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FIND11: saiba mais sobre o ETF das empresas do setor financeiro

FIND11

Investir no FIND11 é uma das maneiras mais práticas de possuir investimentos atrelados à renda variável com performance superior. Isso porque, ao longo do tempo, esse ativo financeiro tem entregado uma rentabilidade bastante superior ao principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa.

Contudo, apenas essas informações não bastam para afirmarmos que o FIND11 é um bom investimento. Por isso é importante saber, com mais detalhes, o que é ele, como ele funciona e quais suas vantagens e desvantagens em relação a outras formas de investimento na bolsa.

O que é o FIND11?

O FIND11 é um ETF (Exchange Traded Fund) negociado em quotas na bolsa que busca representar a rentabilidade do Índice Financeiro (IFNC), o índice do setor financeiro brasileiro. Em outras palavras, seu desempenho está diretamente relacionado à performance das ações de bancos e seguradoras da bolsa brasileira.

Vale lembrar que a estratégia de possuir boa parte da carteira investida no setor financeiro é bastante difundida no Brasil e no mundo. Isso porque os bancos e as seguradoras normalmente trabalham com margens altas e possuem maior potencial de geração de valor para os acionistas.

Foi o que aconteceu com Warren Buffett, um dos maiores investidores de todos os tempos. O megainvestidor americano já demonstrou várias vezes como o setor financeiro — em especial, o de seguros, foi capaz de impulsionar sua rentabilidade ao longo dos anos.

E ao que tudo indica essa estratégia ainda é utilizada por Warren. Isso porque cerca de 45% do portfólio de ações de sua companhia Berkshire Hathaway está investido em empresas do ramo financeiro.

Para se ter uma ideia, a Berkshire atualmente é uma das mais relevantes acionistas dos maiores bancos americanos. Alguns dos principais investimentos no setor financeiro da empresa são: Wells Fargo, JP Morgan, Bank of America, U.S. Bancorp e Goldman Sachs.

Como o FIND11 funciona?

O ETF FIND11 funciona de maneira análoga a um Fundo de Investimentos. Isso significa que seu patrimônio é gerido por uma gestora profissional do mercado.

No entanto, a diferença é que a gestão do ETF é passiva. Ou seja, o recurso do fundo deve ser aplicado de acordo com uma metodologia de investimentos pré-estabelecida. Por isso, os quotistas do FIND11 e dos outros ETFs como um todo não têm muitas surpresas em relação a alocação de capital, visto que ela já está definida no regulamento.

E como foi dito anteriormente, a alocação de capital do FIND11 acontece de acordo com a carteira teórica do índice do setor financeiro. Algumas das políticas de investimento do fundo são:

Além dessas políticas de investimento do fundo, são incluídas na carteira do Índice apenas as ações que atenderem dois critérios de forma isolada. Esses critérios, avaliados com base nos doze meses anteriores à revisão da carteira, são:

Como pode ser observado, os critérios são meramente quantitativos. Nesse sentido, não é realizado um trabalho de análise qualitativa e fundamentalista das ações de empresas que o fundo irá investir.

Vantagens do FIND11

Algumas das vantagens do FIND11 são:

1. Diversificação de ativos

Uma importante vantagem do FIND11 e dos ETFs em geral é a diversificação que eles proporcionam. Isto é, ao negociar quotas do fundo, o investidor está, na verdade, levando um pacote composto por diversas ações de empresas. No caso desse ETF, papéis de empresas do setor de intermediação financeira.

2. Rentabilidade atrativa

Desde que foi lançado, o FIND11 obteve uma rentabilidade consideravelmente superior ao Ibovespa, o índice da bolsa brasileira. Isso tem relação ao fato de o setor financeiro trabalhar com margens altas, se tornando um dos mais rentáveis e lucrativo do mercado.

Essas características históricas do setor resultaram em uma consistente geração de valor aos quotista do ETF que tende a permanecer ao longo do tempo.

3. Taxas reduzidas

Por ser gerido de acordo com uma administração de recursos passiva, os ETFs possuem taxa de administração inferiores em relação aos Fundos de Investimento. No caso do FIND11, é cobrado 0,6% a.a pela gestão do fundo.

Desvantagens do FIND11

Apesar das vantagens elencadas, é preciso também conhecer as desvantagens do FIND11 para podermos avaliá-lo como um bom ou mau investimento. Algumas dessas desvantagens são:

1. Concentração setorial

A concentração de ativos do setor financeiro nesse ETF pode ser uma desvantagem para aqueles que pretendem investir exclusivamente no FIND11 na parcela de investimento de renda variável.

Esse ETF sem dúvida possui uma diversificação em termos de número de empresas. Contudo há uma concentração completa no setor financeiro brasileiro – que é o objetivo do fundo.

Destaca-se que, apesar de ser um setor rentável e que entregou excelente performance no passado, esse tipo de concentração setorial não é adequado.

Por isso, especialistas de investimentos costumam recomendar uma parcela de no máximo 35% da carteira para o setor financeiro. Assim, o investidor terá o risco não sistemático desse setor diluído.

Alguns ETFs que são diversificados em número de empresas e em setores da economia são:

2. Falta de fundamentos

Alguns critérios essenciais de filtro de investimento estão além da questão setorial. Nesse sentido, é preciso ficar bastante atento aos fundamentos das empresas investidas. Isso significa, por exemplo, realizar um trabalho de análise do corpo administrativo da empresa e das suas vantagens competitivas.

O FIND11, por ter gestão passiva, não faz esse tipo de análise para investimento. Isso significa que empresas mal geridas, sem vantagens competitivas e com um valuation esticado sejam incorporadas pelo fundo.

Essa falta de análise fundamentalista das ações pode acabar prejudicando consideravelmente a rentabilidade do ETF no longo prazo.

3. Existência de taxas

Sem dúvida, como foi dito, as taxas cobradas pelo fundo são menores que a do mercado de Fundos de Investimentos. Contudo, é importante lembrar que esses encargos continuam existindo, prejudicando a rentabilidade dos quotistas do FIND11.

Uma alternativa perfeitamente possível seria, por exemplo, um investidor realizar aplicações individualmente nos mesmos ativos do FIND11. Nesse caso, as aplicações seriam realizadas seguindo a carteira teórica do índice de referência desse ETF, que é de conteúdo público.

Essa seria uma forma de evitar a taxa de administração e de ter mais controle sobre os investimentos.

Vale a pena investir no FIND11?

Sem dúvida realizar aplicações em ativos do setor de intermediação financeira é uma excelente estratégia de investimento em renda variável. Isso por conta da notável performance histórica na bolsa de companhias bancárias, de seguros de previdência.

E, nessa perspectiva, o FIND11 pode ser uma maneira simples, previsível e barata de colocar em prática esse tipo de método de investimento.

Contudo, elencamos também algumas desvantagens que podem prejudicar o investimento nesse ETF. Nesse sentido, a falta de análise qualitativa das empresas e a excessiva concentração setorial podem não só afetar a rentabilidade do FIND11, como também elevar consideravelmente o seu risco.

Conseguiu entender mais sobre o FIND11? Deixe abaixo suas dúvidas e comentários sobre esse ETF e compartilhe conosco a sua opinião. Entretanto, se seu interesse for investir diretamente em ações em vez de investir em fundos e ativos de gestão terceirizada, clique aqui e baixe gratuitamente o e-book que ensina a avaliar uma ação.

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