Para o investidor do século XXI, estar atento ao processo de globalização é praticamente uma obrigação.
Entretanto, muitas das pessoas que aplicam o seu dinheiro em ativos denominados de renda variável ainda não se atentaram a esse peculiar fenômeno – cada vez mais presente no planeta – denominado globalização.
A globalização refere-se à tendência do comércio internacional, dos investimentos, da tecnologia da informação e também da fabricação terceirizada em “entrelaçar” as economias de diversos países em conjunto. Nos negócios, assim como nas finanças, este contemporâneo termo diz respeito principalmente à integração econômica dos mercados globais, mas o termo também é usado para descrever a integração sociocultural entre os países.
Num contexto geral, a esta definição produziu como efeito o aumento acentuado do comércio internacional e também do intercâmbio cultural entre os países.
Vale mencionar, ainda, que este termo tem sido referenciado devido a sua capacidade de contribuir para a transferência de riqueza para países menos desenvolvidos.
No entanto, este aspecto bastante presente nos dias de hoje também é muitas vezes culpado pelas perdas de emprego nas nações desenvolvidas, uma vez que as corporações enviam instalações de fabricação e empregos no exterior, a fim de economizar os custos de produção.
Vale ressaltar, ainda, que também existem críticos que dizem que esse processo tende a enfraquecer soberania dos países de maior relevância no contexto econômico mundial.
Objetivos da globalização
Existem estudiosos que ressaltam que o objetivo da globalização é proporcionar às organizações uma vantagem competitiva através de menores custos operacionais e o ganho de um maior número de produtos, serviços e consumidores.
Uma das principais formas de fazer isso é através dos comércio internacional, da abertura de mercados adicionais e do acesso a novas matérias-primas.
De fato, esse tipo de fenômeno pode ser observado, atualmente, no mundo inteiro, com corporações multinacionais fabricando, comprando e vendendo produtos em todo o planeta.
Por exemplo, uma empresa de automóveis com sede no Japão pode naturalmente ter peças dos carros fabricadas em diversos outros países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, e depois enviar as peças para outro país para montagem para, em seguida, vender este produto já acabado para os mais variados países do mundo.
Introdução sobre a globalização
Pode-se dizer que esta época foi uma grande propulsora dos mercados globais.
Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, todavia, o avanço em comunicação e transporte ajudou a diminuir as fronteiras e aumentar os laços econômicos entre as nações.
Nas últimas décadas, a globalização vem ocorrendo a um ritmo e alcance sem precedentes.
Teoria base sobre este fenômeno
A teoria base que justifica todo processo de globalização o qual o mundo vive é a teoria das vantagens competitivas.
Esta é uma das teorias mais importantes da economia, e é também bastante intuitiva.
Este conceito se baseia na ideia de quem alguns países apresentam vantagens para certas atividades em relação a outros.
Por exemplo, o Chile tem vantagem na agropecuária em relação à maioria dos demais países do mundo.
Enquanto a Alemanha tem vantagem na indústria automotiva.
Este é simplesmente um fato: por determinadas condições, sejam de tecnologia, aspectos naturais, ou de conhecimento, alguns países apresentam vantagens em determinadas atividades em relação a outros.
Uma vez estabelecido isso, a teoria da vantagem competitiva diz que é mais benéfico que os países ao redor do mundo se especializem nas atividades em que são melhores e que utilizem do comércio exterior para obter os demais bens que necessitam.
Voltando ao exemplo anterior: A população chilena obviamente precisa de automóveis para se locomover, assim como a população alemã necessita dos produtos do agronegócio.
Pois bem, deveria então o Chile produzir automóveis? E a Alemanha adentrar no agronegócio?
Segundo a teoria das vantagens competitivas a resposta é não.
Pois estes países não possuem especialidade nestas atividades. A produtividade, portanto, seria muito baixa. Iria ser gasta uma grande quantidade de tempo, e dinheiro, para não obter um resultado compensador.
A teoria da vantagem competitiva afirma, então, que para obter estes produtos os países devem focar no produto que desenvolvem melhor, vende-los no mercado internacional, e com os recursos desta venda comprar os outros produtos necessitados.
No caso do Chile, o país irá comprar os automóveis alemãs. No caso da Alemanha, esta irá comprar os produtos do agronegócio chileno.
