Lean Manufacturing: entenda como funciona o sistema de produção enxuta
As revoluções industriais aprimoraram as formas de produção criando novas estratégias. Uma delas a Lean Manufacturing.
Estas modificações e a consequente alteração na produção com Lean Manufacturing afetam também o lucro bruto da empresa.
O que é o Lean Manufacturing?
Lean Manufacturing (ou produção enxuta) é um sistema que visa melhorar a produção da indústria, reduzindo os desperdícios. Desta forma, o produto ganharia maior valor agregado e os processos se tornariam mais eficientes.
Esta técnica é mais conhecida como Sistema Toyota de Produção (STP), por ter sido desenvolvido pela empresa de mesmo nome.
Como funciona o Lean Manufacturing?
O sistema desenvolvido pela Toyota busca acabar com os desperdícios presentes em uma cadeia produtiva. Logo, sem desperdício, o lucro passou a ser maior.
Houve ainda uma melhora na qualidade dos produtos, com a melhora na gestão de projetos. Essa mudança foi percebida inclusive no acabamento, o que agradou os clientes.
Logo, a empresa conseguiu se tornar um referencial no mercado. Com isso, espalhou seu modelo de produção e controle de qualidade para diversos setores. Cada um deles fazendo as adaptações necessárias ai seu produto, claro.
Lean Manufacturing e os tipos de cadeia produtiva
Ao longo dos anos, foram surgindo novas ideias sobre como os processos de manufatura deveriam ser constituídos.
Os três principais modelos de estruturas produtivas são:
- Taylorismo;
- Fordismo;
- Toyotismo.
Nascidas na Segunda revolução industrial, ocorrida no início do século XIX, as três visavam melhorias nos processos produtivos, algo não trabalhado até então.
Taylorismo
O Taylorismo ganha este nome por causa do seu criador, o engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor. O intuito deste sistema era obter o volume máximo de produção, aplicando o menor tempo e esforço possível.
A ideia era padronizar e controlar as práticas na linha de produção.
Neste período surge também a hierarquia de produção, com aumento da pressão para produzir mais rápido. Desta forma, pode-se dizer que Taylor racionalizou a produção, que até então era desorganizada.
Fordismo
O fordismo, por sua vez, aprimorou este processo. Criado por Henry Ford, a técnica foi desenvolvida como um refinamento do Taylorismo.
Na época, foram criadas as esteiras de produção, aonde a peça chega às mãos do profissional.
Aqui nasce a imagem de um homem que apenas aperta parafusos, sem contato com os demais processos. Este indivíduo não sabe fazer as demais atividades da produção.
Com isso, Ford conseguiu reduzir o custo da produção, bem como os preços dos seus produtos (carros) e, consequentemente, o processo de consumo destes bens.
Junte a isto o surgimento da possibilidade de parcelar este bem e se terá um dos maiores recordes de venda da época: o Ford Model T.
Toyotismo
Inspirados pelo sucesso da Ford, os representantes da Toyota buscavam uma forma de driblar a crise do petróleo, que encareceu a produção em si.
Analisando o esquema de produção em massa, os profissionais concluíram que o modelo de Ford não funcionaria na realidade japonesa.
Desta forma, passaram a diminuir a produção, tornando a manufatura enxuta, para fazê-la apenas de acordo com a demanda.
Esta se tornou uma das principais características do Toyotismo.
Além disso, muitos processos passaram a ser terceirizados, como é feito até hoje. Nenhuma montadora atualmente desenvolve todas as peças que integram seus produtos.
Assim, foi possível baratear a produção e fazer ações mais assertivas.
Para entender como isso afeta a vida dos investidores, a Suno Research disponibiliza uma lista com dez livros sobre investimentos.
Ao assimilar estas obras, fica mais fácil entender o impacto da Lean Manufacturing nos seus dividendos.