Fraudes contábeis: como funciona esse tipo de manipulação
Há empresas usam de artifícios ilegais, as fraudes contábeis, para inflar as demonstrações fiscais e apresentarem para o mercado dados mais favoráveis, como possuir um lucro líquido maior que o real.
Em geral, fraudes contábeis trazem grandes prejuízos financeiros, legais e à imagem dos envolvidos.
O que é fraude contábil?
São consideradas fraudes contábeis todas as estratégias de manipular intencionalmente a contabilidade de uma empresa. Seja para inflar os ganhos para investidores, omitir informações para reduzir a carga tributária ou beneficiar terceiros. Além disso, esse tipo de prática é considerado crime.
Se em uma auditoria contábil ficar comprovada a contabilidade fraudada, a empresa pode ter as finanças prejudicadas e os gestores envolvidos podem ter que responder criminalmente.
Isto é, quando há suspeitas e indícios de que uma empresa comete fraudes contábeis é feita uma auditoria externa. Se comprovada a fraude, um processo contra a empresa é aberto pelos órgãos de fiscalização.
Para evitar que a contabilidade fraudada, muitas empresas criaram comissões internas para auditoria das suas contas.
Além disso, a lei anticorrupção de 2013 prevê uma série de punições para as empresas que infringirem os princípios contábeis brasileiros. Algumas das penalidades são:
- Multa de até 20% no valor de faturamento da empresa
- Devolução do valor obtido com a fraude
- Suspensão das atividades da empresa
- Fechamento da empresa
- Proibição de receber incentivos fiscais, doações ou empréstimos de órgãos públicos
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Exemplos de fraudes contábeis
Todas as demonstrações fiscais feitas com base em documentos com erros premeditados são considerados fraudes. Mas há uma série de artifícios que as empresas usam na contabilidade fraudada.
Por exemplo, há empresas que não contabilizam a depreciação dos bens ou fazem isso com um valor normal. Isso para apresentarem aos investidores e ao mercado um patrimônio maior que o real.
Há outros exemplos para diminuir a carga tributária. Existem empresas que fraudam a quantidade de produtos em estoque para fazerem a sonegação de ICMS, por exemplo.
Mas, além desses, há uma série de exemplos de fraudes contábeis como:
- Uso de notas frias ou documentos com valores falsos para registros verdadeiros;
- Destruição proposital de documentos para dificultar uma auditoria;
- Erros propositais em cálculos para aumentar ou diminuir o faturamento da empresa;
- Omissão ou a inserção em duplicidade de lançamentos para manipular as demonstrações da contabilidade;
As estratégias para fraudar a contabilidade são usadas conforme o propósito da empresa. Isto é, algumas vezes o propósito é omitir informações e pagar menos impostos. Outras, é impressionar acionistas e o mercado financeiro com os resultados.
Casos de fraudes contábeis
Algumas empresas e gestores ficaram negativamente famosos após a identificação de fraudes contábeis. Empresas como a Lehman Brothers e Enron Corporation são alguns dos casos mais notórios.
A Lehman Brothers foi um dos maiores bancos dos Estados Unidos. Durante a Crise do Subprime foi descoberto que o banco tinha “escondido” US$ 50 bilhões em ativos. A Lehman Brothers, faliu pouco depois.
A Enron Corporation foi descoberta por esconder bilhões de dólares em dívidas, em 2001. Em um ano, a empresa de energia teve o valor da ação despencando de US$ 90 dólares para US$ 1.
Todas as empresas envolvidas em escândalos de fraudes contábeis acabam sofrendo consequências penais e do mercado. Por essa razão, auditorias internas tem se intensificado nas empresas para evitar fraudes.
Conseguiu aprender mais sobre fraudes contábeis? Se ficou alguma dúvida, escreva-a nos comentários abaixo