Nesta semana, teremos a nossa tradicional Live com perguntas e respostas. Obviamente, vamos trazer uma atualização de questões envolvendo MFII11 e, logo na sequência, abordaremos assuntos diversos sobre o mercado de fundos imobiliários.
Link Direto para a Live (26 de jul/18 às 21h):
Chegamos ao final de nossa saga: fazer um comparativo entre resultados históricos de alguns FIIs com o principal índice da bolsa brasileira (IBOV).
Até aqui, estou certo de que muitos de vocês puderam ter surpresas, positivas ou negativas, mas que de alguma forma puderam visualizar melhor como os investimentos imobiliários podem fazer parte dentro de uma carteira previdenciária.
Vamos lá.
A nossa última missão é pegar fundos com longo histórico de diversos setores e cruzar com o IBOV.
De imediato, alguns podem dizer que não é uma comparação justa.
Até posso concordar, mas foi inclusive pedidos feitos de alguns investidores que acompanham a coluna do Fiikipedia e pediram que fosse realizada esta comparação até como viés de confirmação.
Inicialmente, vamos combinar o seguinte:
Para “todos” os gráficos, as CORES serão conforme descritas abaixo, e o ano-base da comparação vai depender do lançamento do fundo.
- AZUL – FII
- LARANJA – IBOV
A primeira comparação será com o fundo FLMA11 que tem parte do seu portfólio alocado em lajes corporativas e a outra parte arrendada a um hotel. (gráfico desde 2004).
Olha só agora quando comparamos com um puro sangue de Flats / Hotéis (HTMX11), que tem em seu DNA uma consultoria direcionada a operar o setor de hotelaria com a prática da gestão ativa (gráfico desde 2008).
Vejamos agora com um dos fundos mais antigos de shoppings centers do mercado, HGBS11, que tem 08 operações em seu portfólio além de contar com a prática de gestão ativa. (gráfico desde 2008)
Um dos fundos mais tradicionais do mercado, que inclusive tem a participação direta de sua estruturação através do nosso amigo Sérgio Belleza (EURO11). Este fundo tem galpões logísticos localizados em SP e RJ, além de uma Torre para testes de Elevadores (gráfico desde 2003).
Vamos ver como fica agora quando trazemos um fundo de lajes corporativas (FFCI11), que é ainda o principal segmento listado, lembrando que este fundo é multi portfólio com participações em ativos localizados em SP e RJ (gráfico desde 2004).
Observe este caso em relação ao Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11), que mesmo passando por muitas dificuldades no que se refere a sucessivas revisionais em seus aluguéis, o resultado mesmo assim foi acima do IBOV com bastante folga (gráfico desde 2006).
Perceba que curioso: mesmo quando selecionamos um FII que tem um problema crônico de vacância nos últimos anos e, outra já anunciada a qual deverá elevar as áreas vagas para perto de 100%, mesmo assim, o resultado é surpreendente a favor do fundo (BBFI11B). Vale lembrar que este é um fundo que possui 02 prédios corporativos alugados para o Banco do Brasil, sendo um deles em Brasília e o outro no RJ.
Vamos ver agora como fica o resultado com um fundo de papel (CRIs), lembrando que FEXC11 iniciou suas atividades em 2010 e é um dos que tem maior histórico dos listados na B3, salve engano.
Outra exceção é o FAED11 que também iniciou em 2010, portanto, assim como FEXC11, não tem histórico superior a 10 anos. Todavia, trouxe aqui também a comparação para que possamos fechar o artigo.
Veja que os FIIs venceram em todos os cruzamentos.
Vocês podem até pensar que eu escolhi propositalmente as opções. Na verdade, o critério que usei foi buscar ativos com mais de 10 anos (exceções para FEXC11 e FAED11) e que fossem mais “conhecidos” no mercado.
Mas fica o DESAFIO: se vocês quiserem outras opções, desde que o critério seja FIIs com mais de 10 anos (ou próximo disto), eu posso fazer os gráficos e apresentá-los na próxima semana.
Por favor, deixe o pedido de FII desejado nos comentários desse artigo!
A conclusão é simples direta: Fundo Imobiliário é um instrumento que pode ser considerado em um portfólio diversificado.
Espero que tenham gostado e até a próxima semana.
FONTE: Todos os gráficos foram gerados na plataforma da Economática e consideram o retorno total (cota + rendimentos) de cada um dos ativos apresentados.