Focando em produzir automóveis a Alemanha poderá produzir um volume maior e com uma qualidade melhor. E o mesmo vale para a produção do Chile em relação ao agronegócio.
Assim, fica claro porque engajar no comércio internacional e na especialização é um bom negócio.
Custo de oportunidade
O conceito da vantagem competitiva, e por consequência, o conceito da globalização, também apresentam por trás ideia do custo de oportunidade.
Então, o que é o custo de oportunidade?
O custo de oportunidade pode ser definido como a melhor alternativa a qual se abre mão para optar por uma outra.
Por exemplo, vimos que é mais benéfico para a Alemanha se especializar na produção de automóveis, assim como para o Chile focar na agropecuária.
Imagine que a Alemanha resolvesse produzir os seus próprios produtos agropecuários. Isto, então, acarretaria em um custo de oportunidade.
Ao direcionar recursos, financeiros e materiais, para a produção do agronegócio, a Alemanha estaria deixando de implementar estes recursos em outro setor. No seu caso, o setor automotivo.
E, como o país apresenta uma produtividade elevado no setor de automóveis, direcionar estes recursos para outro setor seria uma decisão equivocada.
Visto que, para um mesmo capital empregado o retorno será maior no setor automotivo, justamente por causa da sua vantagem neste setor.
O que é válido para a Alemanha neste setor, é também válido para o Chile no setor no qual ele se sobressai, no caso o agropecuário.
Portanto, os setores em que há vantagem competitiva são também os que apresentam o menor custo de oportunidade para determinado país.
Ou seja, o país não estaria melhor desempenhando nenhuma outra atividade além da qual ele já está focando em fazer.
Produtos mundiais
O primeiro feito deste fenômeno conhecido como globalização foi possibilitar a exportação de produtos produzidos localmente.
As barreiras que obrigavam as pessoas a consumirem somente os produtos locais deixaram de existir.
No entanto, embora existisse a exportação, os produtos ainda eram feitos em somente um país.
Com o advento da globalização o que se passou a ver foram produtos produzidos mundialmente, e não mais somente em um país.
Por exemplo, pense em uma peça de roupa, tal como uma camisa. Para uma camisa ser produzida existem alguns processos, tais como:
- Elaboração do design
- Produção da matéria prima (Por exemplo: Algodão)
- Costura
Estes processos, antigamente, eram todos feitos em um único país. E, de início, o produto final era consumido apenas pela população local.
Posteriormente, passou a ser também exportado.
Mas foi somente nas mais recentes etapas da integração mundial que os produtos passaram a ser produzidos em massa ao redor do mundo.
Em relação à camisa citada anteriormente, é muito provável que ela tenha cada um destes 3 passos citados anteriormente feitos em países diferentes.
Por exemplo, a elaboração do designpode ser feita em um país com especialidade nisso, como a Itália.
Já a extração dos insumos, neste caso o algodão, provavelmente se dará em um país com riquezas naturais. Como por exemplo, a Índia, um dos maiores produtores de algodão do mundo.
Já a costura é mais provável que seja realizada em um país com mão de obra abundante e barata, tal como a China. Não é por acaso que muitos produtos ocidentais, mesmo o de maior valor, apresentam os dizeres “made in China”.
Exemplos reais de produtos mundiais
Para ilustrar o argumento, é válido apresentar um caso real de um produto mundial.
Entre tantos produtos produzidos globalmente, um dos quais melhor ilustra a presença da globalização no dia a dia é o iPhone, produzido pela Apple. O iPhoneé o smartphone mais vendido do mundo.
Na parte traseira do aparelho, há os seguintes dizeres:
“Designed by Apple in California. Assembled in China”.
Em português: “Projetado pela Apple na Califórnia. Montado na China”.
Ou seja, este aparelho pode ser encarado como um exemplo real da situação descrita acima.
No vídeo abaixo, é apresentado um estudo de caso sobre o valuation da Apple, uma das empresas que mais simboliza a globalização.
Além do iPhone existem diversos outros produtos que são produzidos mundialmente. E assim, há também empresas que se beneficiam disso.
Os carros alemãs, por exemplo, produzidos por suas montadoras, possuem peças vindas de diversas partes do planeta.
