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    IPCA: o que é e qual a importância desse indicador de inflação?

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    O IPCA é um indicador muito importante na economia nacional. Isso porque ele está presente no dia a dia da população, seja de forma direta ou indireta.

    Além disso, o IPCA também pode influenciar o rendimento das aplicações financeiras, principalmente os investimentos em renda fixa atreladas a esse indicador. Nesse sentido, é fundamental que todo investidor iniciante entenda como o IPCA funciona e qual a sua importância.

    O que é IPCA?

    O que é IPCA?

    O IPCA é a abreviação para Índice de Preços ao Consumidor Amplo e, atualmente, é considerado o indicador oficial da inflação no Brasil.

    O cálculo desse índice de preços é realizado mês a mês pelo IBGE nas principais cidades do Brasil. Seu principal objetivo é refletir o custo de vida da população nessas regiões.

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    Em outros termos, podemos dizer que quando ocorre um aumento do IPCA, o custo de vida da população ficou mais caro. Por outro lado, o custo de vida torna-se mais barato quando verificamos uma redução na taxa do IPCA.

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    Como surgiu o IPCA?

    Como surgiu o IPCA?

    Apesar de ter surgido em 1979, o IPCA só começou a ser utilizado pelo Banco Central na condução de nossa política econômica em junho de 2000. Quando foi escolhido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como o índice de preços utilizado no regime de metas de inflação, que está em vigor desde 1999.

    Há de se destacar, neste sentido, o próprio Banco Central é o órgão responsável por executar as políticas necessárias para o cumprimento das metas de inflação.

    Ou seja, para manter a meta de inflação sob controle, é necessário um trabalho de equipe entre o BACEN e o CMN.

    Explicando melhor, o CMN determina a meta a ser cumprida no ano e o BACEN executa a tarefa de cumprir a meta estabelecida.

    O que é inflação e como ela afeta a economia?

    O que é inflação e como ela afeta a economia?

    A inflação nada mais é do que o aumento generalizado dos produtos e/ou serviços em um específico espaço de tempo. Sua característica mais marcante é a diminuição no poder de compra do consumidor.

    Então, uma mera alta isolada no preço de algum produto não pode ser entendida como inflação. A inflação, para ser caracterizada como tal, precisa atingir simultaneamente uma série de produtos.

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    Para calcular a inflação é utilizado um índice de preços, também chamado índice de inflação. O índice oficial atualmente é o IPCA, porém outros índices podem ser utilizados por setores específicos. Como exemplo temos o INCC, que analisa o custo da construção habitacional.

    A cada ano o Banco Central divulga uma meta para a inflação que deve ser perseguida a fim de manter os preços sob controle. Essa meta corresponde a um percentual pré-estabelecido do IPCA e pode variar dentro de um intervalo de tolerância permitido.

    Em 2019 a meta de inflação foi fixada em 4,25 % podendo variar dentro de um intervalo de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, é tolerado um aumento em até 5,75% e uma queda em até 2,75%.

    De acordo com dados do IBGE, nos últimos anos o IPCA apresentou um resultado acima da meta estabelecida para a inflação. Em 2014 o índice foi de 6,41%, já em 2015 o resultado apresentado esteve em 10,67%.

    Por sua vez, em 2016 observou-se uma redução e o IPCA foi registrado em 6,29%. Apenas em 2017 esse índice de preços esteve abaixo da meta de inflação com o valor de 2,95%

    Com a finalidade de manter a meta de inflação futura sob controle, o Conselho Monetário Nacional fixou a meta para os próximos 2 anos em:

    • 2021 – 3,75%;
    • 2022– 3,50%.
    • 2023 – 3,25%

    Qual é o cálculo do IPCA?

    Qual é o cálculo do IPCA?

    O cálculo do IPCA abrange as famílias brasileiras com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos, independentemente da fonte desses rendimentos.

    Além disso, sua abrangência é bastante ampla, buscando garantir a cobertura de 90% das famílias das áreas urbanas do Brasil.

    Ainda, esse cálculo considera, também, uma cesta de produtos e serviços consumidos por essa população dentro dessa faixa de renda.

    A ponderação de cada item dessa cesta é feita com base na chamada Pesquisa de Orçamento Familiar, que normalmente obtém, entre outras coisas, informações sobre os hábitos de consumo e os gastos das famílias brasileiras.

