Gerenciador Financeiro: 5 dicas para gerenciar melhor suas finanças

Cuidar das próprias finanças, sejam elas pessoais ou empresariais, é um desafio que pode ser facilitado com o auxílio de um gerenciador financeiro. Isto pode não estar nos livros sobre investimento, mas pode ajudar muito.

Com muitas opções diferentes do mercado, é importante escolher qual gerenciador financeiro mais se adequa ao gosto do cliente, para ser realmente eficaz.

O que é um gerenciador financeiro?

O gerenciador financeiro, que pode ser pessoal ou para empresas,  é um programa ou aplicativo que auxilia seus usuários no controle do seu dinheiro. Assim como uma planilha de gastos, esta ferramenta pode te mostrar quais são as suas principais despesas, com a vantagem de ser automatizado.

Nesse sentido, um bom gerenciador financeiro precisa conseguir se adaptar ao seu processo financeiro, ou propor um processo prático, caso você ainda não tenha definido a gestão de suas atividades ainda.

No caso de um gerenciador financeiro pessoal, o principal objetivo é ajudar o indivíduo a controlar melhor suas finanças pessoais. Para isso, o programa deve oferecer auxílio ao usuário na hora de anotar os gastos, planejar orçamento, entre outras tarefas.

Já quando falamos de um gerenciador financeiro para empresas, o programa ou aplicativo deve ser ainda mais completo, com ferramentas que ajudem o empresário a administrar variáveis das finanças corporativas que não são cruciais no âmbito pessoal.

Apesar de cada empresa ser diferente e possuir um processo único, existem alguns passos presentes em toda gestão financeira, cujos quais o gerenciador financeiro empresarial deve ajudar a gerenciar.

6 Dicas de gerenciamento financeiro

1. Tenha uma planilha de gastos

Uma das dicas mais importantes sobre gerenciamento financeiro é ter a uma planilha de controle financeiro. Esse recurso vai te ajudar a controlar suas contas, a partir daí fica mais fácil ter uma visão geral das entradas, saídas, possíveis dívidas, entre outras informações relevantes.

Com o panorama geral em mãos,  é possível traçar estratégias para saldar dívidas, economizar, poupar e, por fim, começar a  investir.

Contudo, nem sempre fazer um bom controle das finanças é uma tarefa fácil. O Aperto financeiro e o acúmulo de dívidas é uma realidade na vida da maior parte dos brasileiros.

Nesse cenário, ter uma boa planilha de gastos pode ser uma ótima saída para evitar problemas financeiros.

A Planilha é bem simples e intuitiva, o que facilita o uso por qualquer usuário. Ademais, ela está dividida em três parte, a saber:

  • Receita: todo e qualquer dinheiro recebido pela pessoa, incluindo renda proveniente de salário fixo ou de investimentos extras.
  • Despesa: aqui devem estar explícitos todos os gastos das pessoas, desde contas fixas como aluguel, até a compra de pequenos objetos.
    • Fixa – Despesas que são necessárias, acontecem regularmente e não há uma grande amplitude de variação de valor.
    • Variável – Despesas que acontecem com menos regularidade que a fixa, os valores oscilam mais e que podem sofrer uma ação de controle de gastos em cima mais efetiva.
  • Resultado: nessa parte é realizado o cálculo das Receitas menos as Despesas para saber qual é a situação final das contas e como poderá ser investido possíveis sobras..
  • Investimentos – essa é uma parte extra da planilha – nessa parte de investimentos é mostrado como o capital está sendo aplicado, se ocorreram perdas ou ganhos. Os ganhos devem ser inseridos nas receitas.

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2. Controle todos os seus gastos mensalmente

É muito importante conhecer cada aspecto das suas contas. Nesse sentido, uma das primeiras coisas, quando se pensa em gerenciar as finanças é anotar todos os gastos fixos ou não.

Por menor que seja, qualquer gasto deve ser anotado, pois gastos pequenos vão se somando e tornando-se relevantes e acabam fazendo com que as pessoas não consigam controlar bem os seus gastos.

Por exemplo: gastos com cafezinhos, transporte público e compras online devem entrar nesse cálculo. Entretanto, muitas vezes eles ficam de lado.

Assim, será  possível ter uma ideia clara de como se está gastando o dinheiro e, traçar planos para começar a economizar e cortar gastos supérfluos.

De fato, muitas pessoas veem, nessa fase, que acabam gastando dinheiro com muitas coisas superficiais. Isso já pode ajudar a economizar um pouco e ter mais dinheiro para usar com coisas mais úteis.

Além disso, muitas pessoas observam que algumas contas estão muito altas e que isso pode ser algum problema de vazamento de água, ou de aparelhos que ficam muito tempo ligados, por exemplo. Conhecer isso pode ajudar a gastar menos.