Uma empresa brasileira que se beneficia deste cenário global do comércio é a Tupy.
Uma empresa que fabrica peças específicas para a montagem de motores automotivos.
Ao se especializar nesta atividade, a Tupy obteve vantagem competitiva em relação às demais empresas. Por isso, é muitas vezes requisitada para produzir partes bastante específicas dos automóveis.
A integração global favorece a paz mundial?
Um argumento comumente utilizado pelos entusiastas da globalização é que este fenômeno ajuda o mundo a manter o número de conflitos reduzidos.
Porém, no que se baseia este argumento?
É bastante simples. Imagine que um determinado país é extremamente dependente comercialmente de outro país.
Tanto na exportação de produtos, quanto para a importação de produtos.
Se um país depende do outro, e vice-versa, é extremamente improvável que ambos engajem em uma situação de guerra. Pelo simples fato de que isto seria um desastre em termos econômicos para ambos os países.
Então, se todos os países do mundo assumissem a teoria da vantagem competitiva, e engajarem no livre comércio exterior, muitos afirmam que isto seria um grande propulsor da paz mundial.
Pelo simples fato de guerras de grande porte serem muito prejudiciais ao ambiente de negócios.
Obviamente, não são todos os países que assumem a teoria da vantagem competitiva, e muito menos os que engajam no livre comércio exterior. O que se vê atualmente é, inclusive, o surgimento de novas barreiras em relação ao livre comércio.
No entanto, após o fim da segunda guerra mundial, onde se teve um maior avanço da globalização moderna, com a criação de instituições destinadas a incentivar o livre comércio, o que se viu foi um grande período sem conflitos de magnitude mundial.
Obviamente, houve conflitos em escalas locais e de menores proporções. Porém, conflitos mundiais foram inexistentes desde então.
Isto se dá pelo fato de que é pouco provável que parceiros comercias entrem em guerra uns contra os outros. E, no mundo globalizado, as grandes potências tendem a ser parceiras comercias.
4 aspectos da integração global
São eles:
- Comércio internacional
- Transações de recursos financeiros
- Fluxo de pessoas
- Fluxo de informação e tecnologia
Comércio internacional
O estudo mostra que o comércio global observou um aumento a partir do movimento de integração global.
Principalmente no que diz respeito às nações mais desenvolvidas.
Este aumento, no entanto, variou consideravelmente de país para país.
As nações em desenvolvimento da Ásia, como a Coreia do Sul, se destacaram positivamente como países que souberam utilizar o comércio exterior ao seu favor.
Além da Coreia do Sul, outros países asiáticos ganharam grande destaque com o avanço do mundo globalizado. Estes países ficaram conhecidos como os tigres asiáticos.
Já muitos países africanos não mostraram muito avanço no aspecto do comércio global.
Além do volume de exportação, também é importante considerar o valor do que é exportado.
Países que exportam bens de maior valor agregado, como por exemplo, bens de tecnologia, tendem a se beneficiar mais do comércio exterior do que países que exportem bens com característica de commodities.
Transações de recursos financeiros
Durante o processo de acentuação da integração global foi visto um grande aumento no fluxo de capital ao redor do mundo.
Em especial, dos recursos saindo dos países desenvolvidos para os países em processo de desenvolvimento.
Estes investimentos podem ser tanto feitos através do investimento direto, quanto através do investimento em portfólio.
Os investimentos diretos são aqueles no qual o estrangeiro propriamente assume o controle de uma operação em outro país. Por exemplo, através da construção de uma fábrica, ou da compra do controle de uma empresa.
Ou até através da criação de uma nova empresa.
Já o investimento em portfólio está associado ou investimento em ações e demais títulos financeiros, sem obter o controle das operações.
Enquanto ambos podem ser proveitosos para as nações em desenvolvimento, visto que contribuem para a sua evolução, costuma ser mais preferível que seja feito o investimento direto.
Isto ocorre pois o investimento em portfólio costuma ser muito mais volátil. Essas oscilações, quando abruptas, podem causar crises financeiras.
Fluxo de pessoas
Embora este seja um fenômeno muitas vezes associado ao globalismo (mais sobre o globalismo a seguir), muitos indicam o fluxo de pessoas como uma consequência direta da globalização.