    O cálculo e a divulgação do IPCA são de feitas pelo IBGE e os dados são coletados entre os dias 1 e 30 (ou 31) de cada mês, nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória, Porto Alegre, Brasília Goiânia e Campo Grande.

    Essas coletas são feitas, normalmente, em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, além de concessionárias de serviços públicos e também, diretamente nos domicílios, em casos de verificação dos preços de aluguel e condomínio.

    Atualmente os produtos utilizados para o cálculo do IPCA estão relacionados dentro dos seguintes grupos e correspondem a um determinado percentual do IPCA:

    GrupoPercentual
    Alimentação e bebidas 24,77%
    Transportes 18,29%
    Habitação 15,82%
    Saúde e cuidados pessoais 12,27%
    Despesas pessoais 10,81%
    Vestuário 5,65%
    Educação 5,01%
    Artigos de residência 3,91%
    Comunicação 3,42%

    Ao total, o IPCA mede as variações de preços de 465 itens alocados dentro desses grupos. Para você ter uma ideia, entre esses itens pesquisados temos:

    • Alimentação e bebidas: refeição fora do domicílio, pão francês, leite longa vida, refrigerante, entre outros.
    • Habitação: aluguel e energia elétrica residencial, taxa de água e esgoto, reformas, entre outros.
    • Transportes: gasolina, ônibus urbano, conserto de automóvel, entre outros.
    • Saúde e cuidados pessoais: plano de saúde, perfume, dentista, entre outros.
    • Despesas pessoais: cabeleireiro, cigarro, serviço bancário, entre outros.
    • Vestuário: tênis, camisa masculina, blusa, calça comprida feminina, entre outros.
    • Artigos de residência: móvel para sala, microcomputador, refrigerador, roupa de cama, entre outros.
    • Educação: ensino superior, ensino fundamental, ensino médio, curso de idiomas, entre outros.
    • Comunicação: telefone fixo, telefone celular, TV por assinatura, acesso à internet, entre outros.

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    Variação do IPCA Variação do IPCA

    Através do IPCA é possível medir alterações no poder de compra da população em geral.
    Em outras palavras, podemos dizer que quando o IPCA oscila para cima ele aumenta seu valor percentual. Isso significa que o consumidor vai precisar de mais dinheiro para poder comprar o mesmo produto. Então esse consumidor tem seu poder de compra reduzido.
    Por outro lado, quando o cenário econômico é mais amigável e o IPCA apresenta redução, a expectativa é de boas notícias. Isso porque diante desse cenário o poder de compra do consumidor aumenta.
    Logo, é possível comprar o mesmo produto gastando menos dinheiro.

    Quando o IPCA é divulgado?

    <strong>Quando o IPCA é divulgado?</strong>

    A divulgação do IPCA é mensal, entre os dias 23 e 27 de cada mês, sendo realizado pelo IBGE. No entanto, os dados dizem respeito sempre ao mês anterior ao resultado.

    Por exemplo: em 11 de janeiro de 2022 foi divulgado o resultado de dezembro de 2021. Por sua vez, o resultado de janeiro de 2022 foi divulgado apenas no dia 09 de fevereiro – e assim sucessivamente.

    As próximas datas para divulgação dos resultados do IPCA, de acordo com o IBGE, são: 23 de dezembro (resultado do IPCA-15) e 10 de janeiro de 2023 (resultado do IPCA de dezembro de 2022).

    Dessa forma, pode-se ver não só o IPCA mensal, mas também o acumulado, que considera variações em períodos maiores de tempo (anual, semestral, trimestral e outros).

    Assim, fica fácil acompanhar a inflação e também o rendimento dos investimentos que possuem o IPCA como base, como é o caso de alguns tipos de ativos de renda fixa.

    Quanto está o IPCA hoje?

    <strong>Quanto está o IPCA hoje?</strong>

    O último dado divulgado no IPCA do último mês foi de 0,71%, referente a março de 2023.

    Uma vez que se sabe que os dados do IPCA referem-se ao mês anterior, fica claro que o valor atual desse indicador não diz respeito à inflação exata no período atual.

    Há um IPCA para cada uma das capitais em que os cálculos são feitos (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre, entre outros), mas há uma média ponderada por cada estado.

