IED: o que é e como funciona o Investimento Estrangeiro Direto?
A globalização e a internacionalização financeira mundial trouxe uma possibilidade bastante interessante do ponto de vista econômico e financeiro: a do Investimento Estrangeiro Direto.
Muitos investidores e preços de ações são afetados, inclusive, pelos efeitos do Investimento Estrangeiro Direto. Afinal, para muitos é um investimento no exterior.
O que é o Investimento Estrangeiro Direto (IED)?
O Investimento Estrangeiro Direto (IED) é a aplicação de recursos financeiros feitos por um indivíduo ou empresa de outro país em uma companhia ou negócio específico. O objetivo deste investimento, em geral, é o crescimento do empreendimento que recebe este aporte.
Vale salientar que a principal diferença entre a poupança externa e o Investimento Estrangeiro Direto é exatamente o fato de a aplicação visar uma empresa em específico.
Isso porque quando falamos de poupança externa, nos referimos a valores aplicados no país em si.
O acumulado dos Investimentos Estrangeiros Diretos no período é conhecido como estoque de investimento estrangeiro.
Este costuma ser mensurado por setor. Estes dados são coletados e divulgados pelo Banco Central do Brasil, por meio do Relatório de Investimento Direto.
Aplicações do Investimento Estrangeiro Direto
Vendo de fora este conceito pode parecer um pouco vago. Porém, o fato é que o investimento estrangeiro direto no Brasil acontece com bastante frequência.
Analisando de forma prática, o IED se refere a uma série de movimentações feitas com capitais internacionais.
Porém essas movimentações precisam ser voltadas a investimentos. Isso representa:
- Criação de operações, como abertura de uma filial estrangeira;
- Aquisição de parte de uma empresa;
- Fusões entre empresas de diferentes países;
- Construção de novas instalações;
- Reaplicação de lucros obtidos em operações no exterior;
- Empréstimos realizados entre companhias que atuem em um mesmo grupo econômico.
Ou seja, se uma empresa americana compra parte de uma empresa brasileira, instalada no Brasil, este é um Investimento Estrangeiro Direto. Dessa forma, nasce uma empresa multinacional.
Entretanto, os pequenos negócios, como startups, costumam se beneficiar bastante desta possibilidade — ainda mais quando a proposta de negócio do grupo é inovadora.
Vantagens do Investimento Estrangeiro Direto
Nem sempre é fácil conseguir grandes aportes financeiros dentro do próprio país. Especialmente se este estiver em desenvolvimento.
Uma saída para quem precisa de fluxo de capitais para crescer é buscar investidores estrangeiros.
Estes podem ser pessoas físicas ou jurídicas. Mas o mais comum é que empresas invistam em outros empreendimentos.
Com isso, há uma melhora econômica, que ocasiona um crescimento na geração de empregos e desenvolvimento de projetos. Além disso, há a possibilidade de agregar diferentes formas de gestão.
Quando uma empresa estrangeira compra parte de um empreendimento ou se funde com ele, traz uma visão de negócio diferente da aplicada anteriormente.
Isso não quer dizer que uma deva substituir a outra, mas sim que a mescla destes conhecimentos pode gerar um empreendimento mais forte.
O Investimento Estrangeiro Direto ainda trazer um maior fluxo de saída de exportações.
Entretanto, a principal vantagem deste modelo é a não criação de uma dívida. Quando o tema é investimento estrangeiro em um país, gera-se o compromisso do pagamento de valores em dólar.
Se não forem pagos, eles geram juros e colocam o Estado em uma dívida difícil de sanar. Este problema já não ocorre com o IED. Isso porque não há o compromisso de pagamentos específicos.
Quem desejar entender melhor o Investimento Estrangeiro Direto e como investir fora do país pode acessar o Manual do Investidor Iniciante, oferecido pela Suno Research.