Mais do que analisar o patrimônio líquido de uma empresa específica, um investidor precisa conhecer e acompanhar o mercado no qual está inserido e do país no qual fez a sua aplicação. Isso pode ser feito analisando índices como o IbrA.
Este, inclusive, pode ser um dos primeiros passos de quem pretende ingressar neste universo de ações. E os índices, como o IbrA, podem ser grandes aliados no tocante à obtenção de informação.
O que é IbrA?
IBrA é a sigla de Índice Brasil Amplo, um dos indicadores mais completos da B3, uma vez que reúne ações de todas as empresas ali listadas para mensurar o seu rendimento e desenvolvimento ao longo do período.
Este é um índice de retorno total — ou seja, em sua análise ele considera mais do que o simples rendimento dos investimentos que compõem sua carteira, abrangendo também a valorização do papel e a distribuição de dividendos.
Este, como o nome sugere, é um índice amplo, não ficando então restritos a um único segmento, como ocorre com os índices setoriais.
Na própria B3 há outros três índices com esta mesma característica:
- Ibovespa;
- Brasil 100 (IBrX 100);
- Brasil 50 (IBrX50).
Composição do IbrA
O índice IbrA é amplo, mas a sua composição também segue algumas regras, para que a análise seja feita da melhor forma possível e reflita o cenário brasileiro dentro do mercado a vista da B3.
O primeiro destes critérios é a exclusão de ações de empresas que estejam em recuperação judicial ou extrajudicial. A mesma regra vale para negócios que estejam passando por intervenção ou qualquer situação especial de listagem.
Além disso, as ações são de free float e precisam:
- Ter de negociabilidade que, na soma, representem 99% do valor acumulado de todos os índices individuais disponibilizados pela B3;
- Manter presença de pelo menos 95% em pregão durante um ano;
- Se tiverem menos de um ano, mas mais de seis meses de listagem, terem 95% ou mais de presença em pregão neste período.
Na composição da carteira teórica, pode ter mais de ação da mesma organização, porém cada uma delas deve atender isoladamente aos critérios exigidos pelo IbrA para a inclusão.
Entretanto, a participação de uma mesma empresa não pode estar acima de 20% na carteira. Se isto ocorrer, é necessário fazer ajustes para que o peso da companhia seja ajustado para respeitar o limite.
Histórico do IbrA
Criado em janeiro de 2006, o IbrA tem acompanhado o desempenho das ações na Bovespa em todas as crises e recuperações econômicas que ocorreram desde então.
O cálculo do IbrA é feito em tempo real. Assim, ele considera as mudanças nos preços das ações que compõem a sua carteira assim que elas ocorrem.
Para que serve o IbrA?
O IbrA foi criado para mensurar o modo como as ações das empresas que o compõem se comportam. Por isso, é ele que mede o avanço ou retrocesso das cotações dos ativos negociados no mercado à vista da B3.
Isso, claro daqueles que se enquadrem nos critérios mínimos da composição da sua carteira teórica de ativos. Com isso, este índice tende a oferecer uma visão ampla do mercado acionário.
É possível investir no IbrA?
Assim como ocorre com os demais índices, não é possível fazer uma aplicação diretamente neles. Por isso, é preciso recorrer a um ETF (Exchange Traded Fund) que simule as condições da sua carteira teórica.
Outra opção seria criar sua própria carteira seguindo o modelo da adotada pelo IbrA, algo complexo, considerando que se trata de um índice amplo.
Quem deseja entender melhor este mercado pode, inclusive, participar do curso online da Suno Research sobre valuation e precificação de ativos.
Foi possível saber mais sobre o IbrA? Deixe suas dúvidas nos comentários.