    Portanto, os valores do poder de compra dos habitantes de cada cidade do Brasil podem variar levemente por uma série de fatores econômicos.

    O site do IBGE fornece os dados atualizados, além de conter uma calculadora IPCA que mostra a variação desse índice ao longo dos anos. O usuário digita o mês inicial, o mês final e quanto um determinado valor variou por conta da inflação.

    Quais são as categorias do IPCA?

    Quais são as categorias do IPCA?

    O IPCA se divide em duas subcategorias, as seguintes:

    IPCA-15 IPCA-15

    O IPCA-15 difere do IPCA oficial no que se refere ao período da coleta e a região de abrangência. Isso por que a coleta de preços é feita entre o dia 16 do mês anterior até o dia 15 do mês de referência.
    Além disso, a abrangência compreende as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

    IPCA-E IPCA-E

    Por sua vez, esse índice de preços nada mais é do que o IPCA acumulado a cada trimestre em referência ao IPCA-15.

    Como o IPCA é utilizado na economia?

    Como o IPCA é utilizado na economia?

    O IPCA, por ser um indicador com grande representatividade nacional, é muito utilizado para diversos propósitos.

    Entre os principais usos podemos citar três:

    • Índice oficial de inflação

      A essa altura você já sabe que o IPCA é, atualmente, o indicador oficial de inflação do País. Ou seja, ele é o termômetro que registra o movimento de alta e baixa nos preços.

    • Indicador de reajuste

      Ele costuma ser muito utilizado também para reajuste de contratos privados ou até mesmo públicos.
      Então, o aluguel que você paga pode estar sendo reajustado pelo IPCA, apesar de não ser muito frequente. Em algumas regiões é comum também reajustar o IPTU pelo IPCA.

    • Indexador de aplicações financeiras

      Muitos investimentos da renda fixa costumam ter uma rentabilidade atrelada ao IPCA. E isso pode ser uma boa estratégia para o investidor que deseja proteger sua carteira de investimentos contra a inflação.
      Logo, para quem busca um investimento que proteja sua carteira contra a inflação, o IPCA pode ser uma excelente ideia.

    Vários são os produtos financeiros que oferecem essa possibilidade. Os principais investimentos atrelados ao IPCA são:

    Tesouro IPCA

    O Tesouro IPCA é uma modalidade de título do Tesouro Nacional que paga uma rentabilidade pré-fixada mais a variação do IPCA no período.

    Esse título de renda fixa pode ser uma boa opção de rendimentos garantido, ainda que desconte a inflação.

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    Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)

    A LCI e LCA são títulos de renda fixa com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Esses títulos muitas vezes podem ter sua rentabilidade também atrelada ao IPCA.

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    Então, assim como o Tesouro IPCA, eles costumam oferecer uma taxa pré-fixada mais a variação do IPCA.

    Debêntures

    As Debêntures são títulos emitidos por grandes empresas a fim de captar recursos para realização de novos investimentos. Muitas delas também oferecem rentabilidade vinculada ao IPCA.

    Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificado de Recebíveis Agrícolas (CRA)

    Esses títulos são muito semelhantes a LCI e LCA no que se refere ao segmento de atuação: o imobiliário e o de agronegócio respectivamente.

    A diferença principal é que eles são emitidos por securitizadoras e não possuem garantia do Fundo garantidor de crédito.

    A rentabilidade desses ativos pode estar atrelada tanto a taxa SELIC, como ao CDI e como não poderia deixar de ser, ao IPCA também.

    Fundos de Investimento

    Por fim, existem alguns fundos de investimentos de renda fixa que tem sua rentabilidade atrelada ao IPCA.

    O que causa o aumento nos preços?

    O que causa o aumento nos preços?

    Existem vários fatores que causam aumento nos preços, e, de forma geral, tudo tem relação com a lei da oferta e demanda da moeda na economia.

    Por exemplo: se há impressão excessiva de dinheiro, ele perde o valor, pois há mais dinheiro circulando na economia.

    Por outro lado, caso a taxa de juros seja muito elevada, é natural que haja menos dinheiro em circulação na economia e, com isso, há mais demanda.

    É preciso ver, então, quais fatores estão afetando a oferta de dinheiro na economia, e o que está aumentando ou diminuindo a sua demanda.

