Fluxo de caixa pessoal: aprenda a organizar melhor suas finanças
Controlar despesas e receitas colabora muito para administrar as contas domésticas. Utilizar um gerenciador financeiro é uma opção. Todavia, realizar um fluxo de caixa pessoal pode ser simples e eficiente.
A realização de um fluxo de caixa pessoal contribui para gerir melhor investimentos e evitar endividamentos, de forma que o indivíduo consiga acumular capital ao longo do tempo e melhorar sua vida financeira.
O que é fluxo de caixa pessoal?
Fluxo de caixa pessoal é uma ferramenta para controlar todas as despesas e receitas durante um determinado período de tempo. Essa ferramenta financeira é muito utilizada no meio empresarial. Contudo, a sua adaptação para as finanças pessoais é simples.
O fluxo de caixa tem como principal função apurar e projetar o saldo disponível em conta. Dessa forma, facilita a organização do orçamento de forma que haja sempre saldo disponível para o pagamento das despesas ou então aplicar o saldo residual.
Qual a importância do fluxo de caixa pessoal?
A utilização do fluxo de caixa para o controle financeiro pessoal pode contribuir para ter um panorama completo sobre a situação financeira em questão. Além disso, essa ferramenta é útil para outras funções, como:
- Mapeamento dos gastos e receitas;
- Conhecimento do percentual de utilização da renda com cada tipo de despesa;
- Acompanhamento do nível de poupança em relação à renda.
Nas empresas, essa ferramenta também é utilizada para maximizar a rentabilidade das aplicações. Então, nesse caso é utilizado o fluxo de caixa projetado, no qual a empresa faz a provisão de despesas e receitas do período futuro.
Assim, esse tipo de fluxo de caixa, além de otimizar as aplicações, pode contribuir para prever uma situação de endividamento.
Esse tipo de fluxo de caixa também pode ser utilizado para o controle das finanças pessoais. Utilizando corretamente o fluxo de caixa projetado, é possível extrair o máximo das aplicações financeiras, inclusive daquelas com alta liquidez financeira.
Além disso, é possível a partir dessa ferramenta otimizar a rentabilidade das aplicações financeiras, sobretudo aquelas em Fundo DI. Entretanto, é possível avaliar diversos ativos, como títulos públicos, ações e outros.
Por isso, apesar de ser uma ferramenta não tão usada pelos brasileiros, pode ser muito interessante conhecer mais a respeito de como colocá-la em prática.
Como realizar o fluxo de caixa pessoal?
Realizar a administração financeira pessoal a partir de um fluxo de caixa é simples. A princípio, é possível usar um gerenciador financeiro ou uma planilha de gastos. Entretanto, é interessante seguir alguns passos para facilitar esse processo:
- 1º Passo: Registrar todas as despesas, como contas a pagar, de determinado período;
- 2º Passo: Registrar todas as receitas de determinado período
- 3º Passo: Análise dos gastos e receitas para ajustar o orçamento
O fluxo de caixa costuma ser feito mensalmente com planilha de gastos mensais. Contudo, para se ter um melhor controle de gastos, é interessante realizar o controle das despesas e receitas de forma diária. Esse método contribui para ter mais clareza sobre os recursos disponíveis e os despendidos ao longo do mês.
Por exemplo, considere um domicílio no qual a renda mensal é totalmente recebida todo dia 1º. Já as despesas são realizadas ao longo do mês.
Dessa forma, para completar o fluxo de caixa dessa família, é necessário preencher diariamente, além dessa receita, as despesas realizadas.
Na prática, essa família está realizando a partir do registro das suas escolhas diárias, um fluxo de caixa pessoal diário, o qual, somado, será o fluxo de caixa mensal.
A partir do resultado obtido desses registros, é possível realizar a análise da situação financeira do domicílio em questão.
Ou seja, verificar se as despesas são maiores ou menores que as receitas, além de saber de qual forma está sendo gasta a renda, como compras por impulso.
Portanto, é imprescindível registrar as movimentações de receitas e despesas para otimizar o fluxo de caixa pessoal. Dessa forma, ele permite visualizar onde exatamente a renda mensal está sendo gasta e não apenas os valores consolidados.
