Índice de Força Relativa: como funciona esse indicador de análise técnica

Por sua facilidade de interpretação, o Índice de Força Relativa (IFR), é um dos indicadores mais conhecidos e utilizados dentro da análise técnica.

Segundo os seguidores desse tipo de análise, com o Índice de Força Relativa seria possível confirmar tendências, identificar possíveis pontos de reversão e especular quando o mercado está comprado ou vendido.

O que o Índice de Força Relativa?

O Índice de Força Relativa (IFR) é um indicador de análise técnica que mede a evolução entre as forças compradoras e vendedoras ao mesmo tempo. Com isso, a utilização desse índice possibilitaria observar o desenvolvimento de uma tendência, bem como os rompimentos, suportes e resistências antes delas se tornarem aparentes no gráfico.

Ou seja, de certa forma, o IFR seria um termômetro de fôlego do mercado, estimando se ele tem forças para cair ou subir ainda mais quando está em uma tendência. Portanto, o Índice de Força Relativa poderia indicar os melhores momentos para se posicionar em um ativo – seja comprando para esperar se valorizar ou vendendo para realizar lucros.

Dentro da análise técnica, o IFR faz parte da grupo de “indicadores de momento” – juntamente com os indicadores Estocástico e TRIX.

Como o IFR é calculado?

A fórmula para calcular do IFR é a seguinte:

  • IFR = 100 – 100/(1 + FR)

Onde:

  • FR = Média Altas / Média Baixas
  • Média Altas = Média das cotações dos últimos n dias de alta da ação.
  • Média Baixas = Média das cotações dos últimos n dias de alta da ação.
  • n = O número de dias de abrangência do IFR. O mais utilizado é 14, mas também é comum encontrar IFRs de 9 ou 25 dias.

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Como interpretar o IFR?

De acordo com a análise técnica, o Índice de Força Relativa seria um “oscilador” que mede o momentum de uma tendência. Ou seja, ele indicará, dentro de um cenário, se a velocidade e mudança dos de preços estão fortes o suficientes para manter o movimento.

Nesse sentido, o IFR forneceria duas interpretações principais: a indicação da divergência de tendências e a entrada em zonas de alerta.

Divergência de Altas e Baixas

Segundo os analistas técnicos, ao comparar o IFR com o preço da ação, seria possível encontrar divergências nos movimentos de alta e de baixa. Conhecido como Divergência do Índice de Força Relativa, esse evento resultaria em duas interpretações:

  • Cotação em alta, mas IFR começando a cair: Significaria que a ação deve entrar em tendência de queda.
  • Cotação em baixa, mas IFR começando a subir: Significaria que a ação deve entrar em tendência de alta.

Zonas de alerta

A escala do IFR abrange os valores entre 0 e 100. A interpretação do índice considera que, a partir de um determinado IFR, a ação estaria fortemente posicionada em uma das pontas (compra ou venda). A análise é a seguinte:

  • IFR acima de 70: Regiões de sobrecompra, indicando uma sobreavaliação. Logo, a maioria do mercado já estaria comprada no ativo. Por isso, não existiria muito espaço para uma maior valorização (alta do preço), mas sim para a desvalorização (queda do preço).
  • IFR abaixo de 30: Regiões de sobrevenda, indicando uma subavaliação. Logo, a maioria do mercado já estaria vendida no ativo. Por isso, não existiria muito espaço para uma maior desvalorização (baixa do preço), mas sim para a valorização (alta do preço).

Embora o limite das duas regiões tradicionalmente sejam 70 e 30, nem todos investidores utilizam esses valores. Dependendo da interpretação do mercado e do estilo de investimento do analista, ele pode aumentar ou diminuir as zonas de IFR como desejar.

Alguns especialistas no tema, por exemplo, defendem que os limites de sobrecompra e sobrevenda do IFR sejam 80 e 20, respectivamente. Porém, quem recomenda a utilização dos valores tradicionais é o próprio criador do método.

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Tiago Reis
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