    O que causa inflação no curto prazo?

    Os principais fatores que causam inflação no curto prazo são:

    Demanda

    Primeiramente, a demanda é um fator muito importante. Se muitas pessoas querem um bem ou serviço, é difícil atender todas as pessoas.

    Nesse caso o preço do item em questão tende a aumentar para controlar a oferta, diminuindo o total de pessoas dispostas a pagar pelo item em questão.

    Isso também pode ocorrer quando há mais concessão de crédito, o que faz as pessoas gastarem mais e aumentar a demanda de bens e serviços.

    Custo de produção

    Em seguida, o aumento nos custos para produzir algo também pode aumentar os preços. Por exemplo: se uma matéria-prima encarece, o produto final também tende a encarecer, como é o caso de itens básicos, como pão, massas, arroz, feijão, entre outros.

    Esse aumento de custo, com uma mesma demanda pelo produto, acaba por torná-lo mais caro, uma vez que é preciso compensar a produção mais cara.

    Por outro lado, com o aumento de custo, pode-se até mesmo produzir menos produtos, o que acaba por também gerar inflação.

    O que causa inflação no longo prazo?

    Os fatores que influenciam a inflação no longo prazo são os seguintes:

    Papel-moeda

    Quando o governo gasta mais do que arrecada, ele pode precisar imprimir mais dinheiro para pagar suas dívidas. Com isso, há mais dinheiro em circulação.

    Com o aumento da produção de papel-moeda, ele torna-se menos escasso e perde o seu valor ao longo do tempo, gerando aumento de preços – ou seja, mais unidades daquela moeda são necessárias para comprar determinado item.

    Taxa de juros

    Por fim, a taxa de juros pode influenciar na inflação. Caso ela esteja muito baixa, a população não se sente estimulada a guardar dinheiro e pode querer gastá-lo mais rapidamente, o que aumenta o consumo.

    Sendo assim, o governo precisa verificar qual seria a taxa ideal de juros para estimular o consumo na medida certa e, ao mesmo tempo, estimular a produção.

    O que é inflação acumulada e a relação com IPCA?

    Com o passar dos meses, as variações do IPCA vão se acumulando através dos juros compostos. Esse acúmulo gera o que se chama de IPCA acumulado, permitindo ver a inflação total ao longo de um período determinado.

    Dessa forma, a inflação acumulada é a mesma coisa que o IPCA acumulado – ou seja, o quanto produtos e serviços básicos subiram de preço.

    Por exemplo: se o índice for de 0,20% em março e 0,50% em maio, tem-se que, nos dois meses, há uma inflação acumulada de 0,70%.

    O mesmo vale, de fato, para períodos maiores: inflação trimestral, semestral, anual e outros períodos de tempo em que se usam para fazer a avaliação.

    Um dos resultados de inflação acumulada muito usado por economistas é a inflação nos últimos 12 meses, permitindo ver a variação do IPCA no período equivalente a um ano.

    Essa variação com um período maior pode ajudar políticos a entender quais medidas relacionadas com a macroeconomia são necessárias para controlar a inflação.

    Outros índices de inflação

    Outros índices de inflação

    Muitas vezes o consumidor não concorda com o cálculo da inflação divulgado. Ele pode achar que não corresponde as oscilações que ele verifica no dia a dia do mercado.

    Mas a verdade é que os preços de um mesmo produto variam entre as diversas regiões analisadas. E isso pode gerar um desvio-padrão do preço médio do produto.

    Além disso, cada índice de preços é definido a partir de uma cesta específica de bens e serviços, um período e sob uma faixa salarial. Porém, essas três variáveis mudam conforme o índice de preços.

    Por exemplo, o IPCA é calculado para uma cesta com 465 itens, no período do dia 1 ao dia 30, para famílias com até 40 salários mínimos.

    Por outro lado, o INPC é calculado para uma faixa salarial de até 5 salários mínimos. Logo, não existe um índice melhor que o outro, mas sim aquele que mais se encaixa na situação proposta.

    Além disso, é importante lembrar que a metodologia de cálculo de todos os índices é revista e atualizada periodicamente. Assim, tanto a cesta de produtos como a faixa salarial podem mudar ao longo do tempo.

