Não é apenas o Estado que pode incentivar atividades focadas no bem estar da população. Há também a opção de investimento social.
O investimento social não é exclusividade das pessoas jurídicas, sendo possível também para as pessoas físicas.
Fazer um investimento social é doar recursos em prol de ações sociais. Estas são promovidas por entidades privadas, que podem ser empresas ou uma organização do Terceiro Setor. Também pode ser considerado investimento social o investimento em startups de cunho social. Não necessariamente essas empresas são sem fins lucrativos.
Mas as empresas podem criar seus próprios programas com esta finalidade.
Investimento social e suas características
Por mais que o investimento social privado seja caracterizado como o repasse voluntário de dinheiro para alguém, existem regras a serem seguidas.
Só se enquadra em investimento social ou recurso destinado a algo de interesse público.
Isso inclui, por exemplo:
- Cultura;
- Educação;
- Saúde;
- Esporte; e
- Meio ambiente.
O mais comum é que as ações sociais sejam desenvolvidas por entidades do Terceiro Setor, não são uma exclusividade dele.
Dessa forma, muitos projetos são encabeçados por empresas privadas ou por comunidades.
Quem opta por fazer um investimento social precisa ter em mente que esta prática requer mais do que apenas repassar verbas.
De acordo com a Associação dos Investidores Sociais do Brasil (GIFE), é preciso que haja planejamento, acompanhamento e avaliação das ações.
Além disso, o viés do projeto precisa ser focada na transformação social, com envolvimento da comunidade nas atividades.
Investimento social e a destinação do IR
O governo faz, periodicamente, repasses e subsídios para a manutenção ou incentivo de atividades voltadas ao bem estar da população.
Estes incentivos podem alavancar os investimentos sociais privados.
O dinheiro ou isenção de imposto dados pelo Estado não resolve a questão por inteiro. Mas eles auxiliam no desenvolvimento de ações promovidos por terceiros.
O mesmo ocorre com a destinação do imposto de renda que pode ser feito por empresas e pessoas físicas.
Mas não somente o dinheiro em si é tido como um investimento social. A alocação de recursos não-financeiros e intangíveis.
Ou seja, quem ceder, por meio de doação ou empréstimo, um local para a realização de ações sociais também fará um investimento social.
Motivos para fazer um investimento social
O investimento social é uma das principais fontes de renda para as Organizações Não Governamentais (ONGs) sem fins lucrativos.
Estas entidades, muitas vezes, dependem da renda oriunda de doações. Portanto, é aí que entra o investimento social.
Quando falamos em investimento, logo pensamos no retorno financeiro que determinada aplicação pode proporcionar.
Porém, quando o tema é investimento social, é necessário ter em mente que este retorno se dá de modo diferente.
Isso porque a ideia é fomentar a mudança social. Isso pode ocorrer por meio da educação, do esporte ou mesmo da saúde.
Já foi comprovado que a educação tem o poder de mudar vidas.
E é justamente este vislumbre de uma vida melhor por meio do conhecimento que faz com que muitas crianças e jovens em situação de risco consigam mudar sua história.
Até mesmo do ponto de vista econômico, precisamos de uma sociedade saudável em prol de um crescimento sustentável.
Um dos caminhos para isso é reduzindo as desigualdades e promovendo oportunidades para todos. E este é o principal intuito do investimento social.