As lojas de um shopping center
Nesta semana, recebo o time de gestão da VAM (Votorantim Asset Management). Vamos debater sobre diversos tópicos, dentre eles: agências bancárias, mercado corporativo e fundos de papéis. Nosso papo será com Mario Okazuka, responsável pela área de gestão de Fundos Alternativos e de Crédito Privado da BV asset. Possui mais de 17 anos de experiência no mercado financeiro e atua há 8 anos no banco BV sempre com foco na área de gestão de recursos, estruturação de operações e planejamento patrimonial. É graduado em Relações Internacionais e em Direito ambas, pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestre em Administração de Empresas pela EAESP-FGV. Esta live contará também com a ilustre presença de Carolina Bellio, responsável pelo RI da gestora.
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Recebi a pergunta abaixo e senti a necessidade de desenvolver um pouco mais sobre quais os tipos de lojas de um shopping center. Veja a pergunta:
Quando se fala em fundos de shopping center o que são lojas âncora, satélite e megalojas? Porque saber o percentual de cada uma que compõe o portfólio é importante? Que conclusões se pode tirar como base nessa informação?
Trago uma resposta simples e direta. As lojas ÂNCORA são as maiores – via de regra, são grandes redes varejistas que ocupam parte relevante do shopping. Como exemplo, posso citar Renner, C&A, Riachuelo, dentre outras. O termo “âncora” decorre justamente do fato destas lojas ancorarem o shopping – sem elas, o fluxo de pessoas e veículos tende a ser menor.
Já as lojas SATÉLITES são as menores. Normalmente é uma cafeteria, joalheria, ótica, casa lotérica, dentre outras. Temos ainda as MEGALOJAS – como o próprio nome diz, são lojas grandes, porém, menores do que as âncoras, obviamente – são lojas capazes de ocupar parques de diversão indoor, restaurantes diferenciados, lojas de calçados, enfim, são operações que não conseguiriam se estabelecer nas satélites, porém, ao mesmo tempo, não precisa de tanto espaço como temos nas âncoras.
Ainda sobre este tema, vale reforçar que as lojas âncoras são as que possuem o menor valor pago do aluguel por metro quadrado. A explicação é simples: não se pode cobrar o mesmo valor de uma loja satélite, por exemplo, pois poderia inviabilizar o próprio negócio ali presente.
Outro ponto também a destacar são os QUIOSQUES – estas áreas são as mais caras, visto que o locatário possui um pequeno negócio e está nos pontos mais estratégicos de um shopping, ou seja, direto no próprio corredor onde há relevante circulação de pessoas. É natural que o preço pago seja, proporcionalmente, o mais caro de todos.
A grande pergunta é: como descobrir as receitas do meu fundo de shoppings são distribuídas? Infelizmente a resposta não é objetiva, haja visto que em todos gestores apresentam as receitas separadas por tipologia. Neste caso, teria de se fazer uma pesquisa à parte direto com o gestor. No entanto, em alguns casos, especialmente os fundos mono ativos, conseguem apresentar estes dados mais claramente.
Por fim, temos de pontuar que os shoppings mais populares, via de regra, possuem maior participação em lojas âncoras. Em geral, são operações que com artigos mais acessíveis. Já os shoppings de luxo, preferem focar nas lojas satélites, ou seja, operações com nicho específico e que possam atender de forma mais exclusiva.
É isto! Espero que tenham gostado de conhecerem um pouco mais sobre os tipos de lojas de um shopping center.
Na próxima semana, responderemos mais perguntas que os investidores têm me feito. Mande a sua dúvida para o e-mail marcos.baroni@sunoresearch.com.br e participe! Nosso objetivo é propagar conhecimento.
E, por fim, lembre-se de acessar a nossa playlist no canal do Youtube, que visa mapear os principais FIIs do mercado – https://bit.ly/2PTjZPM