    IGP-M

    O Índice Geral de Preços (IGP-M) é calculado mensalmente pela FGV no período que vai do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual. Além disso, ele é composto por outros 3 índices de inflação nas seguintes proporções:

    • 60% do IPA (Índice de preços por atacado);
    • 30% do IPC (Índice de preços ao consumidor);
    • 10% do INCC (Índice nacional de custo da construção);

    Ele é muito utilizado para aplicar o reajuste nos contratos privados como de aluguel e na energia elétrica.

    IGP-DI

    Esse índice foi usado como medida da inflação brasileira até 1985. A metodologia para o cálculo do Índice Geral de Preços-DI é a mesma utilizada para o IGPM, inclusive a composição da carteira é a mesma.

    Contudo, o que diferencia do outro índice é o período de coleta. O IGP-DI é coletado entre os dias 1 até o último dia do mesmo mês.

    Tanto o IGPM como o IGP-DI são muitas sensíveis ao que acontece no mercado externo, devido ao grande peso do IPA na carteira.

    INPC

    O Índice Nacional de Preços ao Consumido é calculado pelo IBGE nas 11 principais regiões do país.

    Ele tem a mesma metodologia de cálculo do IPCA. Porém, a faixa salarial das famílias pesquisadas é delimitada entre 1 a 5 salários mínimos. O período da coleta geralmente ocorre entre o dia 1 até o dia 30 do mesmo mês.

    Outra diferença entre o IPCA e o INPC é que este último oscila mais que o IPCA.

    Isso ocorre porque o IPCA abrange famílias com mais poder aquisitivo (até 40 salários mínimos). E quanto maior a renda das famílias, maior será o consumo de serviços como educação privada, por exemplo.

    Como os preços dos serviços oscilam menos que o preço dos demais itens (aqueles de necessidades básicas) isso acaba refletindo em uma menor oscilação do IPCA quando comparado ao INPC.

    IPC

    O Índice de Preços ao Consumidor é calculado pela FGV para famílias com faixa salarial entre 1 e 33 salários-mínimos.

    A pesquisa de preços para esse índice é realizada nas 7 principais capitais do Brasil e agrupa um número menor de produtos analisados. Em torno de 340 itens estão incluídos na pesquisa

    INCC

    O Índice Nacional do Custo da Construção, criado pela FGV em 1950, é calculado mensalmente. Ele considera o custo da construção civil no país, incluindo mão de obra e insumos.

    Esse índice costuma ser usado para reajustar as parcelas dos contratos de compras de imóveis na fase de construção.

    CUB

    O Custo Unitário Básico (CUB) apresenta o custo básico da construção civil. Ele é calculado mensalmente pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil.

    Atualmente ele é usado para reajustar preços em contratos de compra de apartamentos em construção. É considerado o principal índice setorial da construção civil.

    Sendo assim, saber o que é e para que serve o IPCA é fundamental não só para os investidores, afinal, esse indicador pode influenciar os rendimentos dos ativos, mas também para toda a população em geral.

    IPCA e Selic: qual a relação entre eles?

    IPCA e Selic: qual a relação entre eles?

    A Selic é a taxa básica de juros e, portanto, seu aumento ou diminuição pode impactar diretamente a inflação (ou seja, o IPCA) no longo prazo. IPCA e Selic andam lado a lado.

    Em primeiro lugar, caso a taxa de juros aumente muito, o consumo será desestimulado, já que vale mais a pena guardar o dinheiro e ganhar uma boa rentabilidade com baixo risco. Com isso, a inflação pode diminuir.

    Por outro lado, caso a taxa de juros esteja muito baixa, as pessoas podem preferir gastar o seu dinheiro, o que resultará em preços maiores – já que a demanda por bens e serviços vai aumentar.

    Mas nem sempre a taxa de juros alta é sempre boa, afinal, isso diminui o estímulo à produtividade por parte das empresas. Por isso é preciso avaliar bem o valor da Taxa Selic.

    Por isso, as políticas públicas são feitas por políticos e especialistas para balancear a produção e consumo em um patamar que seja viável para o desenvolvimento econômico.

    Bibliografia

    https://www.bcb.gov.br/

    https://www.ibge.gov.br/

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    Tiago Reis
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    1 comentário

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    • Vanessa 6 de dezembro de 2022
      Muito bom. Rico em conteúdo.Responder