3. Crie metas financeiras

O Orçamento é uma parte importante para planejar e controlar as despesas. E tão importante quanto o orçamento é entender a finalidade desse controle financeiro: qual bem se deseja adquirir, qual métrica financeira é mais importante, etc.

Pense em quais são seus objetivos, por exemplo, economizar mais, investir mais, enfim, e trace um orçamento que o ajude a atingir sua meta.

De fato, tudo isso dependerá das condições de cada um: alguns irão preferir pensar no longo prazo e na independência financeira. Por outro lado, outros podem preferir investir pontualmente para uma viagem ou para comprar um carro.

Vale notar também que não há métrica financeira mais certa ou mais errada: alguns podem estar satisfeitos com uma casa e um carro, e outros podem estar satisfeitos apenas com milhões na conta.

É importante, no entanto, ser realista em relação às despesas. Não planeje investir mais do que pode, ou cortar gastos essenciais. Quanto mais objetivo e simples for seu orçamento, maior as chances de conseguir segui-lo.

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4. Poupe parte da renda

Além de conhecer detalhadamente as contas, é preciso começar a desenvolver o hábito de poupar. Para isso é preciso gastar menos do que se ganha.

De fato, isso é tão importante que o clássico livro “O Homem Mais Rico da Babilônia” criou o termo “pague-se primeiro”, indicando que uma pessoa deve primeiro poupar uma parte para os seus investimentos e depois pagar aos seus devedores.

Ainda que pareça uma dica simples, manter as despesas menores do que as receitas, nem sempre é um passo que todo mundo consegue seguir.

Isso é verdade especialmente para aqueles que gastam muito no cartão de crédito e, com isso, perdem o controle de suas finanças.

Sem conseguir poupar, as contas podem sair do controle, sobretudo diante de imprevistos como doenças, acidentes e desemprego.

Nesse contexto, as pessoas costumam recorrer a empréstimos e cheque especial, o que pode prejudicar todo o planejamento feito.

Contudo, com um bom gerenciamento é possível manter as contas sob controle, evitando, assim, a necessidade de recorrer a alternativas prejudiciais às  finanças.

Nesses momentos, saber poupar pode ser uma diferença fundamental. Por isso, se preparar nos momentos de mais calma tende a fazer com que os momentos financeiros difíceis sejam mais simples.

5. Faça uma estratégia para o dinheiro poupado

Depois de poupar, é necessário pensar em uma estratégia para o dinheiro. Trace uma meta, que seja sensata, e comece a definir estratégias para alcançá-las.

Como esse passo costuma abranger um prazo maior, é importante considerar variáveis com relação ao tempo, como: custos, inflação, cenários para o futuro e taxa de juros.

Assim, levando em conta essas variáveis, é mais fácil ter um controle maior sobre seus investimentos e entender como eles se comportam diante de vários cenários econômicos diferentes.

Cada um desses fatores tem influência sobre determinados tipos de investimento. Nesse sentido, avaliar cada um dele pode te ajudar montar uma estratégia que te permita atingir seus objetivos de maneira mais simples e rápida.

Vale notar que cada pessoa tem sua estratégia e não há, necessariamente, uma estratégia melhor do que a outra: é preciso se conhecer primeiro e ver qual estratégia se adapta melhor à sua realidade.

Por exemplo: Ray Dalio, o maior gestor de fundos do mundo, aloca seu capital em diversas classes de ativo, como ações, renda fixa, criptomoedas e ouro.

Por outro lado, Warren Buffet, um dos maiores stock pickers da história, prefere alocar seu dinheiro apenas em ações.

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6. Invista mensalmente

Uma vez definidas as estratégias para o dinheiro poupado é hora de começar a montar uma estratégia de investimento. É muito importante começar a investir o quanto antes, pois o tempo tem bastante impacto sobre os resultados.

Portanto, estude o bastante sobre os produtos disponíveis no mercado. Além disso, faça uma análise sobre si mesmo. Cada um, diante dos objetivos, situação financeira, idade, tolerância ao risco, entre outros fatores, tem um perfil de risco, que pode ser:

  • Conservador – Investidores com esse perfil estão dispostos a correr menos risco. Se o risco for zero, então, perfeito. Nesse cenário eles costumam aplicar a maior parte do capital em renda fixa, afinal é preferível garantir uma rentabilidade baixa a não ter nenhuma rentabilidade.
  • Moderado – investidores moderados estão no meio do caminho entre os conservadores e os arrojados. Em geral, a carteira desses investidores é um pouco mais diversificada, incluindo produtos de renda fixa e variável. Contudo, sua tolerância ao risco também é baixa.
  • Arrojado ou Agressivo – Esses são os investidores que mais estão dispostos a correr riscos em busca de maior rentabilidade. Em geral, eles são mais preparados para lidar com as flutuações do mercado. No entanto, para operar como um investidor desse perfil, é aconselhado ter um alto nível de conhecimento sobre o mercado.

