Por mais que seu uso seja comum, nem todos sabem o que são instrumentos financeiros.
Frequente em livros sobre investimentos, o termo instrumentos financeiros abrange uma série de documentos.
“Instrumentos financeiros” são títulos financeiros, mas também os contratos financeiros. Isso porque o termo se aplica aos contratos que gerem um ativo financeiro para um dos lados e um passivo financeiro ou instrumento patrimonial para o outro.
Ou seja, enquanto um dos envolvidos faz um pagamento, o outro o recebe.
Por isso, também são considerados instrumentos financeiros:
- Títulos de capital emitidos por sociedades de ações;
- Títulos de dívida; e
- Parcelas de capital ou ações de empresas que atuam com valores mobiliários.
No entanto, nem as letras comerciais, nem os títulos de pensão e vales de caixa – bem como seus similares – são considerados instrumentos financeiros.
Instrumentos financeiros e a Contabilidade
Os instrumentos financeiros estão diretamente ligados às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS).
Esta norma passou por uma série de adaptações ao longo dos anos, chegando às IFRS 9.
Com ela, ficou mais fácil classificar os instrumentos financeiros, bem como os ativos de uma empresa.
Esta clareza nas informações é extremamente importante para que os acionistas e diretores entendam a Contabilidade das empresas.
Atualmente, os instrumentos financeiros são classificados dentro de três categorias:
- Instrumentos financeiros ao custo amortizado,
- Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado, e
- Instrumentos Financeiros ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes.
O que será inserido em cada categoria irá variar de acordo com o modelo de negócios do empreendimento e com as características contratuais dos fluxos de caixa do ativo financeiro.
Instrumentos financeiros derivativos
Uma das categorias existentes dentro dos instrumentos financeiros são os derivativos.
São considerados derivativos os que são resultado de algum produto primário.
Geralmente, estes são emitidos pelas empresas que buscam ampliar seu capital.
Um bom exemplo de derivativos são as ações e títulos de renda variável ofertados publicamente.
Isso quer dizer que o investimento escolhido por alguém é o instrumento financeiro de uma empresa.
Um detalhe importante a se atentar é que um derivativo terá seu valor variável.
Esta variação de valor será muito maior do que a sofrida por um bem ou outro tipo de instrumento financeiro.
Isto porque os instrumentos financeiros derivativos estão ancorados a algo no qual se referenciam.
Vemos isso com ações do mercado de commodities. Se o preço do produto sofrer uma grande queda, as ações das empresas que os negociam tendem a cair.
O mesmo ocorre com as demais atividades-fim das empresas.
Se houver uma variação no seu valor de mercado, os derivativos as sofrerão de forma mais intensa.
Instrumentos financeiro derivativos e suas características
Para serem considerados derivativos, os instrumentos financeiros precisam possuir ao menos um underlyings17. O mesmo vale para os valores nocionais e provisões de pagamentos.
Um derivativo não representa um investimento líquido inicial em sua criação. E, se houver, este é pequeno se comparado aos demais tipos de contratos que podem gerar resultados similares.
Além disso, os termos do contrato dos derivativos devem permitir a liquidação financeira.
Com isso, fica claro que os instrumentos financeiros, derivativos ou não, fazem parte do negócio da maioria das empresas brasileiras.