Fundo de Aposentadoria Programada Individual: entenda como funciona
Pensar no futuro e fazer um planejamento financeiro é fundamental para todos que desejam se aposentar sem depender do INSS. Por isso, o Fundo de Aposentadoria Programada Individual é justamente uma das opções para quem não quer ficar na mão do regime público.
Por tanto, a aposentadoria deveria ser uma das preocupações de qualquer pessoa, independente da idade. Mas para isso, é essencial conhecer o Fundo de Aposentadoria Programada Individual e entender se vale a pena aderir.
O que é Fundo de Aposentadoria Programada Individual?
O Fundo de Aposentadoria Programada Individual, conhecido pela sigla Fapi, é um programa que tem como objetivo acumular dinheiro com o foco na complementação da renda após um longo período. Os valores são feitos por aporte do próprio beneficiário.
O Fundo de Aposentadoria Programada Individual foi criado em 1997. Apesar de ainda ser oferecido por alguns bancos, perdeu espaço para os planos de previdência privada, como o PGBL e o VGBL.
Como funciona o Fundo de Aposentadoria Programada Individual?
O Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) funciona como um fundo de investimento tradicional. Ou seja, os recursos dos cotistas são investidos no mercado financeiro.
Para que o objetivo seja alcançado, um gestor ou administrador fica responsável por cuidar do patrimônio e decidir de que forma o dinheiro será aplicado. Dessa forma, quem investe em um Fapi está comprando cotas desse fundo e não os ativos diretamente.
Esse fundo não estabelece um período de contribuição mínimo. Na hora de declarar o imposto de renda, os aportes são dedutíveis até o limite de 12%.
E assim como outros produtos de previdência, o investidor deve optar por um dos dois regimes de tributação do valor de resgate:
- Tabela progressiva: alíquota de imposto ligada ao montante de lucro. Os resgates terão os mesmos descontos aplicados na tabela do IRPF, podendo chegar a até 27,5%.
- Tabela regressiva: mais indicada para investidores de longo prazo. Alíquota de imposto de renda vai caindo. Começa em 35% para retiradas em dois anos e chega a 10%. Esse último valor é para caso o dinheiro fique por 10 anos no fundo.
Qual a diferença entre Fapi, PGBL e VGBL?
Esses três tipos de previdência têm algumas semelhanças, como a tributação do valor do resgate, explicada anteriormente.
Quanto às diferenças, importante notar que o Fundo de Aposentadoria Programa Individual não possui taxa de carregamento. Essa tarifa, cobrada em planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), pode ter impacto na rentabilidade.
Outra diferença é em caso de morte do titular do investimento. O Fapi não possui benefício sucessório. Dessa forma, os recursos aplicados farão parte do inventário e estarão sujeitos a outras taxações referentes a partilha.
O PGBL e o VGBL, por outro lado, têm características de seguro e os recursos são transmitidos sem passar por inventário.
Ainda no caso do VGBL, não há abatimento no imposto de renda, diferentemente do Fapi. Dessa forma, ele é mais indicado para quem não declara IRPF por ser isento.
É sempre bom lembrar que uma ótima forma de garantir renda passiva no futuro é montar uma carteira previdenciária composta por ações e fundos imobiliários. No longo prazo, investir em renda variável é a melhor forma de obter retornos e a independência financeira.
Diante de todas essas características, se você está planejando a vida financeira para daqui a alguns anos, fique atento. Avalie com atenção se o Fundo de Aposentadoria Programada Individual é uma alternativa viável e que atende as necessidade de agora e do futuro.