Fusão de empresas: Aprenda os segredos da arte de unir negócios
Você já ouviu falar de fusão de empresas? Essa é uma prática comum nas empresas de capital aberto.
Então, a fusão de empresas é quando duas companhias diferentes unem as suas operações, resultando daí uma nova companhia.
Por exemplo, se antes tínhamos duas empresas, ABC e XYZ, a partir da fusão teremos uma companhia com uma nova demoninação. Digamos que fosse KLM.
Ou seja,
Empresa ABC + Empresa XYZ = Empresa KLM.
Um dos conceitos importantes é o de sinergia. É a ideia de que 1+1 = 3. Mas como assim? A lógica é que o valor intrínseco das empresas após a fusão será maior do que a soma das partes antes da operação.
Costumam existir quatros tipos básicos de fusão:
- Conglomerado
- Extensão de mercado
- Horizontal
- Vertical
Mas antes de vermos quais são os tipos, é importante entender porque as fusões ocorrem. Basicamente, as empresas desejam aumentar os lucros, a rentabilidade e melhorar as margens.
Ou seja, alguns motivos comuns para unir negócios são:
- Ganhar participação de mercado
- Expandir para novos territórios
- Conseguir economias de escala
Portanto, vamos ver agora cada um dos tipos de fusões com mais detalhe.
Fusões para formar conglomerado
Nas fusões do tipo conglomerado, duas empresas que fornecem produtos diferentes se unem. Claro que essa operação deve fazer sentido para os acionistas de ambas empresas, de acordo com o conceito de sinergia que explicamos anteriormente. E um dos racionais para esse tipo de união é a possibilidade de ambas empresas acessarem um número maior de clientes e demografias ou então complementarem entre si a prateleira de produtos e serviços.
Aqui no Brasil, podemos citar a fusão da BM&F Bovespa com a Cetip em 2017, formando a bolsa de valores B³ como exemplo de empresas que atuavam em nichos de mercado complementares. Ou seja, com foco em ações e renda fixa, respectivamente.
Fusões para expandir o mercado de atuação
Neste tipo de fusão, as empresas fornecem os mesmos produtos ou serviços, mas o público de cada companhia é diferente. Por exemplo, os clientes de uma companhia são do estado de São Paulo e os da outra de Minas Gerais. A lógica aqui é conseguir acessar um mercado consumidor maior.
Um exemplo de uma união desse tipo foi a fusão do Eagle Bancshares com o RBC Centura, em 2002.
Fusões horizontais
Por outro lado, neste tipo de fusão temos dois competidores diretos que desejam se unir para ganhar escala e participação de mercado, fortalecendo a posição competitiva do novo negócio. Um exemplo foi a fusão da Daimler-Benz com a Chrysler, em 1998.
Fusões verticais
Por fim, nas fusões verticais temos companhias atuando dentro de um mesmo setor, mas em estágios diferentes da cadeia de produção. Como exemplo, podemos citar um fornecedor de grãos se unindo com um produtor de alimentos. Ou um distribuidor de produtos se fundindo com o varejista.
Uma das razões principais para esse tipo de fusão é diminuir os custos e aumentar as receitas.
Por exemplo, um fabricante de automóvel que comprasse uma fábrica de pneus, poderia reduzir o custo de pneus e ainda por cima vender esses pneus para outros competidores.
Mas nem sempre esse tipo de fusão é bem sucedida. Um exemplo famoso de uma empresa que não deu certo foi a fusão da AOL com a Time Warner, em 2000.
Conclusão sobre fusão de empresas
É importante avaliar as fusões de empresas sob a ótica da geração de valor ao acionistas e a conquista de sinergias. Muitas vezes, operações desse tipo são feitas somente por interesses dos executivos, que muitas vezes são remunerados de acordo com o tamanho da empresa. Ou seja, é preciso entender os vários tipos de fusões e verificar se de fato, as uniões de negócios fazem ou não sentido para o acionista.