2 Funções do gerenciador financeiro

Basicamente, o processo financeiro de uma empresa contempla dois passos:

  1. Controle financeiro;
  2. Análise de movimentações financeiras.

Controle financeiro

O controle financeiro de uma empresa possui três partes: controle de cobrança, controle de recebimento e controle de gastos. Vamos falar resumidamente de cada um desses pontos.

Controle de Cobranças

O processo de cobranças não é e nunca fácil, sobretudo para as pequenas e médias empresas. Em geral, esse processo contempla muitas etapas, incluindo: enviar cobrança, lembrar o cliente de pagar, verificar se a conta foi paga, enviar cobrança com valor atualizado, negociar pagamento, entre outras coisas.

Todo esse processo é muito trabalhoso, mas é essencial. Em alguns casos, um pagamento atrasado pode comprometer todo o fluxo de caixa da empresa. Naturalmente, diante das dificuldades geradas pelo processo, surgiram empresas especializadas em cobranças.

Porém, apesar de ser complicado, com um bom gerenciador financeiro é possível tornar o controle de cobranças mais simples. No mercado existem várias opções de gerenciadores, assim, o usuário deve buscar um que seja simples e se adeque às suas necessidades.

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Controle de recebimentos

Depois do processo de cobrança começa uma nova etapa: o controle de recebimentos.  Pode parecer simples, mas não se trata apenas de conferir as contas da empresa, ver quem pagou e atualizar o fluxo de caixa.

O bom gerenciador financeiro deve ser capaz de oferecer aos usuários respostas relacionadas a outras questões,  como:

  • Quanto tempo a empresa demora para receber de um cliente?
  • É possível fazer parcelamento de vendas?
  • Quanto de recebimento parcelado é necessário receber?

Para ajudar a responder essas questões, uma boa ferramenta pode ser o fluxo de caixa. O gerenciador financeiro precisa estar, de preferência, integrado ao sistema de controle de cobranças para que os dados estejam sempre atualizados.

Controle de gastos

Com os dois primeiros passos realizados, a próxima etapa é investir o dinheiro.  Para ter noção de como o dinheiro está sendo investido é preciso diferenciar e agrupar as movimentações.

Nesse sentido, o gerenciador financeiro empresarial precisa oferecer ferramentas para que as movimentações sejam divididas em categorias e centro de custos.

Análise de movimentações financeiras

Por fim, um gerenciador financeiro precisa oferecer relatório de análises simples e acessíveis, de preferência com facilidade de acesso em qualquer lugar.  Nesse caso, ter um gerenciador financeiro online pode ser uma grande vantagem.

Em alguns momentos, o próprio Excel tem funções como gerenciador. Existem diversos modelos de planilhas disponíveis na internet que fazem as funções de gerenciador. No entanto, outras opções podem ser mais fáceis de usar.

Um bom gerenciador deve ser capaz de fazer combinações de filtros. Além disso, busque por um programa que ofereça opções de relatórios resumidos, para os momentos mais corridos e também relatórios mais detalhados que permitam uma análise mais completa sobre as finanças da sua empresa.

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Gerenciador financeiro pessoal

Não faz muito tempo, os bloquinhos de papel e os cadernos eram as principais ferramentas das pessoas que buscavam se organizar financeiramente. Mas, com a evolução da tecnologia, estes foram sendo gradualmente substituídos por planilhas do Excel, por exemplo.

Atualmente, este bastão foi passado para o gerenciador financeiro. Por meio de aplicativos instalados nos smartphones, é possível ver de forma clara e ilustrada quais têm sido os gastos deste contribuinte.

Alguns destes gerenciadores financeiros puxam os dados das saídas e entradas de dinheiro diretamente da conta bancária. Claro que, para isso, é preciso que o cliente autorize esta função, inserindo a senha de visualização das movimentações bancárias no aplicativo.

Com isso, cada gasto pode ser visualizado pelo usuário. Mas não apenas como um extrato bancário. Há gráficos que mostram os gastos de cada segmento. Ou seja, no mês que o usuário gastou mais com alimentação, este fato constará no gráfico referente ao período.

Por ser automatizado e não depender mais que o próprio usuário insira o que gastou em uma lista ou planilha, os dados presentes no gerenciador financeiro são mais precisos.

Alguns destes aplicativos ainda oferecem a opção de pagar todas as contas por meio dele. Desta forma, a administração dos boletos que não estão em débito automático fica mais fácil.

