Leilão de linha: entenda como funciona essa operação cambial

Dependendo do momento e da volatilidade do câmbio, as altas e baixas do dólar podem prejudicar a economia brasileira. Por isso, o Banco Central dispõe de vários mecanismos para interferir no mercado de câmbio brasileiro. Um deles é o chamado leilão de linha.

Por exemplo, a alta do dólar impacta na inflação. Para evitar prejuízos a economia o Banco Central faz o leilão de linha, isso é, vende os dólares que possui para evitar o aumento da moeda.

O que é o leilão de linha?

Os leilões de linha são operações cambiais que ocorrem quando o Banco Central pretende injetar dólares no mercado. Essa estratégia acontece, principalmente, quando a falta da moeda estrangeira eleva o câmbio de forma abrupta. Assim, os leilões de linha tentam reduzir a pressão pela alta procura do dólar.

No leilão de linha, a venda de dólares é feita a vista com os recursos das reservas internacionais do Brasil. Esses recursos em moeda estrangeira permitem que o Banco Central manipule o câmbio da moeda nacional.

Como funciona o leilão de linha?

Em 2010, o Banco Central alterou a duração do leilão de linha. Atualmente, são cinco minutos para as negociações. Assim, o banco aumentou o dinamismo do processo.

Após os lances, é gerada uma lista com os volumes ofertados, isso, sem a identificação da instituição. Após isso, o setor de Política Monetária do Bacen definir a taxa de corte.

No Brasil, no caso do leilão de linha, os recursos vendidos precisam ser devolvidos ao Banco Central em alguns meses. Antes disso, esses dólares ficando circulando no mercado.

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Como a moeda retorna para reservas depois, o Bacen considera essas operações como não impactantes as reservas internacionais.

O Banco Central tem um sistema para comunicação dos leilões. O Sistema de Informações Banco Central, SISBACEN,comunica as instituições autorizadas os horários dos leilões e as regras.

Para quem é feita a venda de dólares no leilão de linha?

Nem todos podem participar do leilão de linha do Banco Central. A instituição restringe a participação apenas instituições credenciadas pelo Tesouro Nacional, isso é, só os dealers. Mas ainda assim é preciso estar dentro de uma série de critérios como:

  • Volume negociado no mercado interbancário;
  • Volume dos títulos de dívida pública;
  • Volume financeiro dos contratos de swap cambial;
  • Volume de câmbio financeiro negociado.

Após respeitar todos os critérios, as instituições ainda precisam cumprir outras exigências do Banco Central:

  1. Funcionar há seis, no mínimo;
  2. Ter uma boa situação econômica;
  3. Ter normalidade operacional;
  4. Políticas para melhorar o seu capital social;
  5. Comunicação direta com o Departamento de Operações de Reservas Internacionais.

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Quando o leilão de linha é feito?

O mercado cambial passa por alguns momentos que são mais comuns a falta de dólar. Dessa forma, o mercado já se prepara em determinados meses, principalmente, próximo de datas de férias. Quando muitos viajam e aumenta a procura pelo dólar.

Quando há falta de dólar no mercado há o aumento do cupom cambial. Isto é, uma taxa de juros do mercado cambial. Quando esse juros aumenta é um sinal da falta do dólar no Brasil.

Em dezembro de 2018, o Banco Central leiloou 12,25 bilhões de dólares para conter a inflação no país.

Em resumo, o leilão de linha é uma medida do Bacen para manobrar o valor do câmbio sem perder as reservas externas.

 

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Tiago Reis
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2 comentários

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  • thomas 13 de fevereiro de 2020
    Olá, fiquei com dúvida a respeito de COMO ou POR ONDE o Banco Central anuncia suas operações. Se ele primeiro opera no mercado para depois informar ou se há alguma obrigatoriamente de noticiar/emitir nota com a informação de que fará a operação ? Obrigado desde já.Responder
  • pedro henrique 19 de junho de 2020
    Quem paga a diferença na hora da volta da moeda pro BC ?Responder