Quando falamos dos índices de liquidez, como a liquidez geral, pensamos em um primeiro momento na avaliação de empresas que já fizeram IPO na bolsa de valores.
No entanto, a liquidez geral é mais utilizada para analisar uma empresa em si.
O que é liquidez geral?
O índice de liquidez geral tem a função de medir a capacidade da empresa em cumprir com suas obrigações no curto prazo, desse modo, representando a saúde do caixa.
O calculo da liquidez geral é feito pela divisão da soma dos ativos circulante e de longo prazo da empresa pela soma de seus passivos circulante e de longo prazo.
Esta informação é muito relevante para o investidor.
Isso porque, se o negócio não tiver capacidade de quitar suas obrigações em longo prazo, comprar ações desta empresa dificilmente será um bom negócio.
Como calcular a liquidez geral
Para saber se a liquidez geral do investimento é boa, é preciso fazer a seguinte conta:
Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)
Por ser uma análise de longo prazo, o cálculo abrange também o ativo e passivo da empresa. Isso porque as duas contas apresentam informações que ultrapassam doze meses no balanço.
Por mais importante que esta informação seja, talvez ela seja a menos utilizada dentre todos os índices de liquidez.
O que é um erro, uma vez que, por meio destes dados, o gestor pode saber exatamente como está a liquidez do seu negócio.
Isto impactará nas suas decisões e projetos em médio e longo prazo.
Liquidez geral e o conceito de liquidez
A liquidez de um negócio é calculada de acordo com a sua capacidade de cumprir as obrigações à medida que estas vencem.
Mas a liquidez tem outros índices além da liquidez geral. Existem também:
- Liquidez corrente;
- Liquidez Seca; e
- Liquidez Imediata.
Liquidez corrente
O índice de liquidez corrente é o mais utilizado. Ele foca na capacidade de a empresa cumprir com as suas obrigações no curto prazo.
Ele é calculado a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa e os débitos a curto prazo.
Para isso, são utilizadas as informações presentes no Ativo Circulante e Passivo Circulante do balanço contábil.
Assim, entram neste cálculo o caixa, os estoques, os clientes e as informações bancárias como ativos. Bem como os empréstimos, os financiamentos, os impostos e os fornecedores como passivos.
A conta a ser feita é: Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante.
Liquidez seca
O índice de liquidez seca não difere muito do corrente. No entanto, ele exclui da conta a ser feita os estoques.
Por isso, o seu resultado sempre será menor que o índice de liquidez corrente, ainda que a diferença seja pequena.
Assim, a liquidez seca mostra o valor real da liquidez do ativo circulante, independente da venda ou do uso do estoque.
Para definir qual é a liquidez seca, a conta é a seguinte: Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante.
Liquidez imediata
No índice de liquidez imediata, a conta é mais simples. Ele é considerado conservador e considera apenas os recursos da companhia que estiverem à disposição de forma imediata.
Logo, este índice considera somente o caixa da empresa, seus saldos bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata. Assim não são considerados os estoques, nem as contas a receber.
Para chegar a este resultado, é preciso fazer a seguinte conta: Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante.
Como vimos, tanto a liquidez corrente, quanto a seca e a imediata têm foco no curto prazo.
Logo, o índice de liquidez geral é o único que olha mais à frente, vislumbrando as possibilidades futuras da empresa.
Dessa forma, para investidores que focam no longo prazo, vale à pena conhecer a liquidez geral das empresas nas quais aplica seu dinheiro.