Integração vertical: controlando todas as etapas do processo produtivo
Desde o surgimento do planejamento operacional, grandes negócios passaram a enxergar as vantagens de controlar melhor os processos de produção através da integração vertical.
Nesse sentido, a integração vertical difere de uma integração horizontal, principalmente por ela ocorrer, na maioria das vezes, através de aquisições e processos de M&A.
O que é integração vertical?
Integração vertical é uma estratégia de expansão que agrega dois ou mais processos de uma mesma cadeia de valor. Ou seja, ela acontece quando uma das empresas da fusão passa a dominar também outras etapas do seu processo produtivo.
Ou seja, na estratégia de integração vertical, uma das empresas assumirá o controle dos fatores de produção ou assumirá o controle dos fatores de distribuição. A diferença para a integração horizontal, nesse caso, é que a empresa terá o controle total sobre o processo.
Quais os tipos de integração existentes?
Basicamente, existem duas possibilidades para se integrar verticalmente um processo produtivo: a integração a montante e a integração a jusante.
- Integração vertical a montante: Quando o controle começa na cadeia de valor posterior ou nascente. Exemplo: uma loja de sapatos, compra uma parte da indústria de calçados, para que priorizem produtos exclusivos para sua loja.
- Integração vertical a jusante: Quando uma empresa consegue apropria-se das fases após a produção. Ou seja, quando o controle vem pela frente da cadeia de produção. Exemplo: Um fabricante de sapatos compra uma rede de loja de calçados. Portanto esse poderá transformar os produtos que serão distribuídos por estas lojas.
Ou seja, a integração a montante acontece quando uma empresa passa a produzir aquilo que comprava. No caso da jusante acontece uma integração supervisionada. Logo, a empresa passa a dominar a distribuição do produto ou serviço.
Integração vertical nos dois sentidos
Entretanto, também é possível que essas duas formas de integração ocorram simultaneamente, formando uma integração vertical nos dois sentidos. Logo, nesse caso, acontece e a mesclagem dois tipos de controle da cadeia de produção e distribuição.
Um exemplo prático disso pode ser o caso das petrolíferas. No setor petrolífero, é muito comum ocorrer a integração em dois sentidos. Ou seja, as empresas se concentram na refinação de petróleo e também vendem o combustível refinado. Por isso, elas conseguem administrar desde a produção do combustível até a venda para o consumidor direto na bomba.
Benefícios da integração vertical
Dentre os benefícios da integração vertical para as empresas, estão os seguintes pontos:
- Aumento de poder de mercado;
- Redução de custos de produção e comercialização;
- Melhora na eficiência da empresa;
- Controle dos prazos de entrega;
- Melhora a qualidade dos serviços e produtos;
- Aumento no resultado operacional;
- Melhora nas relações entre fornecedores;
- Maior domínio sobre a concorrência do setor.
Integração via fusões e aquisições
A sigla M&A é utilizada para Merges and Acquisitions, que significa fusões e aquisições em português. M&A é utilizada por empresas ou corporações para consolidarem-se no mercado e tomar uma posição mais competitiva frente aos concorrentes do setor. Dessa forma, o M&A pode ser uma ferramenta para integrar verticalmente a produção de uma empresa.
Apesar da integração vertical fundir duas empresas, elas precisam ter um princípio em comum na expansão da organização. Portanto ambas devem visar o processo de M&A para eliminar a concorrência do setor. Para entender mais sobre o valor das empresas, acesse gratuitamente o nosso minicurso: “Valuation e precificação de ativos“.