Exemplo de Fluxo de Caixa
Para facilitar a compreensão do mecanismo do fluxo de caixa, vale a pena citar um exemplo de fluxo de caixa. Afinal, usá-lo pode ajudar a pensar como economizar dinheiro.
Primeiramente, um funcionário recebe R$ 3.000,00 todo dia 5. Suas contas vencem no dia 15 no valor de R$ 1.200,00, e a parcela de seu celular no valor de R$800,00 é debitado do cartão todo dia 20.
Ou seja: no dia 5, ele terá o valor completo (R$3.000,00). Entretanto, no dia 15, restará apenas R$1.800,00 do valor, uma vez que os outros R$1.200,00 sairão de seu fluxo de caixa. Já no dia 20 lhe restará apenas R$1.000,00.
Assim, o indivíduo pode se programar para gastar o resto do dinheiro com outras contas: mercado, educação, viagens, investimentos e outros.
Claro que esse é um exemplo simples, e na vida real nem tudo pode ser calculado com facilidade. Mas com esse exemplo, fica mais fácil entender como programar as finanças através desse mecanismo.
Fluxo de caixa pessoal projetado
Além das utilidades citadas, os registros das receitas e despesas contribuem para projetar o fluxo de caixa do próximo período. Portanto, essa contabilização pode ajudar a prever endividamentos ou folgas no orçamento.
Normalmente, em um domicílio, a renda é oriunda de salários e não costuma variar muito.
Além disso, há determinados gastos que são despesas fixas e possuem uma variação percentual baixa de mês para mês, como: água, luz, internet, mensalidades escolares, etc.
Sendo assim, é possível realizar o fluxo de caixa projetado a partir das receitas e despesas fixas. Também é possível inserir despesas e receitas eventuais que já estão previstas, como IPVA, IPTU, restituição do Imposto de Renda, entre outras.
Então, a partir dessa projeção, é possível saber qual a folga no orçamento para ampliar os investimentos ou até mesmo fazer gastos eventuais, como viagens.
Além disso, é possível prever uma situação de endividamento, na qual seja necessário restringir os gastos ao longo do mês.
Fluxo de caixa para investimentos
O fluxo de caixa para investimentos serve para avaliar quais valores ganhos mensalmente terão como finalidade os investimentos.
Por exemplo: ao fazer um fluxo de caixa descontado, pode sobrar 20% do salário. Esse valor pode ter sua alocação entre ativos de renda fixa e variável, ou para montar uma reserva de emergência.
Sendo assim, esse indicador vai ajudar o investidor a ter uma visão mais clara sobre seus aportes mensais, o que tornará o acompanhamento da rentabilidade muito mais fácil.
Como fazer o controle do fluxo de caixa
Primeiramente, é preciso ter uma noção clara de quanto dinheiro entra mensalmente (seja através de trabalho, empreendimentos, freelancers ou investimentos) e em que dia do mês ocorrem essas entradas de capital.
Em segundo lugar, o indivíduo deve verificar seus principais gastos mensais, como contas da casa, mercado e custos com educação, e verificar em que dia ocorrem essas saídas de capital.
Dessa forma, é possível colocar tudo numa planilha para conseguir controlar melhor os gastos e, com isso, controlar melhor o dinheiro.
Além disso, entre os exemplos de fluxo de caixa, fica claro que pode ser difícil juntar todas as fontes de entrada e saída de capital.
Muitas pessoas têm ganhos variáveis, e as contas não são iguais todos os meses. Por isso, é fundamental atualizar essas informações para elas ficarem mais corretas.
De fato, esse controle ajuda a verificar quais os gastos podem ser diminuídos e se há alguma possibilidade de ganho de renda extra. Isso ajuda muito no planejamento financeiro de longo prazo.
Esse artigo ajudou você a entender melhor como fazer um fluxo de caixa pessoal? Deixe suas dúvidas e comentários abaixo.
O que é fluxo de caixa pessoal?
Um mecanismo que acompanha o saldo disponível em conta ao longo do tempo. É uma ferramenta que muitas empresas usam, e pode-se adaptar facilmente essa realidade para as finanças pessoais.
Como realizar o fluxo de caixa pessoal?
Colocando em uma planilha todo o dinheiro que entra no mês (salários, dividendos, etc.) e os gastos mensais (contas, mercado, faculdade, etc.) e verificando as entradas e saídas de capital ao longo do mês.