O fluxo de pessoas, de início, ocorria mais entre países já desenvolvidos.
No entanto, o maior fluxo recente tem se dado a partir dos países subdesenvolvidos, rumo aos países mais desenvolvidos.
Este fluxo é realizado, sobretudo, por pessoas em busca de melhores condições de trabalho e de qualidade de vida em geral.
Isto em alguns países têm causado crises imigratórias e sociais.
Fluxo de informação e tecnologia
Este é um dos principais benefícios da maior integração global.
Atualmente a informação flui quase que instantaneamente sem barreiras.
Inovações tecnológicas criadas em um país podem ser rapidamente implementadas pelos demais países, e isto contribui para o aumento da produtividade da economia mundial.
Diferença entre globalização e o globalismo
É importante diferenciar o conceito de globalização do conceito de globalismo.
Muito embora estes, em alguns casos, caminhem lado a lado, a realidade é que são dois aspectos distintos.
Inclusive, muitas pessoas que são a favor da globalização são contra o globalismo. Assim como o inverso também pode ocorrer.
Já foi explicitado no texto do que se trata a globalização. Portanto, qual seria a ideia por trás do globalismo? E quais a suas diferenças com o fenômeno da globalização?
O globalismo é muito mais focado no aspecto político do que no aspecto econômico. Enquanto que o oposto pode ser dito sobre a globalização.
O globalismo foca na criação de regras e burocracias supranacionais. Ou seja, criar parâmetros nos quais todos os países devam se submeter.
Este conceito se materializa na criação de instituições que visam estabelecer estas regras a serem seguidas.
Quais seriam, dessa forma, exemplos de instituições que representam o globalismo?
Na atualidade, duas são as entidades que mais fielmente representam a ideia deste conceito, são elas:
- ONU
- União Europeia
ONU
A ONU é a Organização das Nações unidas.
Ela surgiu para substituir a Liga das Nações, criada após a Segunda Guerra Mundial com o intuito de promover a paz ao redor do mundo.
A ONU, embora influencie em assuntos econômicos, tem a sua atuação focada em aspectos políticos e sociais.
Por isso, pode-se dizer que esta é uma instituição que representa os propósitos do globalismo.
Existem muitas pessoas a favor do livre comércio (globalização), que são criticas às atuações da ONU.
União Europeia
A União Europeia (UE) teve o seu surgimento com o objetivo de ser uma instituição que defende o atual propósito da globalização: O livre comércio.
Esta instituição tem base na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que era, em sua base, um acordo pelo livre comércio.
Este acordo foi estabelecido por 6 países membros, e definia a livre circulação do aço, carvão e ferro entre os países participantes.
Ao longo de todos estes anos, porém, a União Europeia passou a ter um papel tão importante no aspecto político e social quanto na economia.
Prova disso é a existência de um parlamento próprio, e de regras comuns a respeito da imigração.
A UE, no entanto, recebeu muitas críticas pela sua influência nesses aspectos. Levando à insatisfação de alguns países membros e a uma crise na instituição.
O auge dessa crise se deu na decisão do Reino Unido de deixar o bloco europeu.
O Reino Unido, contudo, apresenta uma série de dificuldades de deixar o bloco, uma vez que deseja manter os seus privilégios econômicos.
Isto ilustra como, embora globalismo e globalização sejam conceitos distintos, muitas vezes caminham lado a lado.
Críticas em relação ao processo de integração global
Entre os principais pontos negativos do processo, os críticos costumam destacar:
- Benefícios desiguais
- Especulação financeira
- Exploração da mão de obra
- Imigração em massa
- Crises financeiras mundiais
Será destacado aqui os principais pontos mais comuns às críticas em relação ao mundo globalizado.
Benefícios desiguais
Muitos críticos apontam que, embora os benefícios da integração econômica mundial sejam inegáveis, eles são extremamente desiguais.
Apontam, principalmente, que estes benefícios favorecem mais os países já desenvolvidos.
Na situação da produção do iPhone, por exemplo, o maior valor agregado fica, sem dúvida, para a Apple. Empresa que se situa no país mais desenvolvido de todos os envolvidos no processo de produção.
Um contraponto a este argumento muitas vezes apresentado, é de que estes países, por terem a produção de maior valor agregado, merecem receber um maior benefício.
