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Fordismo: conheça esse importante método de produção

fordismo

A prática do Fordismo teve início em 1914, mas continua vigente até hoje, sendo um termo recorrente quando o assunto é indústria.

Isso porque o fordismo revolucionou o modelo de produção e reduziu os custos de produção de qualquer produto, impactando as empresas até nos dias atuais.

O que é o fordismo?

O fordismo é uma forma de produção em massa baseada na criação de uma linha de produção. Nela, cada funcionário (ou equipe) é responsável por uma ação específica, atuando apenas em uma parte do desenvolvimento do produto final.

A técnica leva este nome em virtude do seu criador, Henry Ford, dono da famosa empresa de automotores que ainda figura entre as mais importantes deste mercado.

Assim, o fordismo consiste em um método que eleva de forma relevante a produtividade de qualquer empresa que o emprega, justamente por reduzir o tempo e a complexidade da atividade produtiva.

Como funciona o Fordismo?

A principal característica do funcionamento do Fordismo é o formato de produção. Em uma empresa que segue este método, cada funcionário fica responsável por uma parte específica da produção do material.

Ou seja, não havia necessidade de uma qualificação profissional, já que o funcionário só precisava dominar este serviço manual.

Um dos exemplos do fordismo seriam aquelas fábricas que possuem esteiras onde os produtos passam e o trabalhador é responsável por repetir o mesmo trabalho, normalmente de montagem, incontáveis vezes.

Outra característica do Fordismo é o barateamento dos produtos, tornando estes mesmos produtos acessíveis às grandes massas por conta do seu aumento nos indicadores de produtividade.

Entretanto, como consequência da diminuição do preço, os produtos também tiveram queda em sua qualidade.

O que foi o Fordismo na Revolução Industrial?

Uma das principais características do Fordismo era a divisão do trabalho em tarefas simples e repetitivas, que permitia a produção em grande escala e em menor tempo. Cada trabalhador se concentrava em uma tarefa específica e repetitiva, e o produto era transportado de uma estação para outra em uma linha de montagem.

Outra característica importante do Fordismo foi a padronização dos produtos e processos de produção. Todos os produtos eram iguais, fabricados em série, o que permitia a redução de custos e a produção em massa. Essa padronização era possível graças ao uso de máquinas e equipamentos especializados.

Além disso, o Fordismo trouxe uma grande mudança no relacionamento entre os trabalhadores e as empresas. Ford implementou o que chamou de “welfare capitalism”, oferecendo aos seus funcionários salários mais altos do que a média do mercado, jornadas de trabalho mais curtas e melhores condições de trabalho. Com isso, conseguiu diminuir a rotatividade de funcionários e aumentar a produtividade, ao mesmo tempo em que criava um mercado consumidor para seus produtos.

O Fordismo teve um grande impacto na Revolução Industrial, permitindo a produção em massa de bens de consumo em larga escala e a redução de custos. Porém, o sistema também gerou críticas por sua ênfase na produção em detrimento das condições de trabalho dos funcionários e da qualidade dos produtos.

Quais são os princípios de Ford?

As características do fordismo são baseadas em três princípios:

Em primeiro lugar, no princípio da Intensificação, a ideia é reduzir o tempo de produção e da chegada da mercadoria ao público, através de técnicas com esta finalidade. Este era o objetivo da linha de montagem.

Em segundo lugar, o princípio da Economicidade diz que, como mercadoria parada resulta em perda de dinheiro, uma das metas do fordismo era reduzir as peças em estoque ao mínimo necessário.

Além disso, era preciso reduzir o custo do produto. Por isso, uma das medidas mais famosas do fordismo foi pintar todos os carros com a mesma cor: preto.

Assim, Henry Ford costumava dizer que “o cliente pode ter o carro da cor que quiser, desde que seja preto”, isso porque a tinta preta era mais barata e secava mais rápido.

Por fim, o princípio da Produtividade afirma que, ao deixar um mesmo trabalhador executando uma função repetidas vezes, este se torna um especialista na área.

Dessa forma, ele acaba desempenhando o trabalho de forma mais eficiente do que alguém com um conhecimento e prática genérica o faria.

Quais são as características do Fordismo?