Um bom exemplo, desses aplicativos é o gerenciador financeiro Banco do Brasil. A ferramenta disponível dentro do próprio aplicativo do banco, oferece recursos que analisam todos os gastos do usuário a partir o banco, traçam perfil de consumo e permitem que os usuários realizem seus orçamentos.

Porém, o Banco do Brasil não é o único que oferece esse tipo de ferramenta. Os usuários de outros bancos também podem ter acesso aos mesmos recursos. Quem tem conta na caixa, por exemplo,  também possui seu próprio gerenciador financeiro Caixa.

Contudo, esses gerenciadores tem alguns problemas, eles são limitados apenas para os usuários do banco e não conseguem automatizar gastos em outras contas.

Mas isso não é um problema sem solução, afinal, com pouco tempo de pesquisa, é possível encontrar na internet uma opção de gerenciador financeiro gratuito que se encaixe nas suas necessidades.

Gerenciador financeiro para empresas

Quando se trata de empresa, o assunto costuma ser ainda mais sério. Um bom planejamento é essencial para o sucesso dos negócios. Quando uma empresa não têm controle, ou não tem um bom controle de suas atividades, há risco de o negócio não dar certo e ter que encerrar as atividades.

Por isso, as companhias de desenvolvimento de softwares investem constantemente em opções de programas que possam resolver problemas dos negócios. Uma destas inovações é justamente o gerenciador financeiro para empresas.

Por isso, existem no mercado diversos modelos de gerenciadores financeiros. Porém,  antes de escolher o seu, cada empresário deve fazer uma boa pesquisa sobre cada um deles, para escolher aquele que melhor se adeque às necessidades do seu negócio.

Assim como no caso do gerenciador financeiro pessoal, o intuito é ter um maior controle dos gastos do negócio. Vendido como uma solução de internet para pessoas jurídicas, o gerenciador financeiro PJ é ofertado, inclusive, por bancos tradicionais no Brasil.

O objetivo é semelhante: fazer transações financeiras, incluindo investimentos e empréstimos em um único lugar.

Há também a opção de controlar as cobranças que deverão ser feitas aos clientes (conhecido como contas a receber). Também há a programação de cartões de crédito.

Por meio do gerenciador financeiro empresarial, é possível gerar um relatório, com o fluxo de caixa do negócio, o que pode auxiliar o gestor no seu controle de gastos.

Há opções que também oferecem a possibilidade de emitir recibos, controlar projetos e estipular metas orçamentárias.

Por isso, independentemente de ser pessoa física ou jurídica, ter um gerenciador financeiro eficaz é essencial para o bom controle das finanças e para alcançar objetivos definidos.

Por isso, cada pessoa ou empresa, deve buscar o melhor aplicativo para si. Vale destacar que os gerenciadores financeiros têm a vantagem de que tudo pode ser feito online.

Assim, a pessoa física ou o empresário  de um negócio pode acessar os relatórios gerados pelo gerenciador financeiro de qualquer lugar. Delineando as  suas estratégias e conhecendo seu perfil, pode ser mais fácil montar uma boa carteira de investimentos que adeque aos seus objetivos.

PLANILHA DA VIDA FINANCEIRA

Perguntas Frequentes sobre Gerenciador Financeiro
Quais são os principais objetivos do planejamento financeiro?

O planejamento financeiro deve ser dividido em duas partes: planejamento de longo prazo; e planejamento de curto prazo.

Para que serve o orçamento empresarial?

O orçamento empresarial visa analisar e avaliar os lucros, custos e aquisições de um negócio. A partir desses dados é possível estabelecer metas e objetivos para o longo prazo. Além disso, esses dados podem ajudar na análise e comparação de resultados em outros períodos, e assim definir quais reações devem ser tomadas para corrigir possíveis erros.

Qual a importância do planejamento financeiro para as atividades corporativas?

Quando um  planejamento financeiro é feito de maneira correta, ele pode ajudar o empreendedor a estabelecer as metas financeiras estratégicas de curto e longo prazo para alcançar os objetivos do seu negócio. Além disso, o planejamento também pode ser e servir como base para a tomada de decisões para permanecer no caminho certo.

O que faz a controladoria financeira de uma empresa?

A controladoria financeira, tem como papel principal controlar toda movimentação financeira da empresa. Além disso, esse ramo da administração tem objetivo de definir quanto de capital há disponível para tipo de atividade, auxiliando, assim, na tomada de decisões estratégicas da empresa.

Como escolher um bom gerenciador financeiro?

Como dito antes, é muito importante escolher um aplicativo completo e  que seja adequado ao perfil do usuário. Assim, será possível obter experiências e resultados mais satisfatórios.

ACESSO RÁPIDO
Tiago Reis
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