moedas em metal. Os tipos de moeda podem ser classificados em moeda fiduciária e moeda-mercadoria;
  • Banco Central do Brasil: determina a produção e emissão de moeda;
  • Rede bancária: realiza saques no BACEN e faz a distribuição para o público;
  • Público: pessoas e empresas que podem sacar dinheiro através da rede bancária. Eles fazem com que haja circulação de moedas. A circulação de moedas ocorre através de transações econômicas.

Portanto, os meios de pagamento são parte da política monetária do país. Representam a base monetária da economia. Essa base monetária e seus pagamentos não deve ser confundida com os pagamentos do comércio, que envolvem cartões de crédito e outros.

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Tiago Reis
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