Algumas das principais características do Fordismo incluem:

  1. Linha de montagem: O uso da linha de montagem foi uma das principais inovações do Fordismo. A ideia era dividir o processo de fabricação em etapas menores e distribuir as tarefas para os trabalhadores especializados em cada uma delas, que ficavam posicionados ao longo da linha de produção.
  2. Produção em massa: Com a linha de montagem, a produção em massa se tornou possível, permitindo a fabricação de um grande número de produtos em pouco tempo. Isso permitiu que os preços dos produtos fossem reduzidos, tornando-os acessíveis a uma grande parte da população.
  3. Padronização: A padronização era essencial no Fordismo. Todas as peças e componentes dos produtos deveriam ser idênticos, para que pudessem ser facilmente substituídos ou reparados. Isso permitiu reduzir os custos de produção e aumentar a eficiência.
  4. Especialização do trabalho: Com a divisão do trabalho, cada trabalhador era responsável por uma tarefa específica, tornando-se especialista nela. Isso permitia uma maior eficiência na produção, uma vez que cada trabalhador estava focado em uma única tarefa e era capaz de realizá-la com mais rapidez e precisão.
  5. Salário elevado: Henry Ford pagava salários elevados para seus trabalhadores, uma prática incomum na época. Isso permitia que eles comprassem os produtos que fabricavam e também incentivava uma maior produtividade, uma vez que os trabalhadores se sentiam valorizados.
  6. Integração vertical: O Fordismo envolvia uma integração vertical, com a empresa controlando todo o processo produtivo, desde a fabricação das peças até a venda do produto final. Isso permitia um maior controle sobre a qualidade e os custos de produção.

Qual o impacto do Fordismo na revolução do mercado?

Na época de sua criação, o fordismo foi revolucionário. Isso porque antes da segunda revolução industrial, a produção era mais cara e demorada para a empresa.

Entretanto, quando o processo se tornou semi automatizado, a situação mudou: a indústria automobilística Ford, do empresário Henry Ford, implantada nos Estados Unidos, foi a primeira a recorrer às esteiras que levavam o chassi do carro a percorrer toda a fábrica.

O primeiro modelo produzido por Henry Ford foi o Ford Modelo T, conhecido no Brasil como Ford Bigode. Assim, cada funcionário passou a fazer parte do processo de produção do veículo. Dessa forma, quem dobrava uma chapa não tinha contato com o processo de pintura do carro em questão, por exemplo.

Na época, o investimento que a empresa tinha que fazer para adquirir as máquinas que permitiriam a adesão a este sistema era grande.

No entanto, o caro maquinário logo se pagava. Isso porque o barateamento dos produtos tornou-os mais acessíveis aos consumidores. Com isso, o número de vendas aumentou consideravelmente.

Esse aumento no lucro fez com que diversas empresas quisessem copiar o modelo de produção. Tal mudança não se limitou à indústria automobilística, mas se expandiu para todas as outras, especialmente para o setor têxtil.

O fordismo não apenas criou a linha de produção, mudou a forma de controlar o estoque da empresa. Isso porque estas informações passaram a ser registradas praticamente em tempo real.

O fordismo evoluiu, posteriormente, pelo toyotismo, modelo de sistema de produção com maior foco na qualidade do produto. Este sistema criou uma série de mecanismos de controle de qualidade para cada etapa da produção.

Qual a diferença entre Fordismo e Taylorismo?

O Taylorismo foi um sistema de gestão do trabalho iniciado no começo do século XIX. Henry Ford, idealizador do Fordismo, aperfeiçoou as ideias do Taylorismo.

O Taylorismo buscava aumentar a produtividade do operário, através da racionalização dos movimentos e também do controle de produção.

Por sua vez, o Fordismo incluiu a verticalização. A verticalização controlava desde as fontes das matérias-primas, até a produção das peças e distribuição dos seus veículos.

Assim, esse processo passou a ser implementado por muitas empresas, como o próprio McDonalds, que produz os seus próprios ingredientes. Por fim, essas são as principais diferença entre os dois métodos.

Quais são as críticas ao Fordismo?

De fato, apesar das vantagens econômicas e produtivas do fordismo, as críticas sociais ao modelo de produção são muitas.

Por exemplo, o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, que satiriza as linhas de montagem e as condições de trabalho dos funcionários destas montadoras.

Além disso, com a evolução nas linhas de produção, o fordismo passou a ser substituído pelo Toyotismo na segunda metade do século XX.

Dessa forma, o último modelo tornava a fabricação mais flexível, o que atendia melhor os desejos dos consumidores.

Por fim, você ainda tem alguma dúvida a respeito do Fordismo? Comente abaixo.

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