Muitos indicam também que há um processo o qual os países subdesenvolvidos passam até chegarem ao ponto de ter a mesma tecnologia e conhecimento dos países desenvolvidos, e assim poderem usufruir de benefícios similares.
Especulação financeira
A especulação financeira está relacionada ao aspecto do fluxo de capital ocasionado pela globalização.
A abertura dos mercados mundiais trouxe grandes benefícios à diversificação de investimentos e surgimento de novas oportunidades de aplicação.
No entanto, isto também deu margem para o crescimento da especulação financeira.
A especulação financeira muitas vezes pode atrapalhar a elaboração de uma política econômica para o país.
Alguns países, como a Grécia e a Islândia, sofreram graves crises financeiras nas quais a especulação teve um papel.
Obviamente, as crises também se deveram às ingerências econômicas dos próprios países.
Exploração da mão de obra
Na busca por produzir em locais com os menores custos possíveis as empresas deslocam as suas fábricas para países com baixo custo de mão de obra.
Em alguns desses países, no entanto, existem relatos de explorações.
Tais como: condições de trabalho inadequadas, jornadas de trabalho demasiadamente longas e trabalho infantil.
Imigração em massa
Embora este seja um fator que conceitualmente é mais relacionado ao globalismo do que à globalização, não há como negar que a globalização o afeta.
A imigração em massa causa em algumas locais crises sociais de complexidade elevada.
Crises financeiras mundiais
Em uma economia interligada problemas financeiros de países específicos acabam se tornando problemas globais.
A maior prova disso foi a crise financeira global de 2008.
A crise se iniciou através de um problema com os financiamentos imobiliários dos EUA. No entanto, a sua repercussão foi global.
Como os EUA, a maior economia do mundo, foi duramente afetado, todos os demais países acabaram sentindo a crise. Afinal, os EUA e suas empresas têm negócios com quase todos os países, direta ou diretamente.
Assim, embora alguns mais e outros menos, todos os países acabaram por sentir os efeitos desta crise financeira.
Até mesmo o Brasil que passava por um período de forte crescimento viu a sua economia estagnar.
A globalização e os seus investimentos
A globalização representou um ótimo avanço para os investidores.
Sejam para aqueles que investem diretamente ou para os investidores de portfólio.
Fato é que, com o avanço da tecnologia, qualquer um pode se associar aos grandes empreendimentos globais.
Muitas pessoas pensem que no Brasil não é possível comprar ações de empresas americanas. No entanto, isto é um engano.
Através dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts) é possível investir em inúmeras empresas ao redor do globo.
BDRs são ativos negociados no Brasil que representam as ações de empresas com sede fora do país.
Através deste mecanismo é possível se associar a empresas como:
- Apple
- Netflix
- Amazon
- Walt Disney
O investidor, inclusive, também tem o direto do recebimento de dividendos, assim como se tem ao investir em ações brasileiras.
Os BDRs são, inclusive, uma ótima forma de diversificar os seus investimentos.
Uma vez que esses ativos são negociados em moeda forte, quando o real desvaloriza, esses ativos tendem a valorizar.
Portanto, é um mecanismo considerado inteligente de proteção dos seus investimentos no Brasil.
Ainda mais se levando em consideração que crises financeiras no Brasil acontecem com maior recorrência do que em países já mais desenvolvidos.
Estas crises financeiras tendem a fazer justamente com que o real perca valor, e o dólar e outras moedas fortes, como o euro, ganhem valor perante o real. Isto ocasiona na valorização dos BDR’s.
Além do benefício da diversificação cambial, investir em BDR’s se faz um bom negócio, pois fora do Brasil há empresas com características diferentes das que existem no país.
Por exemplo: Não há, no Brasil, nenhuma empresa listada em bolsa com características nem mesmo semelhantes ao Facebook. O mesmo pode ser dito de outras empresas estrangeiras, como a Walt Disney.
Conclusão sobre a globalização
Fica de fácil entendimento perceber que, não fosse a globalização, dificilmente a humanidade se encontraria no grau de desenvolvimento em que se encontra nos dias de hoje e, por consequência, provavelmente o mercado de capitais e os processos de investimentos entre os mais variados países talvez não apresentassem a desenvoltura que possuem atualmente.